Com tecnologia, é sobre pessoas e soft skills

Com tecnologia, é sobre pessoas e soft skills

O óbvio vale a pena ser repetido. Aprendi esta máxima com um dos caras mais provocadores e inspiradores da cena cultural brasileira, na minha modesta opinião: Luciano Pires. E vale porque esquecemos muito facilmente dele, de fazer o simples, e que muitas vezes é justamente o necessário.

Então deixa eu fazer jus à “pegada”. Vai que alguém não tenha pensado sob este prisma, sob esta perspectiva, e aí eu posso ajudar a atacar um mito de alguém. E para isto mesmo que estamos aqui. Para ajudar a romper barreiras...

Chegando ao ponto:

Num mundo rodeado de tecnologia, onde os avanços tecnológicos estão revolucionando cada aspecto de nossa vida, é muito menos sobre ela, a tecnologia, e muito mais sobre pessoas!

O elemento humano na resolução dos problemas é crucial, fundamental. É ele que determinará a moralidade do uso da tecnologia, por exemplo – se vai ser usado para o bem ou para mal. Mas também, sem o devido protagonismo humano (peço licença ao grande Rodrigo Giaffredo para fazer uso do termo), é impossível se chegar as melhores resoluções que a tecnologia pode proporcionar. E estamos ainda só na superfície de quanto o ser humano é importante nesta equação toda...

Afinal, o dilúvio de possibilidades e oportunidades que a tecnologia proporciona é de fazer “pirar” qualquer um! Assim que o diferencial está em como desenhar um problema específico a ser atacado, e como trabalhar nesta resolução – coisa de gente mesmo, não tem como escapar.

Se não, num extremo, é só computador calculando coisas a esmo, na esperança de que algum fruto caia quase que por intervenção divina. Pode acontecer? Até pode... Mas qual é a probabilidade?!

Então ficamos combinados assim? Reforçamos esta obviedade que quiçá tivesse sido esquecida? Se sim, cumpri minha pequena missão com este texto. A pergunta, e aí cabe a ti responder a si mesmo, é até quando e como nunca mais deixar isto escapar, e não esquecer disto jamais, never, ad eternum...

Mas deixa eu conectar isto aqui com outra ideia, muito relacionada. Se pessoas são fundamentais neste mundo de tantos avanços tecnológicos, o que talvez não seja tão aparente assim é que estamos falando mais de aspectos não “duros”, de conhecimentos menos “hardcore”, ou técnicos, ou como queira chamar; os tais soft skills (na falta de uma expressão em português que descreva bem o que isto quer dizer; até hoje nunca encontrei uma que me agrade, e preencha todas os requisitos).

Porque assim como há o dilúvio de possibilidades e oportunidades proporcionado pelo avanço tecnológico, para qualquer um interessado, aprender uma técnica, algo técnico, sentido estrito, é só uma questão de querer, e agir.

Mas como se diz o interioorr, “onde a porca torce o rabo” é nos tais soft skills...

É na capacidade das pessoas de lidar com o outro, com o diverso, com as diferenças de opiniões, e como conciliar tudo isto. Demonstrar a devida inteligência emocional ao longo de todo o processo.

Mostar o tal “sangue nos olhos” que às vezes você pode ouvir gestores se referindo, quase como um chavão – é só que não sabemos bem como definir este algo intangível que nossa capacidade de inferir, de "sensorear" o não palpável (por vezes equivocado, diga-se).

Olha só, eu costumo ter um pensamento que volta e meia passa pela minha cabeça, e que foi parte da razão de finalmente materializar estas palavras aqui: hard skills podem te levar a conseguir um emprego, mas são os tais dos soft skills que te fazem alcançar a excelência. Quer aumentar tua “promotabilidade” (obrigado Tite para facilitar nossa vida em gerar substantivos)? Investe na “suavidade”... Nas nuanças de saber lidar com aquilo menos tangível; melhora tua “caixinha de ferramentas” no que se refere aos soft skills.

Posso falar da minha experiência? Eu tenho tido oportunidade atrás de oportunidades numa carreira ainda curta (tenho 33 anos) no mundo corporativo. Minha média é de uma promoção a cada 2 anos (pode até ser que não seja muito em outros cenários, mais agressivos neste aspecto, mas posso te dizer que é fora da curva onde trabalho...). Nunca foi pela minha capacidade técnica! Sempre foi por minha capacidade de tomar responsabilidade, ser “dono” das coisas a que me dispus resolver, e agregar pessoas na direção de resolvê-los.

De “dura”, só mesmo minha cabeça quando me proponho a seguir em frente para fazer acontecer!

Rodrigo Sperb

Better outcomes with better ways of working

5 a

Rodrigo Giaffredo, que honra! Valeu, meu caro.

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