A COMILANÇA DA MAGISTOCRACIA
A COMILANÇA DA MAGISTOCRACIA
O rendez-vous da elite empresarial do país com os supremos togados passou meio que despercebido dos holofotes . Aconteceu além-mar, em Lisboa sob o codinome de “LIDE BRAZIL CONFERENCE LISBON”.
Até um cafezinho público entre esses no boteco da esquina não é lá muito indicado, que dirá em um Convescote Lusitano no outro lado do Atlântico.
Este swing entre empresários e juízes ditos mais que superiores carregado de sinais que afrontam a moralidade, a legalidade e a ética ocorreu em fevereiro/23.
A primeira fala deste jus striptease coube a um ex-presidente da república. Sob olhares lânguidos, estiveram presentes um pouco mais de um terço da nobre corte, um pouco menos do que na vexatória rodada novaiorquina do “perdeu mané, não amola”.
A pauta, sem trocadilhos, foi “Institucionalidade e Cooperação”.
Cooperação institucionalizada entre magistrados e empresários?
O bacalhau à Mendes foi servido nas alcovas lisboetas?
Neste cardápio houve espaço para questões prioritárias como a indígena (genocídio dos Yanomamis), a ambiental, a armamentista, a criminal, a do desencarceramento, a da pobreza, a da discriminação, a da regulação econômica? Não, estes acepipes entediantes ficaram de fora da e de vista dos ventríloquos do PIB nacional.
Além do empresariado tupiniquim também estiveram presentes alguns políticos com os verões passados enlameados em corrupção, envolvimento com milícias etc.
Se o “A” usa peruca, se “B” assume a calvície, se “C” usa anel e se “D” escuta música clássica, não tem nenhuma relevância pública, agora, o que diz respeito ao interesse público e do público diz sim respeito ao respeitável público que está na arquibancada enquanto o circo pega fogo.
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