Comunicação Interna - fuja das caixinhas
Essa semana eu li uma publicação de um gerente de RH de uma multinacional que me acendeu um “alerta”. Neste post dizia que os colaboradores estavam em um treinamento sobre design thinking e o texto complementava que aquele momento de aprendizado iria desenvolver funcionários dessa área, ou seja, pessoas de RH estudando técnicas de design para melhorar os comunicados internos, leia-se comunicação interna.
Bom, sou um pouco old school, me formei pela Facha em Relações Públicas entre 2006 a 2009 e em todo esse período estudei que o processo de comunicação interna era inerente e responsabilidade da área de comunicação.
Alguns anos depois de formada, no mercado, vejo que, com a redução drástica dos departamentos de comunicação, que essa responsabilidade em forma de ferramenta foi “passada” para a equipe de Recursos Humanos. A Comunicação Interna se transformou, naquele momento, em emissão de comunicados internos, cartas, ofícios, jornal mural e disparo e-mail marketing. Estamos falando de 2010 a 2013, quando as redes sociais corporativas ainda não eram tão populares e muito menos tangíveis economicamente.
Mas, a CI é muito mais do que aquilo. Ela faz parte da espinha dorsal estratégica das empresas. Anda em conjunto, ou deveria, com a comunicação institucional e a mercadológica (que serão temas dos próximos artigos). Diferente dessas outras, o público alvo é o interno (funcionários, família dos funcionários e fornecedores - dependendo do autor). É importante não apenas para comunicar, mas principalmente no que tange a PRODUTIVIDADE. Além disso, ela precisa seguir uma linha de identidade visual, linguagem e de divulgação (para falar apenas de alguns pilares) que estejam de acordo com toda a estratégia de comunicação com a empresa.
Por outro lado, quando eu vejo uma equipe de RH se preparando e se profissionalizando, acredito que eles estejam dando mais importância a esta disciplina, se preparando para assumir de uma forma ainda melhor, mais organizada e porque não trabalhando de forma integrada com as equipes de comunicação.
Hoje em dia, os cargos já não se encontram mais em caixinhas definidas. Precisamos nos preparar para ser generalistas, conhecermos um pouco de tudo e nos especializarmos em algum tema, para assim nos destacarmos no mercado.
Fique à vontade para escrever para mim, esclarecer dúvidas e dar sugestões de temas para os próximos artigos. Até semana que vem.