Como será o futuro das grandes alianças?

Como será o futuro das grandes alianças?

Star Alliance, One World e Skyteam representam mais de 50% do total da capacidade e geram biliões de dólares em receitas anuais (são cerca de 60 companhias aéreas).
Apenas na América Latina e Medio Oriente não existe uma forte penetração em termos de alianças. E porquê? Razões diferentes em que na América do Sul, os grandes equipamentos não aterram, e no Médio Oriente mandam as MEB3.
O continente africano ainda não apresenta o desenvolvimento necessário para as ditas alianças.
A grande ameaça à hegemonia das alianças são, as ditas siglas MEB3 (Middle East Big 3 Carriers), Emirates, Etihad e Qatar Airways.
A Turkish que se apresenta com grande penetração em Africa, esta dentro da Star Allaince e a Qatar na Oneworld.
As alianças podem estar em grande forma mas começam a apresentar as suas falhas. Nelas existem muitas sinergias tais como a utilização dos “lounge”, dos terminais, reorientação dos horários, “code sharing”, programas de fidelização, acordos de compra de lugares em firme, “block space”, etc. Companhias mais pequenas e com menor mercado beneficiam com passageiros adicionais e que viajam dentro das grandes alianças. Em determinados “hubs”, companhias como a Lufthansa e American Airlines alimentam “pernas” de outras transportadoras com centenas de passageiros diariamente.
Existem também empresas mais pequenas, que em determinadas situações acabam por ser concorrentes em certas rotas (voo direto e voo via/duas companhias/destino final igual) terminando em canibalização e concorrência desnecessária. Falo também das estratégias na web entre companhias da mesma aliança com o lançamento de tarifas mais baixas, experiências a bordo muito diferentes, etc.
Cada companhia com a sua estratégia dentro da mesma aliança. Como será no futuro? Apenas interline, SPA, Code sharing? Fica um grupo restrito? Ou apenas participação de capitais?
Etihad e Alitalia? Qatar e Meridiana? A Delta comprou 3,5% à China Eastern até aos 49%. As pequenas fatias existem para marcar posição em mercados críticos.
Como será o futuro?

Rui Castro e Quadros

Airline C-Level/Strategy/Commercial/Marketing/University Professor

8 a

Obrigado pela pertinência dos comentários.

Gostei do artigo e penso que o motivo porque se aliaram no inicio foi para ultrapassar o problema da liberalização/globalização, praticando assim um controlo mais eficiente dos preços no grupo e os concorrenciais, recuperando mercado e ganhando grandes sinergias que depois vieram a dar no presente canibalismo. O futuro provavelmente será recuperar o controlo do grupo evitando a canibalização e de certa forma ditando as regras para o mercado onde são influentes.

Belos questionamentos. Ao longos dos últimos anos as alianças têm favorecido em muito para que as cias. aéreas marquem presença em mercados distantes geograficamente de sua origem. Todavia, dada a intensa competitividade, as empresas que souberem melhor explorar, não somente as alianças, mas toda a sua rede em termos de otimização de recursos físicos, eficiência no fluxo de informações (incluindo data science) e engajamento com os clientes estarão um passo a frente.

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