Como educar com propósito?

Como educar com propósito?

Em workshops com pais às vezes peço que em dez minutos anotem todas competências que acham necessário seus filhos adquirirem para aos 25 anos de idade, estarem em condições de lidar com o mundo.A maioria dos casais coloca corretamente tanto competências informacionais, que podem ser obtidas em escolas e cursos, (idiomas, programação, educação financeira, esportes, etc.) quanto competências atitudinais, por exemplo, ter garra, curiosidade, saber lidar com frustrações, empatia, ética, etc.Na verdade, sabem que sem as competências atitudinais de pouco adiantam as informacionais. Sem garra, curiosidade, inteligência emocional, entre outras capacidades (as tais das competências sócio-emocionais), as capacidades e conhecimentos teóricos e instrumentais não se veicularão adequadamente, seu uso será prejudicado.

Mas quais são essas competências e como os filhos podem desenvolve-las?

Há várias maneiras de se resumir e descrever as capacidades atitudinais essenciais, no trabalho com famílias e sucessores em empresas, bem com em palestras e consultorias a escolas, sugiro um recorte de seis.A primeira competência se refere à capacidade de se abrir para o novo, a experimentação, a vontade de conhecer e experimentar. Liga-se ao interesse pela vida, engajamento. Sua falta liga-se a graus diversos de astenia, depressão, indiferença, autismo e esquizoidia.

A segunda competência refere-se à disposição para a autonomia. De se antecipar, fazer por conta própria. Crianças que não o desenvolvem podem se tornar passivas, viver em um crônico esquema de dependência emocional e operacional, ou ter uma baixa capacidade de tomar iniciativas, falta expediente para identificação e resolução de problemas.A terceira competência liga-se a capacidade interpessoal, a tal da Inteligência Emocional. Crianças adolescentes que não a desenvolvem tendem a ter conflitos desnecessários, agressividade excessiva ou fuga do estresse e ter dificuldade de enfrentar, negociar e persuadir.

A quarta se refere à garra e à relação com erro e aprendizagem. Em uma palavra à determinação a se auto aprimorar e treinar habilidades. Sem ela as pessoas desistem muito fácil, ou sequer tentam o que parece trabalhoso e acham vexaminoso o processo de tentativa e erro (falha, fracasso).

A quinta refere-se à questão da frustração e flexibilidade. Pessoas que não toleram frustrações e, mais que isso, que não têm a flexibilidade de encontrar um outro caminho também satisfatório, tendem a fúria, depressão e rigidez e têm dificuldade de achar soluções alternativas.

A sexta e última competência se refere à capacidade de conter os impulsos e pensar. Liga-se a conseguir analisar uma situação e planejar ações de curto médio e longo prazo. Tanto para arrumar os brinquedos no armário até estudar para uma prova, ou planejar investimentos financeiros. Pessoas imediatistas, impulsivas tendem a tomar decisões apressadas, superficiais e erráticas.Todas essas competências podem ser desenvolvida pelos pais com os filhos já a partir de pequeninos em atividades do seu cotidiano nas suas casas, ou no caso dos adolescentes, podem ser retomadas mais tarde.Comportamentos eventualmente inadequados ou difíceis tem a ver com a maneira como esses filhos estão sendo educados com relação a essas seis atitudes.

No meu livro "A Arte de dar limites - como mudar atitudes de crianças e adolescentes", discuto as ferramentas que os pais podem utilizar no cotidiano da educação em suas casas.

Israel Miranda

Técnico Eletroeletrônica

4 a

Verdade Luiz, estava refletindo sobre a forma de preparar nossos filho para um mundo de grandes conflitos de geração, tecnologia, educação, competição, características imediatista hiper conexão. Buscar aprendizagem com as experiencias de outras pessoas, algumas literaturas de educação infantil, esta no destino que podemos construir para a educação de nossos filhos. Mesmo com todo intuição de Pai, sera necessário somar mais algumas mentorias de educação no caminho.

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