Como seria um novo Manifesto Ágil?
Picture © 2009 Metropolitan Books — Fordlandia: The Rise and Fall of Henry Ford’s Forgotten Jungle City, Greg Grandin

Como seria um novo Manifesto Ágil?

De acordo com alguns dos seus autores, uma nova versão deveria destacar a importância de entender e responder aos diferentes contextos.

Muitos praticantes, líderes, e até mesmo autores do Manifesto Ágil, vêm comentando com frequência o quanto que seria importante as pessoas olharem mais para o contexto na hora de escolher suas práticas, e mesmo de optar ou não por métodos ágeis. "Deveríamos ter colocado isso (contexto) no topo dos quatro princípios (do manifesto)" sugeriu Andy Hunt recentemente.

A aplicação desenfreada desses métodos de forma enlatada, vêm fazendo com que muitas empresas deixem de enxergar melhores formas de trabalhar e se limitem a escolher "Agile" porque simplesmente "todo mundo está fazendo assim", ou porque você escolheu uma dessas "latas" para seguir e implantar na sua empresa.

Isso me fez lembrar da história de um distrito fantasma na Amazônia chamado Fordlândia, criado por Henry Ford, quando almejava nutrir nas pessoas daquela região o tal do sonho americano e, lógico, ganhar um bom dinheiro com a produção de borracha.

O projeto foi um fracasso, em grande parte pela forma com que os americanos ignoraram o contexto natural e cultural daquela região. Da forma como fizeram, trazendo tudo pré-fabricado e pré-definido dos Estados Unidos, não tinha como funcionar. Ao verem o projeto "naufragar", o jeito foi culpar os hábitos locais e as terras da região. Fácil, não?

Da mesma forma, alguns projetos que ambicionam levar mais agilidade para as organizações vêm naufragando com frequência e, assim como na história da Fordlândia, muitas dessas iniciativas ignoram o contexto e buscam freneticamente pela aplicação de práticas enlatadas que funcionam, sei lá, no Google, Spotify, Amazon, Netflix... ou em alguma outra empresa da modinha.

Seguindo a mesma narrativa dos americanos em Fordlândia, quando algo começa a dar errado, a "solução" é fácil: culpar as pessoas, os hábitos, a cultura; não é mesmo?

Quer saber como não cair nessas armadilhas, e estar mais atento e capaz de entender e responder aos contextos? Leia o artigo completo aqui


Carlo E. Spethmann Corrêa ☁️

CEO/Founder | Impulsionando o crescimento de negócios através da tecnologia em nuvem

7 m

Alexandre, obrigado por compartilhar... ☺️

Maria Viana II

Representante de desenvolvimento de vendas na Novatics

2 a

Alexandre, obrigada por compartilhar!

Luiz Andre Correa (ele / dele)

Senior Global Supply Chain Innovation Manager at Anheuser-Busch InBev

3 a

Fala Alexandre, muito legal a reflexão. Eu vejo aqui, entrentanto, um paradoxo que gera bastante ansiedade em quem está tentando aprender/implementar agilidade nos processos. Muitas vezes queremos evoluir e adaptar ferramentas e processos na busca da agilidade, sem antes dominar o básico e sem alterações estruturais necessárias. Nesse ponto, sou bastante defensor do Shu Ha Ri, primeiro aprender, depois dominar e consequentemente criar evoluções/modificações.

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