Como você pode implantar uma cultura data-driven na empresa e decidir sempre de acordo com os dados

Como você pode implantar uma cultura data-driven na empresa e decidir sempre de acordo com os dados

Nos últimos tempos, muitos negócios se movimentaram estrategicamente para dar mais ênfase à análise de dados e se tornar data-driven. O uso adequado de dados pode influenciar em melhores estratégias de marketing, numa melhor gestão da jornada do cliente, no incremento de processos internos, na gestão ágil de um negócio e em inúmeras outras frentes. 

Entretanto, a maior parte dos líderes empresariais não sabem como implementar essa cultura data-driven em seus empreendimentos. 

E é comum alguns deles adotarem o data-driven às cegas, sem saber quais são os verdadeiros benefícios desses processos de análise ou como aplicá-los da forma correta. Como tenho falado aqui: os dados nos ajudam a descobrir padrões, e descobrindo esses padrões chegamos a soluções. 

Aqui vão algumas dicas para quem quer aderir ao data-driven 

Temos de falar de uma cultura data-driven. Porque é apenas com a modificação de todo o complexo de atividades e padrões dentro das nossas organizações que conseguimos efetivamente fazer da análise de dados um de seus princípios norteadores. A mudança deve ser feita de cima para baixo.

Adquirir os melhores softwares do mercado e usar business intelligence é insuficiente. É preciso que haja uma mudança na mentalidade tanto dos gerentes e líderes como dos colaboradores. Os dados devem estar presentes em todas as circunstâncias e ser democratizados. Para tanto, é preciso que eles sejam inteligíveis e maximamente confiáveis.

Após ter adquirido os equipamentos necessários e admitido a importância de usar os dados da maneira correta, defina qual é o seu público-alvo, pois assim as informações coletadas a respeito dessas pessoas serão de mais qualidade. Liste todos os tipos de dados disponíveis no sistema, catalogue-os e marque a fonte de cada um deles, porque também é importante que eles sejam rastreáveis. 

De olho no futuro, a empresa deve considerar suas próprias características e as de seus clientes, bem como os canais de distribuição que podem ser usados.

Para coletar e tratar os dados, você precisa usar as ferramentas certas. Existem softwares para mineração, coleta e administração dos dados. Entre os programas mais usados estão Tableau, R, Orange, Datamelt, KNIME e OpenRefine. Empresas data-driven devem coletar seus dados de muitas fontes diferentes, dos sistemas de vendas e marketing, das redes sociais, do CRM, dentre outras, jamais se restringindo a uma só.

Quando já tiver coletado e explorado os dados, é hora de desenvolver suas informações e agir baseando-se nelas. Sem intuição ou achismos, levando em conta apenas os fatos. Não decida nada se não tiver algum dado para fundamentar a decisão. É como se aplicássemos o pensamento bayesiano aos processos decisórios das nossas organizações.

São inúmeros os motivos para investir no data-driven, seja para se concentrar mais na gestão do negócio, para melhorar a experiência do cliente ou simplesmente otimizar recursos. Mas lembre-se: se não há pessoas capazes de interpretar esses dados ultra-complexos, eles se tornam inúteis; se não há uma clara orientação para que esses dados se tornem soluções, de nada adiantarão os investimentos em tecnologia. 

Filipe Celeti

Co-Fundador e Diretor Editorial na Bunker Editorial | Professor Universitário | Palestrante | Colunista | Filósofo | Mestre em Educação e Cultura | Filosofia | Economia | Direito | Política

1 a

Com certeza! Tecnologia sem Cultura é insuficiente.

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