Comboios de alta velocidade: que papel no futuro do turismo?
Os comboios de alta velocidade desempenham um papel significativo no desenvolvimento do turismo. No contexto da nova era industrial surge a necessidade de modernizar o transporte ferroviário, devido à crescente valorização de temáticas como a sustentabilidade e a preservação dos recursos. Por isso, a ferrovia é hoje uma alternativa eficaz aos meios de transporte mais poluentes e um dos mais importantes patrimónios industriais.
A utilização de comboios em detrimento do avião, em alguns trajetos de curta-média distância, é uma prática que começa a ganhar mais adeptos um pouco por todo o mundo, pelo que elencamos de seguida algumas das principais vantagens da utilização deste meio de transporte em contexto turístico:
Em termos globais, existem vários destinos com sistemas de comboios de alta velocidade muito avançados. O Japão é pioneiro, com o famoso Shinkansen. A rede Shinkansen interliga várias cidades japonesas, incluindo Tóquio, Osaka, Kyoto, Hiroshima e muitas outras. Outro exemplo vindo do oriente é a rede de comboios de alta velocidade chinesa, que conecta cidades importantes como Pequim, Xangai, Guangzhou, e muitas outras.
Na Europa temos o exemplo do TGV (Train à Grande Vitesse), o sistema de comboios de alta velocidade francês, que liga Paris a várias cidades francesas e europeias, incluindo Lyon, Marselha, Nice, Londres (através do Eurostar) e Bruxelas.
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Por sua vez, Espanha possui uma rede de comboios de alta velocidade conhecida como AVE (Alta Velocidad Española), que liga cidades como Madrid, Barcelona, Sevilha, Valência e Málaga. Os comboios AVE atingem velocidades superiores a 300 km/h.
Itália tem um serviço de comboios de alta velocidade chamado Trenitalia, que liga cidades como Roma, Milão, Nápoles, Veneza e Florença. O comboio de alta velocidade italiano é conhecido como Frecciarossa.
Do outro lado do Atlântico, temos o exemplo do Amtrak Acela Express, o serviço de comboio de alta velocidade dos Estados Unidos, que liga as cidades de Washington D.C., Baltimore, Filadélfia, Nova Iorque e Boston.
Por cá, Bragança vai ser a primeira cidade portuguesa com ligação direta aos comboios de alta velocidade. A “estrada melhorada”, que já está adjudicada, vai ligar a capital de distrito a Puebla de Sanabria, localização espanhola com AVE. A empreitada deve estar concluída em 2026 e vai custar 29 milhões de euros.
Essas são apenas algumas das cidades que, em todo o mundo, já desfrutam dos benefícios dos comboios de alta velocidade, tornando o transporte ferroviário uma opção rápida, eficiente e sustentável para viajar.
Nos próximos tempos é esperado um aumento da procura por viagens de comboio, pelo que os destinos devem considerar este aspeto na sua intervenção, não apenas disponibilizando mecanismos para facilitar as deslocações, mas também criando formas de estimular a visita aos locais, por exemplo, estruturando a experiência a partir da estação de comboio.