Como a inovação impulsiona o Crescimento econômico

Como você mede a inovação e como isso afeta a economia?

Em 1500, a economia da China era a mais forte do mundo. Mas no século 19, os EUA, a Europa Ocidental e o Japão ultrapassaram a China produzindo bens e serviços em grandes quantidades, enquanto a antiga superpotência parou.

Por quê? Alguns economistas argumentam que a falta de livre mercado da China e inovação contínua no Ocidente levou à mudança. Mas qual é a relação entre inovação e mercados, produtividade e desigualdade?

A resposta para esse quebra-cabeça não é fácil.

Como você mede a inovação?

Como a arte, todo mundo conhece a inovação quando a vê, mas defini-la e medi-la é um santo graal" para os pesquisadores. O estudo de patentes pode ser a chave para responder a essa pergunta nos dias atuais.

O que aconteceu com a China?

Durante o período em que a China estava economicamente mais avançada que o Ocidente, ela trocou mercadorias como especiarias, seda e chá por prata. Na época, o Ocidente tinha pouco mais do que os chineses precisavam, mas isso mudou, e por volta de 1800 o Ocidente avançou.

A inovação fez a diferença com química moderna, energia a vapor aplicada ao transporte e peças intercambiáveis, mas não apenas inovações em tecnologia.

O crescimento econômico moderno também veio de inovações organizacionais nos setores militar, de transporte e jurídico e financeiro.

“Lugares onde as pessoas eram livres para experimentar, competir e cooperar simultaneamente em um mercado em que ninguém era responsável por decidir quais tecnologias seriam adotadas, quais seriam rejeitadas e quais seriam proibidas, floresceram”,

Historicamente, a China adotou uma abordagem oposta: o Estado exercia o poder de rejeitar certas tecnologias. Por exemplo, o desenvolvimento de ferrovias foi drasticamente retardado pelo imperador da China, porque ele temia que a disseminação destruísse a sociedade agrária e ameaçasse seu governo.

E este caso se aplica aos dias atuais também, pois as empresas precisam cada vez mais ganhar velocidade e flexibilidade para atender um mercado Global e muito mais exigente que no passado.

Como a produtividade e a desigualdade estão ligadas?

Existem duas maneiras de alcançar o crescimento econômico: aumentar a população ou tornar as pessoas mais produtivas.

O crescimento econômico no século 20 foi muito grande. O padrão de vida dobrava a cada 33 anos, mas isso era uma meta desafiadora para o século XXI.

O crescimento mais lento da população e o envelhecimento da população atual implicam que precisaremos de aumentos de produtividade para realizar mais trabalhos no futuro.

A produtividade alimenta o crescimento dos salários, mas como a produtividade diminuiu nos últimos anos, o mesmo ocorreu com os salários.

No final dos anos 90, a produtividade cresceu cerca de 3% ao ano, mas agora é apenas cerca de um terço disso. Portanto, não é surpresa que os salários também tenham sido baixos. Mas a dor dos salários baixos não é compartilhada igualmente por toda a população.

A produtividade e os salários dos trabalhadores altamente qualificados subiram nos últimos 30 anos. Mas o oposto é verdadeiro para segmentos menos instruídos da população.

Para piorar a situação, as indústrias que cresceram são as que empregam trabalhadores altamente qualificados, enquanto as indústrias que diminuíram são as que empregam pessoas com menos instrução.

No entanto, a inteligência artificial e outras tecnologias não são as culpadas e não colocarão todos fora do trabalho.

Conforme medido pela participação na força de trabalho, os empregos como um todo não desaparecem quando as novas tecnologias mudam a natureza do trabalho. Nunca houve uma transformação tão radical quanto a Revolução Industrial, mas a força de trabalho cresceu.

"A preocupação não é que as pessoas não estejam trabalhando. A preocupação é que elas trabalhem em empregos ruins ”.

Para aliviar o problema, será necessário repensar a educação e a formação profissional, pois estes estão intimamente ligados a Inovação, que por sua vez impulsiona o Crescimento Econômico.