Como o Fórum Econômico Mundial pode contribuir com a nossa Felicidade

Como o Fórum Econômico Mundial pode contribuir com a nossa Felicidade

Todos os anos, empresários, políticos, cientistas e ativistas se reúnem na cidade de Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial. O encontro tem como objetivo discutir e encontrar soluções para os desafios do mundo atual, na tentativa de torná-lo mais humano, justo, ético e sustentável. E por consequência, mais feliz.

De um tempo para cá, estamos nos deparando com um panorama bem triste: aumento da desigualdade, baixa inclusão, mudanças climáticas, questões políticas complexas, novas tecnologias e, para piorar, o nosso tempo só vai se esgotando.

Alguns temas desse ano me chamaram a atenção, como o Stakeholder Capitalism, como uma proposta de um novo tipo de capitalismo, uma vez que o atual já não cabe mais, não é mais compatível com todos os desafios existentes.

O novo modelo é um chamado para “engajar toda a sociedade para promover as transformações necessárias para termos um mundo sustentável, menos desigual, inclusivo, com distribuição dos frutos do crescimento, fortalecendo as democracias.” Ou seja, a base para um mundo mais feliz.

Outro assunto de muito destaque é propósito, que sai do papel secundário, opcional, para o protagonismo, com a visão de que uma empresa precisa resolver os problemas da sociedade e do planeta e que o lucro é consequência. Isso vale também vale para a forma como os líderes irão inspirar pessoas.

 Desigualdade, diversidade e inclusão são temas importantes para uma sociedade mais feliz, mas o cenário é bem triste. A desigualdade vem piorando, assim como a questão das pessoas com algum tipo de limitação. De acordo com o relatório, existem “1,3 bilhão de pessoas no mundo com alguma limitação. 60% dos CEOs nunca tiveram uma conversa sobre assunto. Não é apenas sobre fazer o bem, é uma oportunidade de negócio a inclusão”.

Já na área da saúde, vimos uma abordagem interessante: a alegria, através do riso (sim, é isso mesmo que você leu) como ferramenta para controlar estresse, lidar com situações difíceis, aliviar as tensões e até criar conexão entre as pessoas. 

Mas uma frase me marcou muito: “a indústria farmacêutica não deveria focar em tratar o diabetes, mas em ajudar pessoas a mudarem hábitos para não terem diabetes, esse é o verdadeiro propósito, mas precisa transformar modelo de negócios.” E é nessa linha de pensamento que enxergo o tema felicidade. Não devemos focar em apenas tratar a depressão ou a ansiedade, mas ajudar pessoas a mudarem hábitos para não chegarem a esse ponto. Isso não é tarefa fácil, pois exige uma mudança na forma como entendemos a felicidade. Mas existe um grupo cada vez maior, reunidos em várias disciplinas, que vão desde psicólogos, médicos, economistas, políticos, cientistas, educadores, líderes espirituais, publicitários, na tentativa de mudar esse cenário. 

E a mensagem final do Fórum Econômico Mundial em 2020 foi a chamada para o protagonismo. Se queremos um mundo melhor e mais feliz, precisamos do engajamento de todos para transformarmos a sociedade e o planeta em um ambiente mais sustentável, inclusivo, mais diverso, menos desigual e que valorize a democracia e a liberdade. E assim, sim, temos muito mais condições de buscar a tão sonhada felicidade.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Flavia da Veiga

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos