Conexão com a estratégia, Time certo e Implementação de inovações

Conexão com a estratégia, Time certo e Implementação de inovações

O líder é aquele que personifica a cultura da empresa. E para isso ele precisa não só conhecer a fundo essa cultura, mas também saber qual é a estratégia de curto, médio e longo prazo e conhecer as pessoas que estão envolvidas, para assim, conseguir implementar projetos e inovar em busca de soluções para o problema central que a organização quer resolver.

Nesse artigo, escrevi sobre 3 tópicos importantes que todo líder deve se atentar para ter sucesso na função:

Estratégia da empresa, Time e Implementação de inovações.

1 - Estratégia da empresa

O líder precisa conectado com a cultura, com a fase da organização e com a estratégia macro da companhia.

Uma das estratégias, foi colocar você para liderar um projeto (Que pode ser interpretado como uma área, planta, região, país, ou seja lá qual for o tamanho do desafio, o princípio é o mesmo). Um dos seus grandes deveres é dar a visão para seu time, deixando-os focados no objetivo, sem dispersão.

Perguntas e reflexões a se fazer: Eu conheço os valores e princípios da companhia? Eu vivo a cultura? Eu conheço a estratégia de curto, médio e longo prazo? Qual é o maior desafio que estamos enfrentando? Como minha área contribui para o objetivo?

2 - Time

Conheça seu time. Não idealize um time de super-heróis, mas sim humanos que tem pontos fortes e fracos e que podem ser melhorados. Alguns pontos serão de fácil ajuste, outros nem tanto.

É importante tirar uma foto do momento atual do time, saber quem é quem. Qual é o funcionário que gosta de mudanças, inovações e testar coisas novas? Qual é aquele mais resistente e desconfiado? Qual é aquele que gosta de rotina? Qual é o mais resiliente?

Você tem as pessoas certas nas funções corretas? Se não, repense no que é possível modificar. Se sim, hora de construir juntos uma história, que todos tenham a clareza de onde estão, do que estão construindo e onde querem chegar.

Essa clareza é fundamental, pois dá propósito para as ações do dia a dia, tirando o “fazer por fazer”, o seu time entende o porquê estão fazendo tal tarefa. Com isso, a adoção de novas medidas e inovações ocorrem de maneira muito mais fluida até para os mais reativos.

3 – Implementação de inovações

Com a clareza de onde quer chegar, com as pessoas certas nas funções corretas e motivadas, ideias de projetos surgirão. Mas como implementá-los?

Quando temos algo novo, as vezes gera aquela ansiedade de querer implementar tudo de vez, porque temos a “certeza” que a ideia é boa e que vai dar bastante resultado. Por mais que a ideia seja boa, será que a execução dará da mesma forma que você pensou? Será que se eventualmente essa inovação falhar com um formador de opinião, as pessoas ainda acreditarão no sucesso do projeto?

Temos que tomar um pouco de cuidado quando realmente queremos implementar algo novo em que acreditamos e apostamos no sucesso. Outro cuidado importante é não se apaixonar pela solução e sim pelo problema. Provavelmente a resposta para o problema que queira resolver não surgirá da sua cabeça e sim de várias cabeças pensando juntas, principalmente se for um grupo diverso com uma dor em comum.

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Em 1962, Everett M. Rogers escreveu o livro chamado "Diffusion of Innovation", que descreve a difusão de novas ideias e tecnologias pela sociedade. Com isso foi capaz de segmentar a Curva de Gauss em perfil de adoção, o que norteia parte da estratégia empresarial.

Para exemplificar e correlacionar essa curva de difusão de novas ideias com o dia a dia de uma indústria, imagine que você trabalhe em uma fábrica de 1.000 pessoas e alguém do seu time teve uma ideia inovadora de um novo programa para implementar na fábrica.

Por onde começar?

1º – Comece pelos inovadores (~25 pessoas - 2,5%), aqueles que você sabe que gostam de testar projetos novos e que são entusiastas. Aprenda com eles, teste, re-teste, ganhe confiança, ajuste a solução. O legal é que provavelmente esse grupo também é muito bom tecnicamente, então vão propor e ajustar os problemas que aparecerão.

2º – Os Adotantes iniciais (Early adopters) são um grupo um pouco maior (~135 pessoas -13,5%). Eles que vão alavancar a aderência no projeto. Já não são tão entusiastas como os primeiros, mas são do tipo que topam participar de inovações mesmo sendo uma plataforma incerta.

Aqui você vai testar a usabilidade do programa, a facilidade que essa inovação tem para uso no dia a dia. Para pular para a próxima etapa o programa deve estar o mais “redondo” possível, mas são eles que vão alavancar esse programa, por isso é importante também os formadores de opinião estarem nesse grupo.

O Bitcoin, por exemplo, está nessa fase. Você ainda não consegue comprar um pão na esquina com criptomoeda, nem sacar em reais em qualquer banco. A moeda ainda não ganhou confiança, por isso ainda vemos grandes oscilações de preço e com baixa adoção, apesar da crescente evolução.

Em contra partida, o PIX passou do “innovator “para o “Early Majority”(próxima etapa) rapidamente. Isso porque as pessoas entenderam os benefícios, pois retirou uma dor enorme do cidadão, se sentiram seguras com o procedimento e é algo simples de usar.

3º – Depois deles, vem a Maioria inicial (Early Majority), que tem um grupo maior (340 pessoas - 34%) e que toma as primeiras decisões baseadas no que os “Early adopters” acharam. Pela grande quantidade de novidade, não querem testar tudo, querem algo que já está dando certo. A Expansão é maior aqui, por isso é importante o programa já estar mais consolidado, fazendo ajustes menores.

4º – Em seguida, a maioria tardia são os que não testam as coisas (outras 340 pessoas 34%), começam a utilizar quando o programa já está em funcionamento, não gostam de novidades. Estão mais na zona de conforto, mas não querem ficar para trás. Esse grupo vem mais naturalmente, continue na mesma estratégia. Utilize bem a comunicação, reconhecimento, analisando os problemas encontrados e melhoria contínua.

5º – Por último, os retardatários (por volta de 160 pessoas - 16%). As vezes, não vale a pena o esforço para convencê-los. Pode até avaliar o motivo por não terem participado do programa, mas é o menor dos problemas. Esse grupo resiste em adotar ideias novas, são mais do time “já testamos e não deu certo”, “para que fazer diferente se está bom do jeito que está?”. Eles geralmente só adotam uma solução nova quando não há como escapar, quando só aquela solução resolver sua necessidade.


Como vimos, não vale a pena começar grande e com qualquer pessoa. O início do projeto é fundamental para o sucesso dele. Comece pequeno, com as pessoas certas, tanto em conhecimento quanto em entusiasmo. Assim, você testa, erra, modifica e ajusta a solução para depois alavancar com o resto.

...

Bom, nesse artigo abordei 3 tópicos que considero importantes para exercer uma liderança eficaz: Visão estratégica, conhecer o time e saber como implementar uma inovação.

Tem inúmeras outras habilidades que um líder deve estar atento, não é mesmo? Qual é a mais importante para você?

Flávio Donato

Brewmaster and ZBS Director

3 a

Excelente artigo Rodrigo Castro Sempre aprendo com estas interações. Parabéns pelo conteúdo.

Ótimo conteúdo. Parabéns Rodrigo

Rodrigo Perim Real

Plant General Manager at Anheuser-Busch InBev

3 a

Parabéns pelo Artigo Rodrigo! Sou um fã dos seus materiais e sempre aprendo contigo! Gostei de ler sobre os conceitos e a curva de difusão de novas ideias!

Mike Oliveira

TEDx Speaker - Fundador do Instituto Brasileiro de Liderança e Host do Podcast Líder HD

3 a

Rodrigo fico muito feliz em saber que gostou do workshop e que ele agregou algo na sua vida! E que o Podcast do líder HD também está nessa sua construção! Prazer receber esse feedback! Agora só colocar em prática aquilo que transforma o mundo: FA-ZER! 🚀

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