Como ir além do comum no âmbito da Sustentabilidade
Considerada uma das dez potências globais em produção de papel, o Brasil é o segundo maior produtor de celulose do mundo, segundo dados divulgados pelo Ministério de Minas e Energia (MME). No entanto, apesar dos bons números se comparados com o mercado global, desafios como a demanda cada vez maior por soluções alinhadas com a temática ESG e aplicação de tecnologia de ponta são alguns pontos importantes para as companhias do segmento levarem em conta nas suas expansões.
Três dimensões devem ser levadas em conta dentro da pauta de sustentabilidade, sendo eles: eficiência no uso de recursos, inovação e comunicação. Juntos, podem ajudar a desmistificar o segmento como vilão climático e a mostrar a realidade e o potencial positivo da indústria na pauta do equilíbrio ambiental.
No campo dos recursos, é importante pensar para produtividade, recuperação, reparação, produção carbono net zero, redução do uso de água e geração zero de resíduos. Conectando isso, está a inovação, permitindo o desenvolvimento de produtos substitutos a materiais não sustentáveis. Essas são transformações capazes de mudar a imagem da indústria quando se fala sobre sustentabilidade e boas práticas.
Torna-se cada vez mais mandatório trabalhar as pautas ESG dentro da cadeia, principalmente no Brasil, que já atua de forma exemplar. Hoje, a maioria da produção de celulose se dá por meio de madeiras plantadas em vez da prática extrativista, comum em outros mercados globais.
Nessa movimentação, será papel das corporações buscar aumentar a excelência na mitigação dos impactos. Afinal de contas, o verdadeiro potencial ambiental da indústria de base florestal é a sua capacidade de absorver carbono, compensar emissões e gerar créditos para o mercado. Outro ponto importante é não esquecer que o setor está inserido em um contexto de economia circular, visto que muitos dos subprodutos são usados no processo produtivo, até como insumos.
Recomendados pelo LinkedIn
É também relevante pensar que muitas fábricas e indústrias têm investido alto para reduzir o impacto ambiental das suas operações, em dois principais pontos: diminuição das emissões e na de ruídos. A expectativa é que essas unidades fabris se tornem cada vez mais eficientes e impactadas pela automatização, impactando cada vez mais minimamente o espaço e ambiente onde se localizam.
Tecnologia a favor do avanço
No campo tecnológico, há ânimo dentro do setor. Segundo dados do Statista, o mercado de papel e celulose espera crescer muito ao longo dos próximos anos, chegando a superar os 370 bilhões de dólares em valor de mercado até o ano de 2029. Nesse cenário, será preciso otimizar os avanços e reduzir as perdas das companhias do setor. Para isso, será necessário apelar para a inovação.
Temas como inclusão de transformação digital e digitalização dentro da área florestal devem se tornar recorrentes entre as corporações do segmento; além disso, otimização de custos no transporte de madeira, por meio de rotas mais dinâmicas e manutenção preventiva a partir de inteligência artificial e machine learning na prevenção de problemas, são outros pontos de extrema relevância para o setor. Os desafios são claros, mas suas soluções já estão sendo aderidas pelo mercado e as expectativas para mais um grande ano para a indústria são altas.