Comunicação Não Violenta? ensine isso para o Chefe...

Comunicação Não Violenta? ensine isso para o Chefe...

Você já deve ter se deparado em situações onda a comunicação foi ríspida, carregada de raiva e preconceitos.

Sabemos que uma comunicação violenta, ou sem empatia, pode culminar em ódio e rancores. Comprometendo relações preciosas.

Faço este artigo para trazer uma pequena fagulha do que é a Comunicação Não-Violenta (CNV).

A CNV ou comunicação empática, é um processo contínuo de pesquisa desenvolvido por Marshall Bertram Rosenberg e uma equipe internacional.

Apoiando o estabelecimento de relações de parceria e cooperação, em que predomina comunicação eficaz e com empatia.

Enfatiza a importância de determinar ações à base de valores comuns.

Quando usada como guia na coconstrução de acordos, a CNV pode tomar a forma de uma série de distinções, entre as quais:

·      Distinção entre observações e juízos de valor.

·      Distinção entre sentimentos e opiniões.

·      Distinção entre necessidades (ou valores universais) e estratégias.

·      Distinção entre pedidos e exigências/ameaças.

Uma comunicação à base destas distinções tende a evitar dinâmicas classificatórias, dominatórias e desresponsabilizantes, que rotulem ou enquadrem os interlocutores ou terceiros.

A CNV considera que todas as ações estão originadas numa tentativa de satisfazer necessidades humanas, porem evitando o uso do medo, da vergonha, da acusação, da ideia de falha, da coerção ou das ameaças.

Sabemos que há várias formas de dá a mesma "notícia", então pensando nisso separei uma parábola para reflexão:

"Uma sábia e conhecida história diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um vidente que interpretasse seu sonho.

Exclamou o vidente: 

– Que desgraça, senhor! Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade. 

– Mas que insolente! Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui! - gritou o sultão enfurecido. 

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem 100 açoites. Mandou que trouxessem outro vidente e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe: 

– Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de

sobreviver a todos os vossos parentes. A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso e ele mandou dar 100 moedas de ouro ao segundo vidente.

Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado: 

– Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com 100 açoites e a você com 100 moedas de ouro...

Respondeu o adivinho:

– Lembra-te, meu amigo, que tudo depende da maneira de dizer. Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Porém, a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.

A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém, pode ferir, provocando dor e revolta. Porém, se a envolvermos em delicada embalagem, e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com felicidade."

Autor: Desconhecido

Trazendo essa parábola para o nosso dia a dia, vemos que isso não reflete a realidade das interações humanas, principalmente dentro do ambiente corporativo.

Quanto maior o cargo, maior a arrogância.

Já vi muitas pessoas dizer que “fala a verdade doa a quem doer”.

Porem quando analisamos a intenção por traz dessa frase, vemos que se trata apenas de um artificio para impor seus preconceitos, exaltar seus conhecimentos ou conquistas e ditar suas leis.

Então, a pergunta da semana:

Você fala da mesma forma que gostaria que falassem com contigo?

Ananias Junior

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