✅Como jogar o jogo do Open Finance além do crédito — guia prático
Open Finance não é só crédito
Se algum bancário estivesse de férias em outro planeta e desembarcasse hoje no Brasil, ele poderia, equivocadamente, ser induzido a entender que o Open Finance é igual a crédito.
Esse tema foi recentemente debatido em um evento da klavi na última semana, onde o painel principal contou com a participação de:
Entre outros assuntos, quero destacar um comentário interessante feito pelo Gueitiro Genso:
“A hiperpersonalização tanto do front, como do back é que vai fazer com que o Open Finance seja percebido pelo consumidor, tanto em melhores limites de crédito, como em produtos mais customizados e experiências únicas, é isso que pode aumentar o conhecimento, e a confiança em dar/renovar o consentimento para portar dados.”
É inegável o poder do histórico financeiro na hora de decidir conceder ou não um limite financeiro para os clientes. Mas o que vou te mostrar hoje, é que outras áreas dessas instituições também podem se beneficiar, e muito, do Open Finance.
A hiperpersonalização e as experiências únicas, são um processo evolutivo. Hoje lhe mostrarei um playbook de como você pode iniciar nesta direção.
🔃Ciclo de vida dos dados no Open Finance
Essa é uma visão geral da aplicação do Open Finance em instituições, de forma simplificada, está baseada em três pilares:
Por hoje, nosso foco de discussão será na Utilização de Dados, especialmente além das oportunidades em crédito, com foco em ofertas.
♟️O jogo do Open Finance
Esse é um jogo de ataque e defesa. As informações dos seus clientes vão para outras instituições mas também voltam para a sua. Como se organizar nesse cenário?
Discutimos sobre hiperpersonalização, mas precisamos antes de estratégia e organização interna, uma visão macro de como abordar os clientes também num olhar da instituição.
A estratégia guia as possibilidades de atuação. Os dados definem contexto e o grau de personalização.
Matriz de Relacionamento x Valor
Todas as instituições possuem alguma forma de valorar o seu cliente, seja qual for o método e também a nomenclatura (LTV), assumiremos que “Valor” é o retorno financeiro esperado do relacionamento com um dado cliente.
E que “Relacionamento” se refere a principalidade deste cliente. Ou seja, o quanto de valor possível deste cliente está concentrado em minha instituição? Do total que ele toma em crédito, o quanto é comigo? Do fluxo financeiro desse cliente, o quanto é comigo?
Vamos aos grupos:
🛡️Grupo 1 - Alto valor x Alto Relacionamento — Defender. Sua organização rentabiliza em níveis ótimos e o relacionamento está todo concentrado com vocês. A preocupação aqui são os ataques de outras instituições.
🕵️Grupo 2 - Baixo valor x Alto Relacionamento — Monitorar. Apesar da concentração, há uma dificuldade em extrair resultado desse grupo de clientes. O monitoramento é importante para identificar repescagens e mudanças de cenário (diminuição de relacionamento ou aumento de valor).
🎯Grupo 3 - Alto valor x Baixo Relacionamento — Atacar. Clientes que você sabe que são bons e que possuem fluxos na concorrência. Desenvolver iniciativas para conquistar a principalidade são a prioridade.
🕵️Grupo 4 - Baixo valor x Baixo Relacionamento — Monitorar. Este grupo pode ser um dos mais afetados na avaliação de valor e relacionamento, por ausência de informação. Mas a aquisição de dados não é o foco deste artigo.
A partir destes grupos você consegue desenhar sua estratégia de atuação. Dentro de cada grupo você consegue desenvolver campanhas e soluções para os mais diferentes pontos de contato com clientes.
Desafios importantes que surgem nesta abordagem:
A partir de agora eu te apresento uma ferramenta que poderá ser sua aliada para desenvolver ações com dados de Open Finance.
👉 Conheça o Vision, mais nova solução da klavi.
🧿Vision
Para aqueles que não acompanham a Marvel: O Vision é um personagem, que entre várias características, é um estrategista de primeira linha. Capaz de analisar situações complexas e projetar soluções eficazes. Não tenho dúvida que ele faz parte do roadmap da OpenAI 😆
E mesmo assim eu não poderia deixar de fazer esse texto sem compará-lo com o Vision, da klavi. O produto vem justamente para empoderar os mais diversos times de instituições para que eles possam criar seus próprios planos e ações para extrair valor do Open Finance para além do crédito.
O contexto dessa solução
É preciso, antes de tudo, entender o cenário dos clientes que consomes as soluções da klavi. A principal arquitetura utilizada pelos clientes é a apresentada abaixo.
Neste cenário, a instituição, que já é participante do Open Finance, recebe as informações do cliente e via APIs já direciona os dados para higienização e categorização. São mais de 540 variáveis e 280 categorias, que depois do tratamento ficam disponíveis em seu lake.
Até então, era comum os times desenvolverem seus próprios fluxos de trabalho para definir as variáveis mais importantes e incrementarem seus processos com as novas informações.
Para times de crédito, com uma estrutura de dados robusta, essa jornada pode até ser rotineira. Eles possuem conexões com diversas outras fontes de dados e fazem esse tipo de consumo diariamente.
Mas para times que não dispõem da mesma estrutura, consumir os dados direto de um lake, mesmo que com a facilidade de higienização e categorização, pode ser um desafio.
💡É neste contexto, que o Vision surge, para facilitar o consumo dos dados de Open Finance por demais áreas.
🧿Novo cenário — utilizando o Vision
Antes de entrar no detalhe, gostaria de apresentar este exemplo de workflow de utilização do Vision em sua estratégia de Open Finance. Você pode entendê-lo em 5 etapas:
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💡As imagens abaixo são meramente ilustrativas, com números fictícios.
1. Visão Gerencial
O Vision te permite ter uma visão geral dos seus dados de Open Finance, para que você vá além dos consentimentos ‘dados/recebidos’ e comece a avançar em informações que dão mais contexto para o negócio.
Os principais indicadores são:
Dentro de cada um destes, você consegue detalhar as informações até chegar no nível mais granular possível e exportar todos os clientes dentro daquele filtro que você definiu.
🎯O destaque: principalidade
Sem dúvida, o que mais me chamou atenção foi o Índice de Principalidade. Através dos clientes que compartilharam dados com a sua instituição, a ferramenta calcula esse índice analisando as transações na conta do usuário.
É um índice vivo que pode ser monitorado enquanto houver o consentimento do cliente. Diversos fatores podem impactar esse índice, como, por exemplo: os tipos de contas pagas, hábitos identificados, intensidade nas movimentações, recorrências e uma série de outros fatores que compõem o molho especial do Vision.
Visão por instituição:
Visão evolutiva:
2. Identificação de oportunidades
Outra característica do Vision que me chamou atenção foi a praticidade. Não apenas com informações, mas também já direcionando o cliente para tomar ações, é assim que a funcionalidade Oportunidades foi construída.
Você consegue atuar de duas formas com as oportunidades:
Produtos Financeiros (com mais quebras dentro de cada categoria):
Gastos Segmentados
3. Segmentação
A partir dos insights gerados nas análises dos mais diferentes filtros da plataforma, você pode então realizar uma segmentação de clientes e extrair em um nível individual.
Com essa base em mãos, você consegue direcionar as ações da sua empresa.
4. Ações
Lembram da Matriz? Aqui você pode desenvolver ações para cada grupo.
Exemplo de ataque:
Exemplo de ataque:
Exemplo de defesa:
5. Monitoramento
O Vision é vivo, mas as consultas ficam salvas. Você consegue ver a evolução de determinadas bases que você mesmo gerou e observar a mudança de comportamento e a efetividade das ações. É uma excelente forma de realizar testes em diferentes co-horts para aprender quais abordagens desempenham melhor com os clientes.
💡Evolua com o Open Finance
Esse é, sem dúvida, um baita produto. Quanto mais áreas diferentes das instituições tiverem fácil acesso às informações de Open Finance, mais perto estaremos de criar soluções realmente inovadoras e atingir o objetivo final de impactar o cliente.
Trazer para o dia a dia esse grau de profundidade de dados fará a diferença em todo o mercado.
Em tempo: se você quiser conhecer mais sobre o Vision, procure pelo time da Klavi (clique aqui).
Eles estarão presentes na Febraban Tech, no estande B35, no hall B.
Mencione que viu esse conteúdo na Let’s Open e a cerveja vai ser de graça 🍻
Um grande abraço!
Gerente Produto PicPay | Coordenadora Comitê Open Finance ABFintechs
1 aMuito bommmm