As competências entre gerações sobre a nova realidade de ensino
Me lembro quando meu pai dizia na minha infância que ele não podia ter barba, não podia sentar na cama dos seus pais sem autorização, e ainda, o pão no café da manhã era cortado e servido pelo próprio pai.
Parece coisa de outro mundo, mas isso acontecia no final dos anos 60, início dos anos 70.
Sempre quis entender alguns comportamentos relacionados a essa geração, que em sua maioria são brutos, com mentalidade limitada e um pouco machistas.
Essa geração está mais velha hoje, tendo que lidar com a nova geração sedenta por conhecimento, aventuras, instabilidade e uma forma de pensamento mais digital e prática.
Ah, só para constar eu tenho barba e corto meu próprio pão. Também entro no quarto da minha mãe com liberdade quando vou na casa dela (risos).
Durante 4 anos ministrei aula no ensino técnico, tanto para adolescentes e também para uma geração mais madura.
Todos adultos buscam conhecimento por necessidade e são forjados a aprender pela persistência.
Tenho certeza que você aprendeu coisas no passado que não utiliza hoje.
Quando nos deparamos com uma geração "baby boomers" - nascidos entre 1945 e 1960, temos que lidar com pessoas que viveram um período pós-guerra, onde o trabalho era sua própria vida e brigavam o tempo todo por direitos.
Sem dúvidas esses aspectos comportamentais adquiridos por essa geração, são marcados na própria face que a vida proporcionou. Normalmente são fechados a novos modelos de aprendizagem e limitados no diálogo.
Esse público possui dificuldade com o mundo digital, e alguns deles, na atualidade estão aprendendo mexer em redes sociais ou voltando estudar por que não conseguiram construir um legado durante a jornada da vida.
Parte dessa geração busca conhecimento nas universidades da atual geração para saber lidar com as mudanças de pensamento e digitais que dia após dia o mundo é ofertado dentro das empresas e no mundo com um todo.
Os filhos dessa geração baby boomers (nascidos entre 1960 e 1980 - geração X) vem com outro viés, onde a luta era por liberdade e individualidade. Aprenderam um pouco mais sobre ética e desenvolvimento humano.
Minha geração que é a Y - nascidos entre 1980 e 1995 já vem vivendo uma globalização, tecnologias e sendo multitarefas.
A geração Z - nascidos entre 1996 e 2009 - e a geração Alfa - a partir de 2010, além de multitarefas, não são fiéis ao trabalho, são amplamente ligados a tecnologia e focados, muito focados em educação e aprendizado.
Se você gosta de ensinar, precisa com urgência entender mais sobre esse tema e criar estratégias assertivas para atender esse misto de gerações.
O aluno é muito importante dentro do processo de aprendizado.
Para isso destaco 3 vertentes que auxiliará na construção do processo de aprendizado:
- Desenvolver pessoas (crie um pensamento focado na necessidade e solução do problema).
- Avalie a performance do aprendizado (atividades de classe ou online).
- Acompanhe o desempenho (indicadores, nota de participação, trabalhos, etc).
Para minimizar os conflitos de gerações apresentados aqui, precisamos entender que tudo parte de uma dor ou necessidade.
E é nisso que precisamos focar. Na resolução do problema!
No caso aqui estamos falando sobre aprendizado.
Trazendo para o contexto epidêmico que o mundo vive, hoje a praticidade do ensino a distância através de aulas híbridas, semipresenciais ou até mesmo por plataformas de mensagens instantâneas vem transformando o mundo das pessoas em algo simples, prático mas não tão eficaz.
Digo isso pois, muitas vezes o aluno assiste a aula com a câmera fechada e enquanto assiste faz sua refeição, mexe no celular e interage no chat da aula.
- Como garantir o aprendizado e sua devida eficácia?
- Finalizo aqui com algumas provocações para refletirmos sobre o mundo digital do ensino e os impactos no mundo corporativo.
- Todos possuem acesso a internet de boa qualidade?
- Todos dispõe de uma cadeira confortável e um ambiente bem iluminado?
- Todos conseguem acalmar seus filhos durante a aula sem que haja distrações?
- Todas interferências vizinhas (ruído, perfurações em paredes, obras, carro do ovo, etc) são controlados?
- Todos sabem utilizar a plataforma proposta para o ensino?
- Qual é a forma de interação pós-aula entre aluno e professor?
Esse caminho novo, que não é tão novo veio para ficar e sim, todo bom professor, facilitador, gestor ou multiplicador deve pensar a respeito disso.
Se você não é um desses casos acima, provavelmente é consumidor de conteúdo e faz parte sim do nosso pensamento.
Boa reflexão!
Administradora | Pedagoga | Designer Instrucional | Consultora Educacional | Multiplicadora Educamídia | Designer de Aprendizagens |
3 aExcelente reflexão! Parabéns!