Com Dani Alves por todas as partes, Juventus pode sonhar com título da Champions
Logo após a vitória por 1 a 0 da Juventus sobre o Porto, que colocou a equipe italiana nas quartas de final da Champions League, o goleiro Buffon disse que a Velha Senhora cumpriu com sua obrigação de estar entre os oito melhores times do continente. Outra frase de efeito dita pelo ídolo foi que ele não gostaria de enfrentar o Leicester na próxima fase.
“É um time perigoso e entusiasmado”, avaliou o camisa 1. Dá para entender o alerta, afinal de contas se a equipe inglesa é movida pelo sonho do impossível, Buffon, do outro lado, tem como grande sonho para seus últimos anos de carreira conquistar o único grande troféu que falta em sua estante: justamente a Champions League.
Buffon e todas as pessoas envolvidas, de alguma maneira, com a Juventus, sonham com o título que não vai para Turim há 21 anos. E trabalham, e se dedicam. E eles têm motivos para acreditar que podem chegar mais longe – afinal de contas, se a Itália já é deles há cinco anos consecutivos e com o sexto Scudetto batendo à porta, o grande sonho é voltar ao topo da Europa.
Nas duas partidas contra o Porto, pelas oitavas de final, a equipe italiana conseguiu mostrar todo o seu equilíbrio e poderio como time. Bateu os portugueses no Estádio do Dragão por 2 a 0, e a tarefa em casa seria mais tranquila. Alguns lembravam a remontada histórica do Barcelona sobre o PSG, para encorajar a equipe lusa e manter os pés Bianconeros bem firmes no gramado. Mas, convenhamos, a diferença técnica entre Porto e Juve é muito maior, hoje, do que entre os lados parisienses e catalães.
Cientes de que poderiam jogar com o regulamento debaixo do braço, podendo perder até por 1 a 0, o time comandado por Massimiliano Allegri não abaixou o ritmo quando o juiz romeno Ovidiu Hategan deu início à peleja. A Juventus conseguia levar perigo ao gol defendido por Casillas e conseguiu impedir que o Porto levasse perigo real: os portugueses até conseguiam chegar às vezes na intermediária, mas uma vez lá não passavam pela excelente defesa juventina.
Daniel Alves foi o jogador que mais participou das ações de jogo
Daí, na grande maioria das vezes, Daniel Alves recuperava a posse de bola e ajudava a construir o ataque Bianconero. O lateral brasileiro teve mais uma exibição de destaque com a Juve: foi o jogador que mais vezes recuperou a posse de bola no jogo (11), quem mais interceptou passes (2), o que mais tocou na bola (115) e deu passes (116, e com um aproveitamento de 90,5%). Quando a Juventus se armava para o ataque, foi do camisa 23 também a maioria dos passes na área adversária (76, com 90,8% de sucesso).
Juve concentrou a maioria de suas ações pelo lado direito
Além disso, Dani Alves também tem uma incrível habilidade nos cruzamentos. O lance que culminou no gol de pênalti, convertido por Dybala, começou com escanteio batido pelo brasileiro. A vantagem no placar veio junto da supremacia numérica, e assim como houvera acontecido no jogo de ida o Porto ficou com menos um em campo. Talvez por causa da vantagem, o ritmo juventino caiu um pouco no segundo tempo. Mas a classificação jamais esteve em cheque.
Segurança, equilíbrio e pensamento grande são alguns dos ingredientes que fazem a mistura de um time campeão. Dani Alves sabe como ninguém dentro de Turim os caminhos e atalhos para se conquistar a Champions League (pelo Barça, ele levantou a Orelhuda três vezes), mas a Juventus também tem Dybala para criar espaços que poucos enxergam, Higuaín para fazer gols e Gianluigi Buffon para evita-los – como fez durante as duas mãos destas oitavas de final.
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A Juventus joga um futebol seguro, tem a melhor defesa desta Champions League (em oito jogos, levou apenas dois gols) e jogadores que fazem a diferença lá na frente. Mas, acima de tudo, têm o sonho de conquistar a taça que já foi sua duas vezes no passado. Um sonho que pode se tornar realidade.