Como falar com estranhos
Ou, porque sua empresa precisa contratar conteúdo para gerar negócios.
Logo na largada já aviso que este texto é um argumento de venda, assim se o cansaço do dia já bateu, podes deixar passar ou salvar para mais tarde. Na realidade, o texto traz provocações para quem avalia contratar, trocar ou mesmo formar equipes internas para conduzir o marketing de conteúdo da marca. Já aviso que não são fórmulas (porque não existe este milagre), nem nada revolucionário que vai fazer sua empresa estar na lista da Fortune 500 em 2021, mas um apanhado de ideias que em razão da rotina que tenho na Doxxa, somado a todo esta pandemia, e o monte de coisas grátis que tem por aí, também me impeliram em "contribuir".
Se vai ser ruído, ou se vai ajudar, você decide caso fores ler até o final.
Bueno, se continuas, então vamos nessa.
Dentro das tantas leituras que pululam na timeline do LinkedIn, algumas raridades realmente agregam. Em geral pela forma como os temas são abordados, escapando das superficiais colocações, outras vezes por trazer luz de novos conhecimentos e assuntos pertinentes no modo de pensar que me permitem pirar um pouco o cabeção.
Vou de vereda na primeira provocação.
Conhece a sentença “Tem gente que enxerga a árvore, mas não vê a floresta”? Eu não conhecia e fui apresentado durante a leitura do livro Talking to Strangers, de Malcolm Gladwell (super recomendo). A pergunta faz referência aquelas pessoas que estão tão focadas nos detalhes e isso as impede de ver o quadro todo. Trazendo para o universo do conteúdo, são aqueles gestores que querem trabalhar com vídeos, mas nem sequer possuem audiência nos seus canais que compense o retorno deste investimento. Sim, vídeos custam.
Qual o plano editorial da marca?
Ele está alinhado com quais objetivos de negócio?
Quais canais vamos priorizar?
Veja que são questões básicas, e que estou deixando tantas outras nas entrelinhas, porém são elas que proporcionam a diferença de erros na origem (que podem ser identificados) ou perdas no final que somente gerarão gritaria, pânico e ojeriza com futuros fornecedores de conteúdo.
Acreditando que sua empresa possui respostas que estruturem um plano de conteúdo, passemos para descobrir como anda a frequência, a análise de kpi’s (seu conteúdo precisa ter, caso contrário é tempo e dinheiro perdido), se sua equipe - interna ou externa - domina o negócio e a linguagem que seus públicos de interesse procuram, e se tudo isso está sendo avaliado e conduzido por quem entende o valor que este conteúdo busca trazer para a percepção da marca, no apoio de jornadas comerciais, na orientação de preferência no momento das comparações, entre outros pontos que o dono da marca certamente consegue enxergar, entretanto nem sempre uma equipe de conteúdo inexperiente compartilha a mesma visão.
Então aqui fica a segunda provocação?
Quanto vale o teu tempo? Dono ou CMO, a rotina é pegada e balizada por números. Como fazer com que o conteúdo indique a construção de uma crescente curva de aprendizado e ganhos? Reservar o terceiro turno para escrever significa que vai faltar fosfato para fazer negócios, identificar oportunidades estratégicas para a marca, reforçar relacionamentos… e tudo isso tem no conteúdo um bom companheiro.
Dá para fazer internamente? Sim, não e talvez.
De fato as três respostas são válidas. O contexto é que orienta cada escolha e o tempo é que julga a decisão. Sim, dá para fazer, considerando a necessidade de encontrar bons redatores, com visão de negócio, e que sejam no mínimo dois. Sim, temos as férias. As faltas ocasionais. O mercado oferecendo novas oportunidades. Como coloquei, a decisão é validada ao seu tempo.
Para quem não recomendo. Para quem ainda não possui uma comunicação minimamente estruturada. Personas, voz, canais, cronogramas, e outros pontos que são fundamentais para o sucesso de ações de comunicação e propriamente de conteúdo para a marca. E o talvez? Aqui eu reúno todos que já experimentaram incluir o conteúdo e não conseguiram performar. Porque talvez? É necessário que seja diagnosticado onde estavam as fraquezas desta debilidade, pois novas tentativas - internas e externas - podem ser torpedeadas pelas mesmas questões, ou derivadas destas, ou até novas incongruências estruturais do projeto.
Não te perde, esta foi a terceira provocação. Para a próxima, é super simples o que precisa responder: sua empresa/marca sabe o que realmente importa para quem deve comprar seus produtos ou serviços? Como as pessoas estão procurando sobre eles? Como concorrentes estão falando e se posicionando para o mercado? Como __________ ?( complete com o que fizer sentido para sua estratégia de SEO). Tem estratégia de SEO, certo?
Dentro desta quarta provocação fica o alerta sobre a linguagem. Sobre a voz da marca. Sobre quais palavras-chave devem ser trabalhadas? Quais podem ser incluídas? Quais são as primeiras? Uma lista importante que vai orientar e apoiar muito o trabalho de pauta e redação.
Quase fechando as básicas questões, lembre de reservar tempo para desenhar como será a ativação dos conteúdos. As jornadas. As análises. Como serão montados, tratados e segmentados os mailings? Temos verba para isso?
E a sexta, e última provocação, é algo que grita na timeline: a falta de revisão.
Minha gente, uma marca escrever errado e publicar é algo bem complicado. E não falo somente em erros gramaticais, mas sim de erros conceituais que embasam o discurso que a empresa está tentando construir sua autoridade sobre os assuntos que se debruça.
Por estas, e outras questões, e somadas dentro deste momento singular que estamos todos vivendo, há a necessidade de dominar as estratégias que permitam que sua marca possa atrair e falar com estranhos. Por isso, conteúdo inteligente é realmente o melhor para o seu negócio. Contrate quem for ajudar a sua empresa ter mais tempo para se concentrar no que é o seu ponto central de existir. E se quiser saber um pouco mais, o canal está aberto.