Como destravar a maldição do "SCRIPT" da sua vida?

Como autor do livro "Sophia, a Alegria da Casa", publicado no formato de artigos na Revista Mais Educação (www.revistamaiseducacao.com.br) tenho dedicado tempo e esforço para pesquisar e entender como a estrutura de orientação dos pais e o ensino fundamental nos primeiros anos de vida influenciam diretamente os resultados das pessoas adultas no trabalho e na vida.

Essa investigação me levou a refletir sobre os "scripts" que formamos na infância e como eles podem limitar nosso potencial.

Foi a partir dessa reflexão que resolvi produzir o artigo "Como Destravar a Maldição do 'Script' da Sua Vida?" que decidi compartilhar com você agora.

O homem, diferente dos demais animais que já nascem prontos e empacotados é um ser em construção. E muitos de nós deixará esta vida sem concluir mesmo o alicerce das suas casas, deixando obra inacabada para trás.

Assim, desde os primeiros anos de vida, cada um de nós começa a escrever o "script" que guiará nossas ações e decisões futuras.

Este roteiro a ser vivido no palco da vida é formado por experiências, ensinamentos e interações que vivemos até os seis anos de idade, um período crucial para o desenvolvimento humano.

Segundo o psicólogo Eric Berne, criador da Análise Transacional, esses scripts são como programas que dirigem nossas vidas, muitas vezes sem que tenhamos consciência disso.

A primeira infância é um período em que absorvemos tudo ao nosso redor. As palavras dos pais, as brincadeiras com os irmãos e as primeiras experiências escolares moldam nossa visão de mundo.

O psicólogo John Bowlby, conhecido por sua teoria do apego, destaca que as relações estabelecidas nessa fase são fundamentais para o desenvolvimento emocional e social. No entanto, esses scripts podem se tornar limitantes, criando barreiras invisíveis que nos impedem de alcançar nosso potencial, conquistar o sucesso ou realizar-se no futuro.

Para destravar essas limitações, é essencial reconhecer que o cérebro humano busca naturalmente a segurança e o conforto.

O neurocientista Rick Hanson explica que nosso cérebro é programado para evitar riscos, o que pode nos manter presos em zonas de conforto. No entanto, é possível reprogramar essa tendência através de uma mudança de mentalidade, ou mindset, como propõe Carol Dweck, psicóloga e autora do conceito de "mindset de crescimento".

A chave para essa transformação está na luta interna entre você, que deseja crescer e se desenvolver, e seu cérebro, que busca proteção.

É preciso assumir o comando e desafiar o status quo.

Eduardo Shinyashiki, palestrante no BESTSELLER EXPERIENCE que participo aqui em Alphaville-SP neste final de semana, é especialista em desenvolvimento humano e enfatiza que o poder da atitude é o que nos permite superar obstáculos e expandir nossas possibilidades.

A ação consciente e deliberada é o que nos tira do lugar comum, nos leva a novos patamares.

Aprendi que para mudar o mindset, deve-se começar por pequenas ações que desafiem as suas crenças limitantes. Elas estão aí, em cada desafio que a vida nos apresenta, propondo e promovendo recuos em nome da segurança, cada vez que afrouxamos a rédea e permitimos.

Roberto Shinyashiki, em suas obras, destaca a importância de adotar uma postura proativa diante dos desafios. Ensinou-nos ao longo de décadas em livros e palestras, que devemos encarar cada dificuldade como uma oportunidade de aprendizado e crescimento.

Ao fazer isso, você não apenas expande sua visão, mas também desenvolve a competência necessária para brilhar e tornar-se protagonista, se assim desejar, em qualquer palco.

No palco da vida, ser protagonista ou coadjuvante é uma escolha que depende mais de atitude e ação do que de teorias. Posso lhes afirmar porque sou um laboratório ambulante, experimentei e vivi estas realidades na vida e no trabalho, nos últimos 40 anos.

Enquanto o tempo passa, é a sua decisão de agir agora que fará a diferença. Não espere por condições ideais; comece com o que você tem e onde você está.

Por isto acredito no PODER DO TRABALHO (livro a ser lançado em breve) como elemento transformador de pessoas, empresas e lugares ao longo da história.

A melhor hora para fazer? Agora!

Por fim, não permita que o "script" da sua vida destrua as suas boas perspectivas.

O mundo precisa das suas realizações, do seu trabalho que transforma e melhora tudo ao redor.

Assuma o controle do seu destino e permita que sua luz brilhe intensamente, inspirando outras pessoas ao longo da jornada a fazerem o mesmo.

O poder está em suas mãos; use-o para criar um futuro extraordinário. Para o bem da humanidade!

Ubirajara Ferreira - Autor

O Poder do Trabalho (Em breve publicaremos).

Sophia, a alegria da casa (www.revistamaiseducacao.com.br) - publicado por artigos, nas edições de junho a novembro na internet.

Dinâmica Populacional e Desenvolvimento no Norte Goiano - Ênfase ao Município de Santa Terezinha de Goiás, Kelpes Editora, 2020.

Referências Bibliográficas:

• BERNE, Eric. Análise Transacional em Psicoterapia. São Paulo: Cultrix, 1977. Livro que introduz a teoria da Análise Transacional, examinando as interações sociais e os scripts de vida.
• Eric Berne: Criador da Análise Transacional, uma teoria da psicologia que examina as interações sociais e os scripts de vida.
• BOWLBY, John. Apego e Perda: Apego. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
• John Bowlby: Psicólogo britânico conhecido por desenvolver a teoria do apego, que explora a importância das relações emocionais na infância para o desenvolvimento humano.
• HANSON, Rick. O Cérebro de Buda: Neurociência Prática para a Felicidade, o Amor e a Sabedoria. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
• Rick Hanson: Neurocientista e autor que explora como o cérebro humano é programado para buscar segurança e conforto, e como podemos reprogramá-lo para o crescimento pessoal.
• DWECK, Carol S. Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso. Rio de Janeiro: Objetiva, 2017.
• Carol Dweck: Psicóloga e autora do conceito de "mindset de crescimento", que enfatiza a importância de acreditar que habilidades e inteligência podem ser desenvolvidas através do esforço e aprendizado.