Como e quando os varejistas irão se adaptar ao novo consumidor
O varejo vive um período de transformação há algum tempo e é fato que as novas tecnologias têm trazido desafios cada vez mais complexos para o comércio como um todo. A crescente conectividade mudou a forma como consumidores fazem suas compras – e alterou a maneira como eles se relacionam com os varejistas.
O estudo mundial da Deloitte Os Poderosos do Varejo Global 2018 traz insights sobre essa temática e fornece perspectivas a respeito da economia global. A pesquisa identificou os 250 maiores varejistas de todo o mundo e analisou o desempenho das empresas por áreas geográficas e por setores de produtos.
Varejistas gigantes
A análise da Deloitte mostra que, juntas, as 250 maiores empresas de varejo do mundo somaram US$ 4,4 trilhões em receita no ano fiscal de 2016 – um crescimento de 4,1% em relação ao período anterior. Pela primeira vez em quatro anos, as empresas varejistas do setor de vestuário e acessórios não foram as líderes de crescimento, mas ainda formam o segmento mais lucrativo.
O Walmart continua liderando o ranking com receitas quatro vezes maior que o 2º colocado, a também norte americana Costco. Incrivelmente a Amazon passa a integrar os TOP10, ocupando a 6ª posição, com receitas perto de US$100 bilhões. Para se ter uma ideia, na pesquisa de 2011, ela ocupava a 157ª posição.
O grupo Lojas Americanas S.A. – único brasileiro na lista – ficou na 185º posição e, pelo terceiro ano consecutivo, figura na lista das 50 companhias de crescimento mais rápido entre os maiores varejistas globais.
Consumidor atento e exigente
De acordo com o estudo, os clientes estão usando cada vez mais a internet para trocar informações pelas redes sociais, comparar produtos e fazer as compras. Por isso, as empresas que apresentam maiores resultados no varejo são justamente aquelas que melhor se adaptam às múltiplas plataformas de vendas e de atendimento aos consumidores.
O varejo, de forma geral, tem conseguido se adaptar às necessidades do consumidor, que está muito mais exigente em relação à experiência de compra e Inovação e criatividade são palavras-chave bastante importante para acompanhar essa revolução que está acontecendo, mas que não se limita somente ao setor de varejo, como vemos em plena Revolução 4.0.
Cenário brasileiro: desafios burocráticos e de infraestrutura
O estudo aponta que após passar por uma recessão profunda e prolongada, o Brasil está agora voltando a crescer de forma modesta. Diante desse cenário, inovação, colaboração, consolidação, integração e automação serão fundamentais para revigorar o setor, além de impactarem profundamente os modelos de negócios – agora e no futuro.
o Brasil ainda enfrenta diversos desafios para conseguir oferecer ao público aquilo que o mercado global já tem, principalmente aquelas relacionados a problemas burocráticos e de infraestrutura, o que dificulta um atendimento rápido e ágil, seja ele na compra física ou virtual.
Apesar das dificuldades, no entanto, é preciso seguir inovando. Os varejistas de todos os sub-setores que não incorporarem as novas tendências e tecnologias poderão enfrentar problemas com a continuidade das suas empresas. Espero que isto de fato não aconteça.
Superintendente no Barra Garden Shopping
6 aDifícil são os de pequeno porte entenderem isso. Parabéns!