Como você tem cuidado do seu capital social?

Como você tem cuidado do seu capital social?

Por meio de estudos com primatas não humanos, o antropólogo britânico Robin Dunbar concluiu que havia uma relação entre o tamanho do cérebro e o tamanho do grupo com o qual nos relacionamos. 

O especialista descobriu que o tamanho do neocórtex – parte do cérebro associada à cognição e à linguagem – em relação ao corpo está vinculado ao tamanho de um grupo social coeso. E essa relação limita o grau de complexidade que um sistema de interação social é capaz de administrar.

A hipótese do cérebro social, como é conhecida a teoria de Dunbar, nos diz que nosso círculo social mais próximo é formado por apenas cinco pessoas – entes queridos. E é seguido por camadas sucessivas de 15 (bons amigos), 50 (amigos), 150 (contatos significativos), 500 (conhecidos) e 1500 (pessoas que você pode reconhecer).

Independente do número de cada camada e de como a vida moderna e a tecnologia podem alterar estes números, a lógica é boa: há o seu círculo íntimo, há seus bons amigos, há seus contatos significativos e há os conhecidos. 

Dunbar nos diz que ‘O que determina essas camadas na vida real, no mundo cara a cara, é a frequência com que você vê as pessoas’. ‘Você precisa tomar uma decisão todos os dias sobre como vai investir o tempo disponível na interação social, e esse tempo é limitado’.

Afora isso, outro estudo, da American Time Use Survey (2009-2019) demonstra que os norte-americanos, à medida que envelhecem, vão diminuindo suas interações sociais. Acima de 50 anos cresce exponencialmente a quantidade de tempo em que passamos sozinhos.

De acordo com esse estudo, aos 25 anos uma pessoa passa 275 minutos por dia sozinha, ao passo que, aos 75 anos esse número é de 463 minutos por dia. De 4,5 horas para quase 8h por dia sozinhos.

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Esses dois estudos juntos me fizeram pensar em tantas coisas!

Mas, sobretudo, que as escolhas que estamos fazendo agora vão determinar o tipo de vida que teremos ao envelhecer.

Cuidar do nosso capital social, das nossas relações, do nosso círculo íntimo e próximo de amigos faz toda a diferença hoje e no futuro.

Só que isso não acontece por si só. A CONEXÃO É INTENCIONAL!

Ela, definitivamente, não cai do céu. 

Depende de um movimento individual, de um querer de cada uma das partes. Precisa haver vontade para que a conexão se estabeleça. De ambos os lados. E muitas vezes esperamos que o outro se movimente na nossa direção, enquanto que o outro espera que a gente faça o mesmo.

Quando nos damos conta, pronto! A conexão diminuiu, os laços ficaram mais frágeis, e aquela pessoa tão querida vai perdendo cor para vc…

Então, está aí proposta uma boa reflexão para nós: quem são as pessoas que você quer continuar nutrindo a sua volta? Quem figura no seu inner circle? Como você tem cuidado dos círculos mais importantes para o seu bem estar? Qual é o SEU movimento em direção aqueles que são importantes para você? It’s your call!

#conexao #cnv #autodesenvolvimento #desenvolvimentohumano #desenvolvimentodelideres


Raquel Corrêa Sajonc

Comunicóloga com atuação em Responsabilidade Social ▪️ ESG ▪️ DEI

2 a

Obrigada por nos oferecer esta reflexão, Fabiane!

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