Como 'desbloquear'​ a mente para nos tornarmos bons escritores?

Como 'desbloquear' a mente para nos tornarmos bons escritores?

Essa é um pergunta que me tenho feito há alguns dias e que tem me gerado um certo desconforto por não encontrar a devida resposta. Estou em busca da resposta para mim, pois aprendi que a resposta para essa pergunta não é única para todos. Cada pessoa precisa encontrar a 'chave' para o seu desbloqueio.

Há muitos artigos e livros que abordam diretamente ou indiretamente essa questão... Já li vários e não é fácil trazer para a realidade o aprendizado (gostaria de fosse 😄).

Compartilho que um dos meus receios iniciais eram 'as críticas'. Pensava comigo mesmo: "tem pessoas bem melhores que eu escrevendo excelentes artigos e não quero passar vergonha."

Entretanto após a leitura dos primeiros artigos e livros que abordam o tema, um dos pontos que percebi é que esse receio é comum a muitas pessoas, até mesmo a escritores já experientes. Percebi também que todos, sim eu escrevi todos, temos algo a compartilhar sem ser repetitivos. Todos temos algo relevante a acrescentar.

Já encontrei pessoas que na verdade escrevem o que outros escreveram (um certo plágio) sem lhes dar crédito e sem mesmo acrescentar algo novo. Disse para mim mesmo: "não quero ser repetitivo, e nem plagiar, apenas para dizer que escrevi artigos ou que tenho conteúdo (tem muitas pessoas desesperadas querendo 'criar conteúdo' e fazem isso da forma errada). Quero realmente acrescentar."

Uma das coisas que está começando a me ajudar é escrever quando sinto vontade, ou seja, não esperando o momento ideal, aproveitando as ideias ativas na mente. Percebi que em alguns momentos sentia uma enorme vontade de escrever sobre algo no qual estava pensando e me vinha muitas ideias na mente que poderia abordar ao escrever, porém deixava para depois por estar 'fazendo algo' no momento. Quanto eu finalmente parava para escrever já estava com a mente 'fria'. Ficava com raiva e me perguntando: "onde estão as ideias que estavam em minha mente?".

Acredite, eu realmente ficava com raiva e frustrado, até que comecei a entender que preciso respeitar 'os momentos' da minha mente. Mesmo que depois eu faça a revisão com calma, preciso aproveitar o calor do momento.

Outro ponto é que eu era muito perfeccionista (talvez ainda seja) e isso não me ajudava... e ainda não ajuda. Sou uma pessoa detalhista e tento empreender o meu melhor naquilo que me disponho a fazer (Não confunda! Sou detalhista, não sou perfeito. Há várias coisas que escapam da minha percepção).

Queria já começar escrevendo 'perfeitamente' e por não conseguir ficava novamente frustrado e com raiva. Pensava comigo mesmo: "essa vida de escritor não é para mim". Só que após refletir sobre esses momentos ouvia em minha mente: "você é capaz, só precisa encontrar o seu jeito de fazer isso acontecer".

O início de toda jornada demanda paciência e aprendizado (eu sei que falar é fácil, e que difícil é exercer a paciência). Escrever artigos é algo novo para mim no momento (escrevia bem no passado, mas eram cartas para minha namorada... e atual esposa) e preciso ter paciência para aprender a fazer isso adequadamente.

Decidi começar essa jornada, pois gosto de compartilhar o que aprendo. Compartilhar mesmo que seja do meu jeito imperfeito, pois o meu foco não são números ou likes, mas sim ajudar as pessoas a se desenvolverem. Há muitas pessoas que agregam em minha vida e quero agregar à vida de outras pessoas.

Estou subindo degrau por degrau e creio que a cada novo degrau pelo qual passar eu aprenderei algo novo que me possibilitará chegar até o fim da escada e talvez quando chegar lá poderei me considerar um escritor que escreve.

Somos todos escritores, só que alguns escrevem e outros não.” José Saramago

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p.s. minha filha é a revisora dos meus textos e ela está ficando boa nisso 😄

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