Compreendendo o autismo
O autismo tem se popularizado no universo escolar. Porém, quando questionados sobre do que se trata essa condição, educadores e até mesmo pais, encontram - se perdidos diante de uma resposta.
O autismo compreende um transtorno do neurodesenvolvimento que impacta no desenvolvimento da pessoa e na forma como ela percebe o mundo. Isso faz com que mude também a forma com que ela interage com as outras pessoas e os ambientes que fazem parte da sua vida.
As causas do autismo ainda não foram totalmente definidas. A ciência ainda estuda sobre essa condição. Mas já se sabe que o autismo tem a ver com questões genéticas (70 a 80% dos casos) e também tem a ver com questões ambientais. E aqui eu peço a sua atenção pra entendermos que questões ambientais é tudo aquilo que se refere a vida gestacional dessa criança e não ao ambiente físico e geográfico em si. Considera - se a condição física e emocional da gestante e todo o impacto que isso pode gerar no bebê, desde vícios de intorpecentes até hábitos alimentares, por exemplo.
Os casos de autismo são mais comuns do que se possa imaginar. Segundo a OMS estima - se que existem mais de 70 milhões de pessoas autistas no mundo! Isso corresponde à 1% da população. No Brasil há cerca de 2 milhões de pessoas autistas.
Ao contrário do que se pensa, o autismo não é uma doença! O autismo é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro, que afeta como a pessoa percebe o mundo e se socializa. O autismo não tem cura. Mas pode - se melhorar e muito a qualidade de vida de um autista.
Algumas características dos autistas são:
- Dificuldade de interação social;
- Comunicação;
- Alterações no comportamento;
- Comportamentos restritos e repetitivos como esteriotipias.
Alguns autistas conseguem realizar todas as suas atividades diárias, enquanto outros vão necessitar de ajuda. Isso porque existem diferentes graus/ níveis de autismo.
É importante frizar que o autismo é um transtorno e não uma doença. Isso significa que a saúde desse indivíduo não está alterada. O transtorno está ligado à questões de saúde mental. Pois o transtorno é um comprometimento da ordem psicológica e metal do indivíduo. É diferente de uma doença. Doença é quando o organismo apresenta sintomas específicos que alteram as suas funções físicas, por exemplo, a gripe.
Sendo assim, o autismo é uma condição crônica de uma deficiência neurológica e não uma doença.
Portanto, devemos proporcionar qualidade de vida pra quem está dentro do transtorno do espectro autista.
O autista pode apresentar comportamentos específicos que podem variar de acordo com o nível do transtorno. Até pouco tempo, falava - se em graus
(leve, moderado e avançado) mas essa nomenclatura também já mudou e hoje falamos em níveis do transtorno. Nível I, II e III.
O mais importante é que vocês guardem que quem tem o transtorno apresenta um comprometimento da interação social, da comunicação verbal e não verbal e comportamentos repetitivos e estereotipados que podem variar de intensidade. Alguns podem balançar as mãos, o corpo, ficar irritados com os sons e apresentar resistências à mudanças ficando bastante irritados. Por isso, os pais não devem ignorar qualquer sinal que não corresponda ao desenvolvimento esperado da criança. Identifiquem o quanto antes os sintomas ( eu sei que é difícil, porém trata - se do desenvolvimento, da evolução da criança e cada minuto é muito importante na primeira infância).
Então pais, ao perceberem algo diferente no comportamento da sua criança, procure por um médico pediatra, um psiquiatra infantil e um neuro pediatra de preferência especialista em autismo. Pois essses são os profissionais capacitados para fechar um diagnóstico de autismo.
Com 18 meses já é possível diagnosticar o autismo e iniciar intervenções multidisciplinares. Isso garantirá avanços no desenvolvimento da criança assim como a independência do indivíduo diante da sua condição.
Estrategista Especializada em Recolocação e Carreira para Engenheiros | Linkedin | Entrevista | Curriculo | Táticas Estratégicas de Recoloção para Engenheiros
2 aAbordagem e tema tão importante. Temos que falar sempre. Excelente artigo Fernanda Castelar