Comunicação em massa na palma da mão

Comunicação em massa na palma da mão

Quando eu falo de comunicação de massa, logo eu lembro do meu primeiro ano de publicidade quando os conceitos básicos da Teoria da Comunicação ainda estavam sendo construídos na minha mente, e infelizmente hoje não servem para quase nada. Recordo que esse tema foi o foco de um seminário produzido por mim e por mais um grupo de 6 pessoas, gostaria de ainda ter o vídeo que produzimos naquele ano.

Segundo a Wikipedia, entende-se como comunicação de massa a disseminação de informações por meio de jornais, revistas, livros, rádio, televisão, cinema e Internet, os quais formam um sistema denominado 'mídia'. A comunicação de massa tem a característica de chegar a uma grande quantidade de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único emissor.

O máximo exemplo de comunicação desse tipo era e ainda é a TV, mas por quanto tempo?

É de conhecimento público que os canais abertos já não são isso tudo e os pacotes de TVs por assinatura estão em decadência. Cada vez menos pessoas assistem TV tradicional enquanto o consumo de vídeos online cresceu absurdamente. Só no Brasil, tivemos um aumento de 165% nos últimos cinco anos segundo uma pesquisa do Youtube, a Video Viewers de 2019.

O aumento da velocidade da internet, a facilidade de acesso, as novas smart TVs e principalmente os smartphones, são fatores que levaram esses números lá para o topo.

Mobile first!

O conceito de mobile first foi desenvolvido entre 2009 e 2010 pelo diretor de produto do Google, Luke Wroblewski. Trata-se de pensar primeiro em dispositivos móveis, para depois fazer adaptações para o desktop e outras plataformas, ao contrário do que ainda acontece na maioria das vezes.

Significa que se você produz qualquer tipo de aplicação ou conteúdo, precisar ser feito para ser apreciado na tela de um smartphone primeiro, se não ficar bom lá, esqueça.

Temos o celular como uma extensão do nosso próprio eu, é como se ele fosse parte da nossa mende ou pelo menos o nosso banco de dados (memória). Muito antes da notícia chegar na TV, já lemos tweets, compartilhamos no whatsapp e assistimos vídeos sobre o assunto. São mais de 230 milhões de smartphones em uso no Brasil segundo a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), no colocando como o 5º país em ranking de uso diário de celulares no mundo.

O compartilhando de informações gerada e compartilhada pelos celulares é surreal, só o WhatsApp possui mais 136 milhões de contas ativas por aqui, recebendo e enviando informação 24 horas por dia. Uma pesquisa realizada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado mostrou o WhatsApp como principal fonte de informação dos entrevistados: 79% disseram receber notícias sempre pela rede social. Bizarro né?

Vídeo first!

Tratando-se de vídeos online, o celular é a “grande tela” com o maior consumo desse tipo de mídia. O Brasil é o segundo país com maior consumo de vídeo no celular no mundo, em quantidade de horas assistidas, atrás apenas da Índia, informa o relatório anual da App Annie. O legal dessa revolução é que o famoso “telespectador” agora tem voz, faz parte da conversa e gera conteúdo, de qualidade duvidosa muitas vezes, mas gera.

Essa nova mídia interativa e altamente engajadora vai muito além de exibir imagens em movimento na tela do outro lado da sala, ela arrebata emoções, entretêm e informa as pessoas através de uma janela que seguram na palpa da mão. Em 2016, Mark Zuckerberg falou: “Vemos um mundo que o vídeo é first”, hoje nós temos o vídeo no centro de todos os nossos aplicativos.

Por último, eu quero deixar aqui as palavras de Jon Mowat, diretor executivo da Hurricane Media, a principal agência de vídeo marketing do Reino Unido:

“O vídeo bem planejado, em dispositivos móveis, é, em princípio, o formato de comunicação mais eficaz. Usado corretamente, é a melhor plataforma de que os profissionais de marketing já dispuseram para mudar as opiniões das pessoas.”

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