Compliance e a Gestão do Riscos

Vivemos tempos difíceis, tempos em que não apenas a pandemia nos afeta, muitos outros riscos continuam existindo, riscos antigos, velhos conhecidos, a corrupção e o suborno, decisões políticas equivocadas, divulgação de Fake News, politização do judiciário gerando instabilidade no país, ataques cibernéticos, falta de liquidez nas empresas e a violência de sempre.

No momento de pânico e caos absoluto, tudo converge o assunto COVID-19, nossa tendência é baixar a guarda para os outros riscos porém eles continuam a existir.

Por estes motivos é que devemos desenvolver uma cultura de gestão de riscos, classificando-os por graus de severidade, impacto, probabilidade e, periodicamente fazer sua revisão.

É claro que uma situações como uma pandemia até então não podia ser prevista com tanta assertividade pois se trata de evento raro, só para lembrar, a última vez que o mundo se viu frente a frente com uma pandemia com estas proporções foi há mais de 100 anos, a chamada Gripe Espanhola.

Com a globalização as informações são instantâneas, as notícias chegam imediatamente, o que facilita a análise destes riscos.

É justamente por isto que, profissionais que trabalham na gestão de riscos DEVEM ter cultura diversificada, conhecer suas organizações, as áreas de atividades das empresas, cadeia de fornecedores, as decisões sindicais, a macro e microeconomia, a geopolítica e tantos outros assuntos.

Para auxiliar, podemos citar uma importante norma que foi criada para tratar dos princípios e diretrizes da gestão dos riscos nas entidades, trata-se da ABNT ISO 31.000:2009, lembro que esta norma ainda não é certificável, mas é uma ótima ferramenta a ser implementada.

Nesta norma encontramos 2 anexos sendo eles:

- Anexo 1 – Matriz de papéis e responsabilidades: neste item são especificados papéis e responsabilidades no processo de gestão dos riscos e,

- Anexo 2 – Dicionário de Riscos: como o próprio nome já diz, dicionário que atribui categorias aos riscos e sua definição propriamente dita.