Como o Instagram se revolucionou e o que aprendemos com isso
Em um ano vimos o Instagram explodir e dizer isso não é um exagero. O aplicativo de imagens inspirado nas fotos Polaroid se tornou gigante e alcançou a marca de 700 milhões de usuários ativos por mês. Além disso, ganhou 100 milhões de novos usuários nos primeiros quatro meses de 2017, isso graças aos novos recursos e melhorias no cadastro. Segundo a Content Trends 2016, a rede foi a que mais apresentou crescimento no Brasil em 2016 e ainda passou para o segundo lugar em preferência dos usuários. Soma-se a isso o fato de, segundo um relatório feito pela empresa Fast Company, o Instagram apresentar um engajamento 15 vezes maior do que o Facebook.
O que aconteceu com o Instagram é bem simples e fácil de resumir. A empresa adicionou funcionalidades que fazem sentido para sua função principal - compartilhar coisas sobre o cotidiano e que facilitam o uso de sua audiência, dispensando o uso de outros apps. Eu poderia terminar o texto aqui, mas quero garantir que você, ao terminar de ler, não pense apenas que precisa ter uma presença sólida nesta rede para sua marca. Você já precisava antes. O objetivo é aprender com os acertos da estratégia de negócios do app.
Para começar, os novos e inúmeros recursos que surgiram nos últimos 12 meses, como anunciar sem precisar ter um perfil na rede, call to action, link nas mensagens e stories, fotos e vídeos efêmeros no direct, o próprio Stories com Boomerang, Mãos Livres, Live, adesivo de hashtag, rebobinar, borracha (e a lista não acaba!), todos eles criam "pontes" entre si. É tudo parte de um mesmo ecossistema, como disse o brasileiro Mike Krieger, cofundador do Instagram, em entrevista ao jornal Estadão. Não é só um monte de recursos "colados" dentro de um aplicativo. Todas essas coisas fazem sentido juntas e oferecem o máximo ao usuário, com a maior praticidade.
O Instagram poderia ser outro app, outra empresa, de tanto que mudou nos últimos tempos. Mas o que permanece intacto é justamente a sua razão de existir. Quando criei minha conta lá no longínquo ano de 2012, a descrição em inglês do app era algo do tipo “É um jeito rápido, bonito e divertido de compartilhar suas fotos com amigos e família”. diferente do que já aconteceu com inúmeras outras redes que mudaram sua orientação após um tempo, toda a revolução aconteceu ao redor da ideia principal e este é o motivo do sucesso atual.
Assim que foi lançado, a pretensão do Instagram era que as pessoas capturassem o momento enquanto ele acontecia, com a câmera do app. Mas logo a câmera foi sendo deixada de lado. Hoje isso também mudou. Os usuários não só voltaram a usar a câmera para capturar momentos, por ela ter melhorado muito suas funcionalidades e qualidade, como estão usando os recursos de edição disponibilizados para criar seus próprios momentos. Vemos aqui outra tendência já na mira: realidade aumentada.
Tudo seguindo a mesma lógica de 2010, quando o Instagram foi lançado. Uma foto que não era tão interessante, ganhava um filtro e poderia ser compartilhada. Agora a realidade aumentada tornou mais evidente essa possibilidade de criar um momento. Como na foto que ilustra esse artigo, minha selfie pode ser melhorada com uma máscara e se torna um momento diferente e interessante que eu quero compartilhar.
A lição que tiro da trajetória do Instagram é um tanto romântica, acho até bonita. Persista em sua ideia, adeque as inovações para caberem nela e direcione seus esforços pra aquilo que não passa com o tempo, as pessoas.
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7 aÓtima reflexão!
Relações-públicas e consultora de relacionamento institucional na Petrobras
7 aAmei o post. Não sou muito usuária do APP mas me deu muita curiosidade sobre. Vou até usar mais :)