Como usar a empatia para ser um líder mais inclusivo?
Eu gosto muito da imagem abaixo, que deixa super explícito porque garantir um ambiente diverso é bem diferente de ter um ambiente inclusivo.
O que muitas pessoas não param para pensar é que, a inclusão não acontece forçando pessoas diferentes a conviverem e se darem bem. Ela acontece despertando a curiosidade das pessoas, uma capacidade fundamental para praticar EMPATIA.
Para você entender melhor, quero contar a história da mulher que revolucionou o DESIGN, a Patricia Moore. Já ouviu falar? Vou te mostrar uma foto dela tirada nos anos 80:
Apesar de parecer que Patricia tinha já 80 anos na foto, estava apenas fantasiada de idosa no auge dos seus 26 anos. A fantasia não era superficial: além da maquiagem, ela usou óculos que turvavam sua visão, reduziu sua mobilidade usando uma cinta e bandagens em torno de seu tronco, colocou protetores nos ouvidos para que não pudesse ouvir tão bem e vestiu sapatos estranhos e irregulares para ser forçada a andar com uma bengala.
Patricia queria ter a experiência de ser idosa, para fazer produtos mais adequados e permitir maior acessibilidade a este público. Ela tentou fazer compras em supermercados, subir e descer escadas, entrar e sair de lojas de departamentos, pegar ônibus, abrir portas de geladeiras, usar abridores de latas e muito mais. A certa altura, ela foi roubada, espancada e deixada para morrer por uma gangue de jovens.
Como resultado, Patricia Moore levou o design industrial para outro patamar, sendo capaz de projetar uma série de produtos inovadores mais adaptados aos idosos.
Você não precisa fazer algo tão radical quanto Patricia para conseguir ter uma liderança e um trabalho mais inclusivo. Então o que você pode começar a fazer?
3 Práticas de empatia para uma liderança mais inclusiva
Prática 1: ROMPA SUA BOLHA - para aguçar sua curiosidade, você não precisa se fantasiar e tentar viver realidades diferentes da sua (não que isso fosse algo ruim). Você pode se INTERESSAR por outros pontos de vista, especialmente fora da sua zona de conforto.
Pense em alguém que tem um cargo totalmente diferente, em um setor diferente do seu e que venha de classe social e/ou gênero que não são iguais aos seus. Como é o dia-a-dia dessa pessoa? Quais os desafios que ela enfrenta? Isso vai te ajudar a expandir sua capacidade empática.
Prática 2: DÊ LUGAR DE FALA - quer promover uma ação especial para lideranças femininas? Entenda o que as mulheres querem! Ou quer promover mais acessibilidade para pessoas que têm alguma deficiência? Pergunte a elas quais são as maiores dificuldades que elas enfrentam.
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Essa prática parece óbvia, mas é surpreendente quantas ações são planejadas sem consultar ou entender o que o público-alvo preciso, por puro “achismo”.
Prática 3: INVISTA EM CONHECER A PERSONALIDADE DOS LIDERADOS - não adianta só conhecer o cargo, competências técnicas e formações de quem trabalha contigo. É fundamental investir tempo em conhecer as competências comportamentais e até a personalidade de cada um. Testes de personalidade (recomendo BIG 5), a escuta ativa, o job rotation, feedbacks, one-on-one são formas de aprofundar esse conhecimento e garantir que você terá estratégias de liderança para fazer as pessoas se sentirem pertencentes.
Há muito mais ações para promover a inclusão, felicidade e segurança psicológica de times.
Quer meu apoio para isso? Posso te ajudar com mentorias, treinamentos e até cursos gravados. Me mande um direct, e vamos tornar a cultura da sua empresa verdadeiramente mais inclusiva, feliz e produtiva!
Sobre mim:
Sou fundadora do Midiamor, Chief Happiness Officer e especialista em criar culturas colaborativas, baseando-me em neurociência, inteligência emocional, CNV e MUITA prática.
Atuo junto aos RHs, lideranças & liderados, em organizações de todos os segmentos e portes, formando equipes mais felizes, engajadas e, consequentemente, mais produtivas.
Como eu posso te apoiar:
Gerente Financeiro na Programmers | Gestão de Pessoas, Processos e Estratégia
7 mÓtima reflexão! Tenho perda auditiva e já vivi muitos momentos constrangedores, nos quais seriam evitados com um toque de empatia. Romper a bolha e entender o outro é fundamental, mas ainda são habilidades difíceis de encontrar por ai.