Compliance – Resultado, dilema da escolha e Mephistopheles.
A lava-jato, as delações e os acordos de leniência trouxeram a mente da sociedade a questão do Compliance, da busca pela ética e da aderência as leis e boas práticas.
Para exemplificar imaginemos a celebração de um contrato, as partes podem cobrar uma da outra o respeito as suas clausulas, a aderência a legalidade, mas não há lei que obrigue alguém a ser ético, daí a importância de amarrarmos a ética dentro da moldagem do processo de compliance.
Observando de forma mais global, devemos ter em mente que a vida é uma sequência de escolhas, e em para cada escolha há pelo menos uma renúncia. Tendo isso em mente, as empresas devem entender que alguns profissionais conseguem performar lucros acima da média, mas até para a competência e carisma destes há um limite sobre o percentual saudável de superação de ganho em relação a concorrência.
Colocar pessoas antiéticas no alto escalão pode no curto prazo aumentar faturamento, devido ao uso de inside information, lobby ou por corrupção ativa. Mas estas escolhas levam em médio e longo prazo a multas pesadas, danos de imagem, e consequências que podem ser irreparáveis.
Quando falo em abrir mão de aceitar estas práticas, não falo que a empresa não deva focar no lucro – afinal não é instituição de caridade, ela deve visar o lucro, mas o ponto central é: Qual a qualidade atual de seu lucro versus passivos ocultos sendo gerados?
O lucro deve ser maximizado dentro da ética e das boas práticas de governança corporativa, por isso falo que compliance deve ser uma atividade com abordagem integral, deve evitar passivos, mas também ajudar a reduzir desperdícios, deve contribuir para maximização dos resultados gerados de forma ética e consistente. E somente uma equipe com visão integral pode entregar a sua empresa mais que um conjunto de manuais que de forma isolada apenas irão acumular poeira em uma estante, servindo apenas para mostrar aos auditores que eles existem a cada visita realizada por estes.
“Quando as pessoas querem o impossível, somente os mentirosos podem satisfazê-las. ” Thomas Sowell.
Essa máxima deveria fazer parte da cultura da empresa, começando com a seleção do candidato, pois os mentirosos (antiéticos e corruptos) prometem lucros fabulosos, prometem encantar as estrelas, prometem algo que nenhum outro candidato teria condição de entregar, mas vale a pena sua empresa vender sua alma a este Mephistopheles? O que você fará quando tiver que pagar o preço por toda esta performance fabricada?
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Grato pela atenção.