Community Manager

Community Manager

O Community Manager ou Gestor de Comunidades atua como elo entre as empresas e o seu público. Ele é a voz, o tom e o moderador da marca através do apoio da comunidade, da distribuição de conteúdos e do envolvimento digital para construir a presença e a confiança da marca. 

Um Community Manager ou Gestor de Comunidades gere a voz e a imagem de marca de uma empresa. Ele é o responsável por criar e publicar os conteúdos em todas as plataformas e meios de comunicação. Faz ainda a revisão de todos os KPIs (Key Performance Indicator – indicador-chave de desempenho) de Marketing e melhorar as estratégias, bem como elaborar respostas aos comentários e reações dos clientes.

É muito importante uma colaboração com as equipas de vendas para aprender um pouco mais sobre o produto e sobre as necessidades dos consumidores. Todas as informações que recolhem irão servir para criar campanhas orientadas e melhorar as relações com os clientes.

Quais São As Responsabilidades De Um Community Manager

  • Desenvolver um plano de conteúdo das redes sociais e respetivo calendário;
  • Criar conteúdos para blog, página no Facebook, Instagram, Linkedin e todas as outras redes sociais;
  • Enviar as indicações necessárias ao departamento de design para a realização de publicações;
  • Responder às mensagens diretas da marca que chegam através das redes sociais;
  • Monitorizar campanhas de comunicação social, realizar relatórios mensais e usar os indicadores-chave de desempenho (KPIs);
  • Trabalhar com jornalistas e agências de relações públicas para assegurar uma representação da marca – Assessoria de Comunicação;
  • Participar em eventos sociais, corporativos e workshops;
  • Proporcionar valor adicional aos clientes e seguidores;
  • Obter feedback e sentimentos dos clientes;
  • Aprender mais sobre os clientes.

 

Uma grande parte do papel de gestor comunitário está, de facto, na criação de engagement com o público e a ajudar a facilitar a passagem da mensagem da marca aos seguidores em plataformas de comunicação social. 

Quais São As Skills/Competências Necessárias Para Desempenhar A Função?

Um bom gestor comunitário deve ter uma conjugação de competências técnicas e pessoais para assegurar uma gestão comunitária bem sucedida.

Entre elas destacam-se:

Organização: Uma das competências mais importantes de um gestor comunitário é a capacidade de manter o domínio sobre o fluxo de trabalho e assegurar que todas as tarefas importantes sejam concluídas a tempo.

Espírito criativo: Embora a organização seja uma habilidade crucial, é igualmente importante que um gestor comunitário tenha um espírito criativo e seja capaz de pensar fora da caixa ao encontrar soluções para os desafios da comunidade. 

Curiosidade: Um gestor comunitário de sucesso deve ser curioso e estar sempre à procura de novas informações sobre a indústria, a comunidade e as tendências do mercado. 

Análise de métricas: Finalmente, é crucial que um gestor comunitário tenha competências de análise métrica para avaliar o sucesso da comunidade e identificar áreas a melhorar. Isto inclui a capacidade de interpretar dados, tais como números de seguidores e a sua evolução ao longo dos meses, taxas de interação e demografia.

 

Qual O Salário Médio De Um Community Manager Em Portugal?

 

De acordo com a Glassdoor em 2023, o salário médio nacional de Community Manager é de 1.202€ em Portugal.

Requisitos De Educação E Formação Do Community Manager

Regra geral – não obrigatória – um Community Manager deve possuir uma licenciatura associada ao Marketing, Relações Públicas e/ou Comunicação. Uma formação em jornalismo é sempre uma mais valia. Em alguns casos não é necessário formação universitária. Qualquer certificação adicional será um bónus, tal como Hootsuite, Hubspot ou até mesmo Facebook Blueprint. Uma vez que este sector é dinâmico, o candidato tem estar a par de todas as mudanças e tendências sociais no panorama global. 

Uma das competências que pode ser altamente valorizada para um Community Manager é o conhecimento da plataforma Swonkie. A Swonkie é uma plataforma portuguesa que permite aos utilizadores agendar as publicações e partilhar conteúdos de vários clientes de forma eficiente. Além disso, a Swonkie fornece recursos para automatizar o envio de relatórios aos clientes, o que pode poupar tempo e esforço.

Definitivamente, para aqueles que desejam trabalhar em agências de marketing digital, a plataforma Swonkie pode ser uma ferramenta crucial.

E-goi tem uma plataforma de agendamento de redes sociais e ainda tem um calendário que facilmente se adiciona ao google com todas as datas comemorativas para que o Community Manager nunca deixe de criar e publicar!

Ter uma formação sólida em branding e gestão de redes sociais ao entrar na empresa é fundamental para o sucesso de um community manager. 

Esta formação deve durar pelo menos um mês e permitir ao community manager desenvolver as competências e conhecimentos necessários para garantir o sucesso nas suas funções.

É importante destacar que não se espera que o community manager saiba tudo logo na primeira semana, mas sim que tenha o tempo e o espaço necessários para aprender e desenvolver as suas competências ao longo do seu percurso.

Alguns Exemplos De Community Management Bem Sucedido

Community Manager Worten

Rui Pedro Antunes

Na altura em que entrei na Worten, a marca tinha passado por uma reformulação profunda na sua equipa de Marketing e Comunicação, apostando numa nova estratégia de Redes Sociais e Comunicação. 

Seria normal, há alguns anos, olhar para a Worten como um “armazém” de eletrodomésticos e era urgente mudar essa perceção por parte do público. Assim, fiz parte do início dessa nova estratégia, que tornou a Worten mais num Publisher em redes sociais do que propriamente uma marca “vendedora”. 

Quando entrei na empresa, entrei como estagiário na área de Social Media. A equipa, nessa altura, tinha apenas uma coordenadora e eu. Obviamente que os primeiros tempos foram usados para perceber quais os terrenos que podíamos conquistar em termos de comunidades já presentes nas redes sociais.

Aqui percebemos várias coisas: 

⁃ O Facebook, em 2018, já começava a mostrar algum “envelhecimento” do seu público; 

⁃ O Instagram estava com o seu boom, aproveitando o aparecimento das stories; 

⁃ No Twitter percebemos que estava uma comunidade que nos interessava muito devido a nossa marca de Gaming: os gamers.

Sempre fui uma pessoa muito ligada à tecnologia e ao gaming e por isso ter a hipótese de trabalhar estes eixos revelou-se um desafio aliciante e que consegui tratar, acrescentando valor e, assim, conseguir ficar na empresa depois do contrato de estagiário ter acabado. Fazendo um fast forward, a equipa cresceu. 

Continuamos com uma coordenadora e, depois, éramos dois Social Media Manager / Community Manager. A acumulação destas duas funções era feita já que, além da gestão de comunidade das nossas redes, acabávamos também por trabalhar nos planos dessas redes. 

Naquele momento em concreto (final de 2019), estava responsável pela comunicação em redes sociais de ações que envolviam tecnologia e gaming, bem como a gestão do Twitter e Twitch do Worten Game Ring (marca gaming da Worten) e Twitter da Worten. 

Havia um problema neste momento: O Twitter da Worten não estava a ter os resultados esperados. A estratégia pensada falhou e, naquele momento, estávamos um pouco à deriva do que devíamos ou não fazer: é aqui que aparece a personagem do Estagiário. 

Talvez seja um pouco anticlímax o que vou dizer, mas esta personagem não foi pensada internamente. Simplesmente, quem criou a personagem foi a comunidade do Twitter. O Twitter é uma rede social que te permite, facilmente, interagir. É isso a sua mais-valia e, por isso, foi isso que tentámos fazer, respondendo a quem nos mencionava, fosse para brincar ou para reclamar. Ninguém ficava sem resposta. A linguagem também era mais adaptada à rede e, por isso, uma da resposta que demos a uma utilizadora de rede (que tinha uma micro comunidade que já a seguia) fez com que houvesse uma explosão de respostas, comentários e likes. Aqui a comunidade assumiu que a resposta tinha sido dada por um estagiário. 

Então, assumimos essa persona. Essa persona acabou por nos libertar para uma presença edgy e, claro, com mais liberdade. A base continuou a mesma: gerir a comunidade tendo sido uma resposta para a sua questão ou problema, nem que fosse direcionar para o Apoio ao Cliente.

O Twitter não servia para vender produtos. Não é isso que o público estava à procura e, por isso, esse trabalho ficava para conteúdos promovidos, em dark. Por vezes sim, foi incluído produto, mas sempre dentro da linguagem criada. Obviamente que esta linguagem e esta presença de marca também dava liberdade para que, de vez em quando, houvesse algumas picardias entre marcas. Por incrível que pareça, nunca partiu da Worten, mas sim sempre dos concorrentes. Apenas respondíamos à nossa maneira. Esta estratégia fez com que outras marcas aproveitassem a sua presença no Twitter de outra forma. Fico feliz de ter estado na equipa pioneira por este tipo de comunicação em Portugal.

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