Conheça o ScreenTelling, narrativa que adequa o storytelling para garantir o sucesso da produção audiovisual

Conheça o ScreenTelling, narrativa que adequa o storytelling para garantir o sucesso da produção audiovisual

Com certeza, você já ouviu a expressão storytelling ser utilizada por aí em muitos canais. Construído há muitos anos pela poética de Aristóteles, o “contar histórias” ganhou fama com o marketing, mas é cada vez mais aplicado ao mundo dos negócios, principalmente pela sua capacidade de tocar as pessoas por meio do sentimento e da criação de conexões.

É claro que o storytelling se faz muito presente na história do cinema. Mas nem sempre o storytelling cria narrativas adequadas para o objetivo de uma produção visual, que é ter sua mensagem bem clara àqueles que assistem a ela. 

Foi pensando nisso que a indústria criou um termo mais adequado, o ScreenTelling. Quem explica melhor isso é o roteirista Miguel Machalski, renomado profissional criativo que difundiu o tema em seu livro “ScreenTelling: Filmic Storytelling” e viaja o mundo com seu workshop sobre a temática.

O ScreenTelling está relacionado a entender o que uma produção audiovisual será antes mesmo da escrita do roteiro. Qual será o público-alvo? Quais são os elementos que se aproximam da realidade desse público? E, então, qual a narrativa visual que vai fazer com que a mensagem principal desse curta ou longa-metragem, seja capaz de ser entendida e faça conexão com o público? 

“Um roteiro é tanto um trabalho criativo quanto uma ferramenta estratégica. A maioria dos filmes hoje precisa de um roteiro bem elaborado para arrecadar dinheiro ou obter qualquer forma de financiamento, além de estabelecer uma base sólida para o próprio filme. Em um mundo ideal – no qual sabemos que não vivemos – o mesmo roteiro deveria, por direito, servir a ambos os propósitos.”, diz Miguel Machalski em sua obra.Trecho do livro. 

Traduzindo de forma mais direta, o ScreenTelling é um passo fundamental após o storytelling e antes da criação do roteiro. 

“O roteiro, seja qual for o formato, desde uma apresentação clássica e padronizada até formatos mais inovadores, visa tornar inteligível o tema, o enredo, a estrutura e os personagens de uma história para conquistar a adesão do espectador”, diz Machalski em entrevista ao portal Gatopardo

Quer dizer que, quanto mais autoexplicativa uma obra audiovisual for, quanto mais forte e facilmente identificável for sua linha dramática, por meio de suas cenas, mais efetividade terá o impacto emocional com o público. Entender isso é a parte estratégica da criação. 

Já conhecia essa ferramenta? O que você acha? 

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por: Cássio Koide, CEO da ETC Filmes

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