Como fazer gestão com a estória dos brinquedos!
FOTO: Reprodução/Disney

Como fazer gestão com a estória dos brinquedos!

Esta é uma rede social, em essência, voltada aos negócios. Por esta razão o foco de meus artigos tem sempre esta conexão, mais especificamente na Gestão. O assunto de hoje é a animação que revolucionou a indústria cinematográfica e que chegou em sua quarta versão. Nem é, na minha avaliação, a mais sensacional de todas, mas ela vem inundada de insights. Uma aula para quem lida com gestão. Seja você o mais fiel seguidor dos lançamentos da telona ou o mais cético admirador do cinema, se você trabalha com gestão, não pode deixar esta oportunidade passar. E, aliás, recomenda-se: seus gestores e executivos também precisam assistir!

Em cartaz: Toy Story 4! A animação da Pixar/Disney, cujo primeiro filme foi lançado em 1995, nasceu batendo recordes e continua surpreendendo. Pelo menos a mim. Tudo que permite aprendizado me fascina, ainda mais no mundo corporativo. E este é o ponto deste longa metragem. Se puder parar por um instante, refletir sobre diversos acontecimentos cotidianos da sua empresa previamente à sessão do filme, verá que a inspiração parece ter saído de dentro dela (e caso não consiga perceber.. assista de novo, again, once more..). Uma pequena reflexão após o término da sessão é suficiente para associar diversos fatos e comportamentos dos personagens com aqueles que já vivenciamos nas organizações ou que gostaríamos que nela estivessem presentes. Para não ficar um texto vazio, faço questão de elencar algumas evidências através de valores que faltaram ou se manifestaram por meio de seus personagens e as cenas em que encontramos tais demonstrações (para melhor compreensão é ideal que já tenha assistido ao filme). Acrescento, após cada um dos valores, palavras ou frases que procuram expressar suas definições:

1) Solidariedade - Identificação em relação ao sofrimento dos outros. Mesmo sabendo que já não era um dos brinquedos favoritos e sequer era notado pela sua “cuidadora”, Woody percebeu que a ida ao Jardim de Infância seria difícil para Bonnie e então resolveu se arriscar e embarcar na mochila rumo à escola para tentar amenizar o sofrimento da pequena naquele dia. Já na sala de aula, ao perceber que a pequena Bonnie havia ficado sem material e desanimada, de forma discreta e oculta, envidou todos os esforços para colocas às suas mãos o material que ela necessitava para desenvolver a atividade. Mais adiante, Betty também manifesta este valor quando, não havendo nenhuma vontade própria de voltar ao antiquário, resolve ir para ajudar um amigo salvar outro;

2) Respeito - Consideração, deferência, reverência. A pequena Bonnie, no seu primeiro dia no Jardim de Infância, foi vítima de uma total falta de respeito de seu colega no momento em que ele simplesmente desconsiderou a sua presença e tomou para si o material que seria para uso dela. Atitude grosseira que revelou o desprezo e desconsideração pelo seu próximo bem como o espaço em que ele ocupa;

3) Inovação - Criar algo novo. A capacidade de inovar não ficou de fora. Bastou ter o material em mãos que a animação cresceu e então, com a ferramenta disponível, foi possível se dedicar à tarefa encomendada pela professora, criando um novo brinquedo;

4) Sustentabilidade - Condição que permite a permanência, princípio que remete ao equilíbrio para sobrevivência. O novo brinquedo, garfinho, acostumado a ser lançado fora, entendia que seu lugar mais apropriado seria o lixo. Mas, seus novos amigos brinquedos passaram boa parte do longa metragem usando argumentos consistentes da sua importância para a criança e de que ele fora idealizado por ela, ganhando assim uma nova vida. De um produto descartável para alimentação, ele ganhou nova utilidade;

5) Perseverança - Constância. Várias cenas.. Woody não desistiu de seu novo amigo e jamais usou de palavras rudes para convencer garfinho da sua importância no cenário. O motociclista Duke Caboom, que por diversas vezes havia fracassado nas tentativas de executar manobras radicais, perseverou até conseguir realizá-la e assim ajudar aos seus amigos;

6) Lealdade - Respeito aos princípios e regras que norteiam a honra e a probidade. Um princípio expresso por Woody quando disse ao Buzz: " sabe que não deixo brinquedo para trás". Não abandonar os colegas e amigos em um percurso demonstram um sentimento de fidelidade e dedicação;

7) Pertencimento - Pertencer a um meio e se sentir inserido em um grupo social. Quando Woody ficou de "molho" no armário por não ter sido escolhido para a brincadeira, ele se sentiu como se já não fosse parte do grupo e com o sentimento de que não guardava mais lugar especial junto à sua dona. Sentir que não é mais importante e perceber que já não está entre os escolhidos pode desencadear uma desmotivação e até desagregar o grupo;

8) Liderança - Caráter de Líder. Ponto mais nobre de grandeza neste contexto! Sabedoria!! Woody sempre foi o cabeça dos brinquedos e responsável pelo comando das operações. Neste caso o que me chamou muito a atenção foi o fato dele entender que seu tempo naquele lugar já havia chegado ao fim, tomando a difícil de decisão de passar o posto de xerife para Jessie.

É provável que você que assistiu tenha visualizado outros tantos valores que poderiam ser acrescidos a este texto. Para cada um da relação acima seria possível investir diversos parágrafos abordando o cenário, a fala, comportamento, reação do personagem, tomada de decisão, alternativas, consequências, clima e tantos outros.

O objetivo aqui é demonstrar que o aprendizado é gerado nos mais diversos meios e que podemos, inclusive, trazer à realidade estórias imaginárias que nos permitem refletir sobre o efeito que alguns comportamentos no ambiente de trabalho são passíveis de provocar. Se alguma situação chama a atenção, quem sabe pode ser útil aplicá-la ou não no seu ambiente de trabalho, provocando os colaboradores a sempre pensarem como uma situação pode influenciar o dia a dia da empresa.

Nesta estória os brinquedos ganharam vida e assim tomamos conhecimento dos seus reais sentimentos. E se dessem vida às paredes das empresas, o que será que elas diriam?

Vale pensar...

Antonio Carlos Belinati.

Eng. Civil, Especialista em Gestão de Negócios.

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