Como não ficar na bolha
Ontem, depois de concluir mais um curso de comunicação não violenta, mergulhada em um mar de rostos desconhecidos extremamente afetuosos (sim, isso é possível), me dei conta de como é reconfortante estar com pessoas que investem em autoconhecimento e desenvolvimento pessoal para se relacionarem melhor consigo , com o outro e com o mundo. A energia do ambiente é acolhedora e ao mesmo tempo provocativa. Afinal, ninguém muda sem sentir incômodo . O grande desafio é transitar pelo incômodo sem se vitimizar, isolar ou ser reativ@. Confesso que sou apaixonda por esses espaços seguros , provocativos e acolhedores (seja de metodologias colaborativas, CNV, terapeuticos ou não),onde posso me expressar com autenticidade, sem ser alvo de criticas e julgamentos. Isso tem um impacto tão grande em minha vida, que o acolhimento se tornou a minha principal caracteristica de trabalho.Mas, ontem, na celebração da conclusão do curso que teve mais de 20 horas, voltei com esses questionamentos: Como não transitar só por ambientes acolhedores e provocativos, para não ficar em uma bolha? Se eu falar só com os meus pares, como cresço, aprendo, compartilho, evoluo? Como não me tornar um ser preconceituoso e excludente ao combater tudo aquilo que afeta a mim e ao meu mundo? Ter consciência que todas as ferramentas de autoconhecimento são primeiro para minha própria cura e expansão da consciência e não somente para acumular conhecimento , certificados ou tampouco para alimentar a minha vaidade, é importante para manter os pés no chão ancorados na humildade .Afinal, quanto mais conhecimento, mais responsabilidade e mais liberdade. #autoconhecimento #comunicacaonaoviolenta