Como foi que pintaram o meu carro? A evolução do processo de e-coat. E qual a importância da estufa?

Como foi que pintaram o meu carro? A evolução do processo de e-coat. E qual a importância da estufa?

A pintura automotiva industrial tem um processo inicial focado na proteção anticorrosiva, cujo processo é realizado por imersão. Mas também utilizado em autopeças, estruturas metálicas entre outros. Este possui o grande proposito de proteger a pintura, sendo aplicado em toda parte interna e externa do aço.

Este processo teve origem no início do século XIX e o seu desenvolvimento na década de 50 e algumas montadoras começaram a utilizar logo no inicio da década de 60. Começou a ser usado o sistema Eletroforética Anódica (anôdo), a resina da tinta carregada negativamente e com baixo poder de penetração.

E nos princípios da década de 70, apresenta uma grande evolução, utilizando novos processos e novas resinas, esse processo denomina se de Eletroforética Catódica (cátodo), que está na 7ª geração (evolução do material). A resina da tinta é carregada positivamente e com alto poder de penetração, apresentando ainda como grande vantagem uma aplicação uniforme e de alta durabilidade. E lembrando também que seu processo deve ser totalmente automatizada, passando pela lavagem da carroceria até a aplicação da resina.

Esta tecnologia começou a ser usada, com a exigência do mercado automobilístico. Atendendo aos padrões ambientais com resinas totalmente livres de chumbo. As indústrias que utilizam esse processo de pintura Eletroforética Catódica (polímeros ionizados que migram e depositam em um substrato condutor de eletricidade), que também é conhecida como E-Coat, KTL, Cataforese, Elpo e outros. Esses nomes mudam conforme nomenclatura de cada planta industrial.

E para esse processo se concluir, tem que passar por algumas etapas “banhos” e seguir alguns tempos de processos e temperatura definidos pelo fornecedor da tinta “resina”. E lembrando que, em processos produtivos pode haver variações, desvios e consequentemente afetar a qualidade de aplicação e até mesmo ao meio ambiente.

Após o processo de aplicação a carroceria ou peças, são passadas em estufa para a reticulação da tinta “resina”. Muitos não sabem ou simplesmente negligenciam a importância das estufas no processo de pintura e-coat. Sabemos da importância de cada item dentro do seu processo, mas uma boa distribuição de temperatura dentro das estufas é fundamental para um bom acabamento, uniformidade de resultado e resistência à corrosão.

Vale salientar que, para um bom funcionamento de um processo de cura, a estufa tem os pirômetros para o controle da temperatura em cada zona “parte” e para o controle do processo é passado o DATAPAQ, onde ambos precisam ser calibrados, a fim de garantir o melhor padrão de qualidade.

Respondendo a pergunta “A evolução do processo de e-coat”. E qual a importância da estufa?

É notório que um não existiria sem o outro, mesmo em um momento de crise não pode mudar as variáveis do processo tais como: abaixar a temperatura da estufa, aumentar velocidade da esteira ou simplesmente eliminá-la. Isso resultaria em perdas de qualidade “custo da má qualidade” como exemplo a não cura total do e-coat e com isso podendo ocorrer desplacamento e corrosões.

Então, para o carro ficar lindo, há muito que se fazer com alto padrão de qualidade.

Fábio Ferreira

64 81040202

Wellington Ortiz Jr.

Responsável por Projetos e Análises Estruturais (FESA) na Ortiz Consult / Grupo Synertech

8 a

Muito bom, parabéns pela matéria que é muito ilustrativa e didática.

Fabiana Kitaoka

Chemical engineer/ resins / coatings/ Quality Coordinator

8 a

Fabio, apenas um comentario a resina atual é carregada positivamente com aminas livres que carregam o crosslinker e migram ao polo negativo ( catodo , no caso a peca a ser pintada) onde ocorrera a coagulacao da tinta . Por isto é chamada de processo catodico. Antigamente , no processo anodico , ocorria o contrario a coagulacao da tinta ocorria no anodo , onde ocorre a oxidacao e assim a resinas era carregada negativamente. Acho que teve uma pequena inversao dos processos anodicos e catodicos ai, vale a pena corrigir. =)

Júlio Rangel

Processos | Manufatura | Manutenção | Produção

8 a

Oi Fábio! Bacana seu texto. Dá uma idéia muito boa do que se passa num processo de pintura eletroforética. É mesmo muito útil. Parabéns pelo artigo e continue com as publicações. Abraço!

Júlio Rangel

Processos | Manufatura | Manutenção | Produção

8 a

Oi Fábio! Ficou bacana sua descrição do processo. Legal que você falou um pouco da história da pintura eletroforética e deu, à quem não conhece, uma bela noção de como tudo acontece. Tenho certeza que será muito útil. Parabéns pela publicação!

Lauro Adrián Tonché

Productivity & Quality Consultor, Operations, Coatings, Lean Sigma, Assembly, CQI12, ISO9001:2015, ISO1400:2015, IATF16949:2016 Consultor.

8 a

We have a big market out of the automotive industry.

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