Como aproveitar o fim de ano para proteger os dados da sua empresa

Como aproveitar o fim de ano para proteger os dados da sua empresa


Conforme o final do ano chega, é também o período de refletir sobre tudo o que deu certo ou não, além de planejar o que pode melhorar para o ano seguinte. Na cibersegurança não é diferente: aqui, além da possibilidade de gerar mais negócios ou se posicionar de forma mais ativa num mercado muito aquecido, há a chance de rever o que pode estar tornando sua empresa um alvo mais atrativo para criminosos.

Assim como em outros setores, na cibersegurança a sazonalidade torna o fim de ano ideal para esse movimento. Para muitas organizações, é o momento de desaceleração nas atividades, o que permite aos líderes e equipes mais tempo dedicado à análise de processos críticos. Além disso, é um período que oferece a chance de corrigir vulnerabilidades antes do início de um novo ano, que frequentemente traz campanhas, lançamentos e ciclos operacionais mais intensos.

O processo começa por uma verdadeira auditoria de cibersergurança. Em primeiro lugar, revisar, e, quando necessário, atualizar as políticas de segurança cibernética. Por mais que pareça algo relativamente protocolar, é uma etapa das mais fundamentais para manter a integridade dos dados, ainda mais quando consideramos que muitas empresas seguem operando com tecnologias ou políticas (ou ambos) legadas e desatualizadas, que não conseguem acompanhar o ritmo acelerado das ameaças digitais.

A maneira mais efetiva de fazer isso é com testes. Apenas para citar dois casos, uma tentativa de penetração pode revelar uma vulnerabilidade técnica que não foi corrigida, assim como uma análise de conformidade pode mostrar algum desalinhamento com a LGPD. Todo o time pode (e deve) estar envolvido nesse processo – você pode descobrir que algum colaborador não sabe tão bem o que fazer quando receber um e-mail com phishing, por exemplo.

Esse último ponto é o gancho para algo fundamental: a conscientização, que, no fim das contas, é sua primeira e principal linha de defesa. Além de campanhas educativas constantes e práticas, certifique-se de que seu plano de resposta a incidentes é não só atualizado, como funcional. No caso de um incidente, ele será o que pesa a balança para o lado de um impacto controlado ou uma crise sem precedentes.

Nesse processo de revisão, além do olhar interno, é igualmente fundamental conferir o lado de fora, isto é, identificar quais as tendências no setor, e os novos tipos de ataques noticiados. O cenário de ameaças está em constante mudança, com cibercriminosos se tornando cada vez mais sofisticados em suas abordagens. Manter-se atualizado sobre essas tendências permite que sua empresa possa ser proativa, em vez de reativa, na defesa contra ataques que, como sabemos, são mais uma questão de “quando” do que “se”.

Uma ótima maneira de elevar sua maturidade em cibersegurança também passa por “mostrar” como ela pode te gerar muitos negócios. Sendo o caso, aproveite o período para também definir metas e objetivos claros para o próximo ano. Eles não só direcionam seus esforços de maneira mais eficaz, como também ajudam a justificar investimentos onde serão mais necessários, além de reforçar a cultura organizacional segura da sua companhia – as coisas andam melhor quando todos sabem o que é preciso ser feito.

A cibersegurança deve ser vista como um processo dinâmico e contínuo, que acompanha e atua frente às mudanças no ambiente digital e nas operações do negócio. Aproveitar o período de fim de ano para fortalecer a estratégia de segurança não é apenas uma boa prática, mas uma medida essencial para proteger o presente e o futuro da sua organização. Em um mundo onde os ciberataques se tornam cada vez mais sofisticados e frequentes, se preparar o quanto antes é mais do que uma vantagem competitiva – é uma necessidade vital.

Armsthon Zanelato, Co-CEO da ISH Tecnologia.

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O que esperar para 2025 e como integrar tecnologias ao seu negócio


As tendências tecnológicas estão avançando a passos largos, e a cada ano surgem novas inovações que prometem transformar diversos setores do mercado. Quando falamos em automação, inteligência artificial (IA), robôs e outras tecnologias emergentes, estamos tratando de ferramentas que estão em constante evolução e que são capazes de trazer ganhos significativos para as empresas. No entanto, antes de adotar essas soluções, é crucial que as organizações compreendam suas necessidades internas e avaliem como essas inovações podem ser integradas de maneira eficiente. Ao considerar as tendências para 2025, surge a pergunta:

Como as empresas podem se preparar para essas transformações e realmente colher os benefícios das novas tecnologias?

  1. Integração de Inteligência Artificial com Automação: O Novo Padrão

Nos últimos anos, a inteligência artificial tem se destacado como uma das tecnologias mais promissoras, e a tendência é que ela continue a ser um pilar central da transformação digital nos próximos anos. De acordo com a Gartner, até 2025, mais de 80% das grandes empresas terão a IA integrada em seus processos operacionais. Mas não se trata apenas de implementar a IA de forma isolada. A combinação de IA com Robotic Process Automation (RPA) será uma das grandes apostas para o futuro, permitindo que as organizações aproveitem ao máximo essas tecnologias em conjunto.

O potencial de integração da IA com a automação é imenso. Juntas, elas podem analisar grandes volumes de dados, identificar padrões, prever demandas e até mesmo auxiliar na tomada de decisões estratégicas. Contudo, a adoção dessa tecnologia exige que as empresas estejam preparadas para gerenciar mudanças significativas em seus processos e garantir que as soluções sejam implementadas de forma alinhada aos seus objetivos de negócios.

  1. Um Passo à frente no processamento de dados não estruturados

A automação cognitiva é uma das frentes que mais tem evoluído nos últimos anos. Ela vai além da simples automação de tarefas repetitivas e se concentra na capacidade de sistemas de “pensar” de maneira mais semelhante aos seres humanos. Isso envolve a interpretação de dados não estruturados, como e-mails, faturas, textos e até mesmo imagens. Ao integrar soluções de automação cognitiva, as empresas podem estruturar e processar grandes volumes de dados de forma mais eficiente e precisa.

A tendência para 2025 é que a automação cognitiva se expanda, trazendo uma maior inteligência para as soluções de automação e tornando os processos de análise e decisão mais rápidos e assertivos. Porém, assim como qualquer outra inovação, é fundamental que as empresas compreendam a natureza dos dados que estão sendo processados e avaliem como essas soluções podem ser aplicadas para resolver problemas específicos de seus setores.

  1. Automação End-to-End

A automação end-to-end se refere à automatização de toda a cadeia de processos de uma empresa, desde a produção até a entrega final ao cliente. Isso inclui todas as etapas, como o gerenciamento de fornecedores, a produção, o armazenamento, a distribuição e o atendimento ao cliente. O conceito “end-to-end” está crescendo significativamente e, para 2025, espera-se que mais empresas adotem essa abordagem, principalmente devido à sua capacidade de criar uma operação mais ágil e eficiente.

Ao implementar a automação end-to-end, as empresas não apenas melhoram a produtividade, mas também aumentam a transparência e a rastreabilidade de seus processos, o que resulta em uma melhor experiência para o cliente. No entanto, para que essa automação seja bem-sucedida, é necessário um planejamento cuidadoso e uma avaliação detalhada de quais etapas do processo são realmente passíveis de automação.

  1. A Necessidade de proteger dados no mundo digital

Com a crescente digitalização dos processos e a maior dependência de tecnologias como IA e automação, a segurança cibernética se torna uma prioridade cada vez maior. Os dados são um dos bens mais valiosos de uma organização, e protegê-los é essencial para garantir a continuidade dos negócios. Em 2025, as empresas devem investir pesadamente em cibersegurança, com foco em proteger suas redes, aplicativos, sistemas de nuvem e conscientizar seus usuários sobre boas práticas de segurança.

A cibersegurança deve ser uma prioridade integral no processo de adoção de novas tecnologias. A implementação de soluções de automação não pode ocorrer sem a devida proteção dos dados, e é fundamental que as empresas adotem medidas robustas de segurança para evitar ataques cibernéticos, vazamentos de dados e outras ameaças.

  1. Hiperautomação

A hiperautomação, que envolve a automação de uma gama ainda maior de processos, está se tornando cada vez mais uma realidade nas empresas. Ela vai além da automação de tarefas simples e mecânicas, como preenchimento de planilhas ou envio de e-mails, e se estende a processos mais complexos, incluindo a análise de dados em tempo real e a automação de decisões estratégicas. A ideia da hiperautomação é mapear, examinar e automatizar o maior número possível de processos, o que resulta em operações mais eficientes, escaláveis e até mesmo disruptivas.

A adoção da hiperautomação pode transformar o modelo de negócios de uma empresa, permitindo que ela opere de maneira mais remota, ágil e com maior capacidade de resposta. No entanto, a implementação bem-sucedida de hiperautomação exige um entendimento profundo dos processos internos e a capacidade de integrar diferentes tecnologias de forma fluida.

O Caminho para 2025; e além

Embora as tecnologias de automação, IA e segurança cibernética estejam em constante evolução, o mais importante é que as empresas saibam como integrar essas inovações de forma estratégica. Em 2025, esperamos ver um grande amadurecimento dessas soluções, mas sua adoção deve ser cuidadosamente planejada e alinhada às necessidades e capacidades da organização.

A chave para o sucesso estará em entender como cada uma dessas tecnologias pode beneficiar especificamente o negócio e implementar soluções que realmente tragam eficiência, segurança e valor agregado. As tendências para 2025 não são apenas sobre adotar as novidades tecnológicas, mas sim sobre transformá-las em ferramentas valiosas que impulsionam a evolução contínua das empresas.

Romulo Oliveira, Head de Marketing da Ax4b.


O setor da educação em 2025: o futuro baseado em dados


Com o avanço de tecnologias como o Big Data, capaz de analisar grandes quantidades de dados, o setor da educação se encontra diante de uma transformação significativa que deve ganhar força em 2025. A aplicação estratégica de dados em escolas e em universidades promete personalizar o aprendizado, melhorar a gestão educacional e reduzir desigualdades, criando um ambiente mais inclusivo e eficaz. Assim, de acordo com um estudo da Mordor Intelligence, o mercado de Big Data deve atingir o marco de US$ 745,15 bilhões até 2030, reforçando o potencial dessa tecnologia para revolucionar a educação nos próximos anos.

Uma das grandes tendências para 2025 é o uso de dados para personalizar a experiência de aprendizagem dos estudantes. Ferramentas de análise preditiva serão capazes de identificar padrões de comportamento e prever o desempenho dos estudantes, permitindo intervenções precoces para evitar a evasão ou a queda de rendimento. As plataformas de aprendizado adaptativo, que ajustam o conteúdo em tempo real com base no progresso dos jovens, já estão ganhando popularidade e devem ser amplamente utilizadas em escolas nos próximos anos.

Nesse contexto, dados como desempenho acadêmico, preferências de aprendizagem e até mesmo interações em plataformas digitais serão cada vez mais relevantes para adaptar currículos e métodos de ensino de forma personalizada, otimizando o potencial de cada estudante. Com esse nível de customização, as instituições poderão oferecer um ensino mais direcionado e que atenda às necessidades individuais, proporcionando maior eficiência de aprendizagem.

Apoio à gestão escolar

Outra área que será profundamente impactada pela análise de dados é a avaliação do desempenho de professores e gestores escolares. Contando com dashboards analíticos e relatórios de desempenho, será possível monitorar a eficácia das estratégias pedagógicas e identificar áreas que precisam de melhorias. O feedback em tempo real, gerado por essas ferramentas, permitirá ajustes imediatos no ensino, potencializando os resultados dos estudantes.

Soluções como Tableau, Google Data Studio ou Power BI já auxiliam a transformar dados complexos em insights visuais de fácil compreensão e, de agora em diante, serão cada vez mais essenciais para a interpretação das informações coletadas. A utilização de Machine Learning também deve se expandir, ajudando a prever resultados educacionais e a otimizar as abordagens pedagógicas de forma proativa.

Nesse sentido, as escolas que adotarem uma abordagem orientada por dados poderão utilizar essas informações não apenas para melhorar a performance de seus docentes, mas também para criar planos de desenvolvimento personalizados para cada professor, aprimorando a qualidade do ensino.

Redução de desigualdades educacionais

Uma das promessas mais transformadoras do uso de dados na educação é a capacidade de reduzir desigualdades e promover a inclusão. Isso porque a análise de dados permite identificar lacunas no desempenho de estudantes de diferentes contextos socioeconômicos, facilitando a criação de estratégias específicas para atender às necessidades desses grupos.

Por exemplo, ao analisar a frequência de faltas, notas e participação em atividades, os educadores podem identificar estudantes que estão em desvantagem e oferecer suporte adicional para garantir que todos tenham as mesmas oportunidades.

Além disso, a personalização de materiais didáticos, adaptados com base nos dados, pode ajudar a criar um ambiente de aprendizado mais inclusivo, em que estudantes com diferentes estilos de aprendizagem ou dificuldades específicas são atendidos de forma adequada.

Desafios éticos e de privacidade

Embora o uso de dados na educação traga grandes benefícios, ele também levanta importantes questões éticas e de privacidade. Por isso, a proteção dos dados pessoais dos estudantes deve ser uma prioridade para as instituições de ensino.

É necessário garantir que os dados sejam armazenados de maneira segura e que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a essas informações. A transparência no uso dos dados também é fundamental; pais e estudantes devem ser informados claramente sobre como os dados serão utilizados e quais medidas de segurança estarão em vigor. Caso contrário, o uso inadequado dessas informações pode levar à discriminação e à criação de estereótipos negativos, o que torna essencial o desenvolvimento de políticas rigorosas e uma cultura de uso ético e responsável dos dados.

Nesse cenário, para coletar, armazenar e utilizar grandes volumes de dados de forma eficiente, as escolas precisam se preparar. Isso inclui investimentos em infraestrutura tecnológica, como servidores robustos e sistemas de gerenciamento de dados, além de treinamentos contínuos para capacitar professores e gestores na análise e interpretação de dados.

As tendências de dados para a educação em 2025, portanto, apontam para um futuro promissor, marcado por um sistema de ensino cada vez mais personalizado, inclusivo e eficiente. As escolas que abraçarem essas mudanças e investirem em tecnologias de análise de dados estarão à frente, não apenas oferecendo uma experiência educacional mais rica, mas também promovendo um ambiente mais colaborativo e responsivo às necessidades dos estudantes, familiares e educadores.

Fátima Maria Silva de Queiroz, analista de dados da unidade de São Paulo da Rede de Colégios Santa Marcelina.

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