Conhecimento especializado. Passo determinante para comportamentos de sucesso.
Quem já leu a biografia de Stephen Hawking?
Vai ajudar bem a entender a provocação que o tema trás.
Existem dois tipos de conhecimento: geral e especializado. Quando se fala de sucesso, pouco importa a quantidade ou a qualidade do conhecimento geral. Vai ajudar mais não é determinante. Você pode acumular um grande conhecimento genérico e se especializar em transmiti-lo, no entanto isso não garante que você seja bom no que faz. A teoria não traz a prática. A prática traz a teoria.
Para um comportamento distinto, é preciso somar direcionamento, organização e inteligência.
Não somos forjados nas escolas a esse tipo de conduta, muito pelo contrário, somos desorganizados, quase que estimulados a isso. Nenhuma disciplina cuida de organização, finanças pessoais, empreender um negócio, desenvolver estratégias... Somos levados a historiar livros vencidos e casos de sucessos dos séculos passados para ter sucesso hoje. Fica meio complicado para não dizer impossível.
E assim, saímos para o mercado com um papel que diz que agora somos profissionais. E tem gente que acredita tanto nisso que sai pregando isso socialmente denegrindo a classe que representa.
Voltando ao(a) comporta[mente. Veja que isso molda nosso sentir, pensar e agir, diz de nós, formata uma percepção, forja um caminho e uma historia.
O conhecimento genérico lhe fornece atributos de que é um grande conhecedor. No entanto não passa de um genericão, sempre com base em historias do outros.
O poder está no conhecimento específico, único, de profundidade. É a maior moeda de troca e está entre as formas de serviços mais abundantes e raras. Consulte a folha de pagamento de qualquer universidade e irá constatar.
Os especialistas são os mais procurados.
Dá para mudar a personalidade?
Dizer que não dá para mudar é radical. Dizer que dá é mentiroso. Pois é... A resposta é mais complicada do que você pensa.
Imagine um sapato. Olhando o estilo e o estado, você é capaz de supor muita coisa sobre o dono. Dá para imaginar como ele se veste, do que gosta, se é sério ou descontraído. Dá para arriscar seu escritor favorito, se acredita em Deus e até se faz seu tipo. Sua personalidade é como este sapato: um reflexo de como você se vê e como é visto.
Para chegar a esse modelo de calçado, você fez muitas escolhas: filtrou influências, ouviu opiniões, testou conforto, analisou preço. Da mesma maneira, diversos fatores interferiram na formação da sua personalidade: seus pais, seus amigos, o lugar onde cresceu, o período em que viveu. E sua genética, claro, que, do mesmo jeito que deixa uma forma única no sapato, molda uma parte de você.
O resultado é um conjunto de padrões de comportamento bem difícil de ser explicado ou medido pela ciência. Desde o fim do século 18, muitas teorias foram criadas. Hoje, uma das mais aceitas é a dos Cinco Grandes Fatores, um modelo desenvolvido nos anos 1980 pelos americanos Robert McCrae e Paul T. Costa.
Ela conseguiu de maneira simples e abrangente classificar os traços de personalidade reconhecidos tanto por especialistas quanto por leigos.
Para criá-la, partiu-se da ideia de que todos os aspectos da personalidade humana estão registrados na linguagem que eu, você ou um habitante da Antártida usamos para definir alguém: implicante, falante, preguiçoso, organizado… Os pesquisadores juntaram os adjetivos possíveis e tentaram reuni-los em grandes famílias. Chegaram aos cinco fatores – extroversão, neuroticismo, abertura a experiências, consciência e afabilidade, cada um com dezenas de traços psicológicos.
Abertura a experiências é o que mede o interesse por experimentar muitas áreas diferentes. Dentro do fator consciência estão representados o senso de responsabilidade, a disciplina e o sentido prático.
O fator afabilidade basicamente diz como você se relaciona com outras pessoas – se é generoso, leal e sensível ou mais desconfiado e individualista.
Teoricamente, todos os traços de personalidade poderiam ser encaixados em um desses grupos.
Essa padronização abriu caminho para o desenvolvimento de uma série de avaliações que tentam definir objetivamente a personalidade de alguém.
Você é assim. E agora?
Isso significa que vai ser assim para sempre? Essa pergunta é o calo no pé dos estudiosos. Alguns dizem que, como o corpo, a personalidade muda ao longo do tempo. Outros rebatem que a personalidade seria como a cor dos olhos – se você nasceu com ela, vai morrer com ela. Para outros, o melhor paralelo é a altura: é desenvolvida até certa idade, depois estaciona. A última versão é a mais aceita pelos especialistas. Mas você terá mais que 18 anos para se definir. Na verdade, terá por volta de 30. Depois disso, pouca coisa vai mudar. “Esse limite é apenas uma época em que se considera que o adulto já é independente e maduro.
Dependendo da pessoa ou da cultura em que ela foi criada, a definição da personalidade pode vir antes ou depois, diz Maria Elisabeth Montagna, professora de psicologia da PUC-SP.
Quer dizer, então, que exatamente quando chegamos à fase adulta, quando melhor nos conhecemos, já não é possível mudar nada? Não é bem assim!!!
Mas a partir daqui, amigo, você vai ter que trabalhar com o que você tem.
Alguém passional, de humor instável, que costuma reagir antes de pensar. Passar para o outro lado do círculo e se tornar 100% controlada e fria é impossível. Mas ela pode, sim, aprender a prever suas emoções para evitar futuros arrependimentos.
Seria, portanto, como suavizar uma característica inconveniente. Do mesmo jeito, quem é muito tímido jamais vai ser o piadista da turma, quem é muito conservador nunca usará uma camisa rosa-choque.
Mas, com os trancos e as necessidades, dá para falar em público ou aceitar uma gravata rosada. Adaptar-se é uma questão de sobrevivência. O quanto você vai conseguir se adaptar é questão de força de vontade.
1. Quadrantes
Cada cor aparece duas vezes: são os lados opostos do mesmo fator. Se de um lado o amarelo representa extroversão, do outro sinaliza introversão.
2. Concentração
Quanto mais bolas no quadrante, mais representativo é aquele na sua personalidade. A pessoa 2 é provavelmente associada à criatividade e à inovação.
3. Posição
Quanto mais no extremo estiver um traço, mais forte ele é. Com vontade, dá para caminhar mais para o centro, mas dificilmente você passará para o lado oposto.
Pessoa 1: Cheia de extremos
O gráfico mostra uma personalidade forte: muito extrovertida, muito disciplinada, mas também muito ansiosa, chorona e facilmente irritável. Gente boa, mas pise na bola e você vai conhecer uma fera.
Pessoa 2: Centrada e flexível
Mais discreta e maleável: a maioria dos traços está próxima ao centro. Mas um fator chama a atenção: ela é moderna e criativa. Parece desligada, mas, de repente, solta uma sacada genial.
Pense antes de casar
Mas nem sempre querer é poder. Se não conseguir mudar o seu temperamento, a pessoa 1, por exemplo, terá uma boa desculpa: os traços de personalidade relacionados ao neuroticismo são os mais difíceis de mudar. Aqui estão adjetivos como passional, irritável, vulnerável e ansioso.
Foram esses os principais motivos da infelicidade no casamento de 300 casais americanos que participaram de uma pesquisa publicada em 1987.
O questionário, aplicado pela primeira vez em 1935 e mais uma vez 45 anos depois, demonstrou que instabilidade, reações explosivas e excesso de brigas exerciam influência muito maior nas crises dos casais que questões ligadas a trabalho, família ou sexo. E pior: mesmo cientes disso, a maior parte dos cônjuges não conseguiu se ajustar em prol do casamento.
Você está achando tudo um exagero e acabou de pensar em casos em que o marido ficou mais organizado e amoroso ao longo dos anos. É possível. Mas não se case pensando neles. Mesmo em campos aparentemente mais moldáveis, como o da extroversão ou o da consciência, a mudança costuma ser tímida e tem que partir da outra pessoa, e não de você. Não conseguir mudar o outro é uma má notícia. Mas pense pelo lado bom: se o outro for você, pode não ser tão ruim assim. No fundo, permanecer mais ou menos igual é importante para o equilíbrio da nossa vida. Não dá para ser uma pessoa diferente a cada instante, simplesmente porque o mundo nos exige coerência. Você precisa saber quem você é, e os outros, o que esperar de você. Ou, mais do que flexível, você pareceria insano.
5 fatores
Segundo uma das teorias mais aceitas entre os psicólogos, tudo o que você é cabe dentro destes grupos. Veja alguns exemplos:
Extroversão
• Reservado x afetivo
• Tímido x sociável
• Quieto x falante
• Insensível x passional
• Discreto x alegre
Neuroticismo
• Tranquilo x tenso
• Constante x instável
• Satisfeito x autopiedoso
• Racional x emocional
• Seguro x inseguro
Abertura
• Realista x imaginativo
• Convencional x original
• Rotina x variedade
• Pouco curioso x curioso
• Conservador x liberal
Afabilidade
• Cruel x piedoso
• Duvidoso x confiável
• Mesquinho x generoso
• Crítico x tolerante
• Rude x cortês
Consciência
• Negligente x responsável
• Preguiçoso x trabalhador
• Bagunceiro x organizado
• Atrasado x pontual
• Acomodado x ambicioso
Sua participação:
-Temos sempre vários fatores para avaliarmos. Todos fazem parte de um processo contínuo de busca pela melhoria. Então quais fatores estão relacionados a você, com seus comportamentos e com seus resultados junto às pessoas?
Por: Mário Borgo – Com base em pesquisas e matérias via super-abril/comportamento-da-para-mudar-a-personalidade -