Como o metaverso está impactando  os pequenos negócios?

Como o metaverso está impactando os pequenos negócios?

Desde o final de 2021, quando a gigante Facebook anunciou um investimento massivo no metaverso, o termo entrou no radar do mercado. Embora o conceito possa parecer um tanto futurista e distante, agora é a hora certa das pequenas empresas se prepararem para o impacto da tecnologia nos negócios.

De maneira bem simples, o metaverso trata-se de um mundo virtual imersivo e compartilhado que usa tecnologias como VR e AR para replicar atividades como socializar, trabalhar, comprar, construir, jogar e passear por meio de dispositivos digitais. 

Apesar dos avanços e do hype ao redor do tema, os especialistas confirmam que ainda levará décadas para ocorrer o consumo em massa no metaverso. Estamos falando de algo em torno de 15 anos ou mais para que a tecnologia seja amplamente difundida e acessível, mas o movimento já começou.

Essa rede de mundos online crescerá ainda mais à medida que o mercado se tornar mais competitivo. Isso significa que empresas de qualquer tamanho com conexão à realidade virtual ou aumentada podem entrar no jogo e explorarem as riquezas deste mundo. Os setores de games, cultura, educação e entretenimento já estão surfando na onda do metaverso. Basta observar as crianças e adolescentes com acesso a jogos digitais como Fortnite, Minecraft e Roblox.

Para o setor de varejo, não importa o tamanho, o metaverso já começou a se tornar uma realidade. E, como sempre, aquelas que saírem na frente terão uma vantagem sobre a concorrência. 

Mas, afinal, o que as pequenas empresas podem esperar dessa tecnologia para o futuro do consumo?

Metaverso para todos?

Apesar dos efeitos crescentes, algumas pessoas ainda permanecem céticas quanto ao potencial de sucesso dessa nova tecnologia. Recentemente, o banco de investimentos Goldman Sachs calculou que o metaverso valerá 5,9 trilhões de libras globalmente em um futuro próximo e essa é só a ponta do iceberg.

Recentemente, a Nike comprou uma fabricante de tênis virtuais e vendeu milhões de dólares em apenas uma tarde no metaverso. Outro bom exemplo de processos bem-sucedidos no metaverso é a grife italiana Gucci — mercado de luxo — que possui peças virtuais mais caras do que as físicas. Vários itens que só existem virtualmente, são lançados em edições limitadas, o que faz com que ganhem valor muito rápido. É a lógica da exclusividade e escassez.

Para os pequenos negócios a estratégia deve começar por investir em tecnologia de pesquisa e desenvolvimento, criando projetos pensando na usabilidade e em pessoas com necessidades especiais. Para uma startup, isso pode significar construir uma IA mais inteligente para responder às perguntas dos clientes com precisão.

Os grandes investimentos e a aceleração digital ainda vão depender do desenvolvimento da tecnologia, que levará, algum tempo para ser utilizada de maneira massiva. Entretanto, algumas ações podem deixar os negócios mais bem preparados para adesão de novas tecnologias.

Neste momento, o varejista deve focar no operacional e dar conta do que o consumidor exige dele agora. Estabelecer boa comunicação com o cliente e investir na jornada e na experiência do consumidor são fatores que farão com que o ingresso no metaverso aconteça com o pé direito. Enquanto arruma a casa, o empresário deve seguir acompanhando as tendências tecnológicas e de comportamento do cliente, possibilitando a realização de experiências com a tecnologia. 

Algumas plataformas digitais já começaram a lançar ferramentas para ajudar as pequenas empresas a oferecer experiências virtuais aos clientes de maneira mais fácil e prática com a Inteligência Artificial, como se a loja fosse até você por meio de Realidade Aumentada.

Metaverso em solo brasileiro

Considerando as questões econômicas e sociais que envolvem o Brasil, é provável que essa tecnologia vá impactar as gerações mais novas, nativos digitais, e que tem uma condição sócio-econômica mais favorável. Antes de ocupar-se com o metaverso, o varejo ainda tem algumas pendências digitais a serem resolvidas, que estão no presente, como oferecer uma compra digital mais imersiva e os desafios de integrar a loja física com a virtual. 

Por fim, o metaverso é, sem dúvida, um dos futuros potenciais de sucesso para empresas de todos os portes, mas só será possível perceber os reais impactos das tecnologias para o consumo de produtos e serviços com o tempo, e com a adesão de mais e mais consumidores. 

Ao longo do processo cabe aos empreendedores brasileiros o desafio de se manterem atualizados e atentos ao mercado. Não subestimar a entrada dessas novas tecnologias será um aspecto chave para estar bem posicionado quando as novas oportunidades de negócio se materializarem. 

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