Consórcio: o instrumento financeiro contemporâneo por Tatiana Schuchovsky Reichmann, CEO da Ademicon
Clássico dos tempos de crise, quando renda em baixa e juros em alta dificultam a tomada de crédito, um importante instrumento volta a crescer como alternativa para o consumo: o consórcio. Há 60 anos no mercado brasileiro, o consórcio atrai mais cotistas este ano, mas não é mais o mesmo produto.
Ele está repaginado e redesenhado pelas inovações. O produto viabiliza a aquisição de uma gama cada vez mais variada de bens — para além dos tradicionais imóveis e veículos — e de serviços, de viagens a reformas residenciais.
Segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (ABAC), as vendas de novas cotas subiram 12% no primeiro trimestre deste ano, para 886,3 mil, em comparação com o mesmo período de 2021. Os negócios somaram R$ 55,2 bilhões no período, avanço de 15,3%. Em março, o número de participantes ativos em consórcios chegou a 8,5 milhões.
Na Ademicon, além do uso de tecnologias como inteligência artificial, há novos arranjos financeiros, como a possibilidade de cotas já pagas em um consórcio servirem de garantia para obter empréstimos em condições mais favoráveis ou funcionarem como uma forma de investimento.
A elevação da taxa básica de juros (Selic) nos últimos meses — atualmente está em 12,75% ao ano — tende a encarecer os financiamentos. Isso favorece os consórcios, mas não é o único fator. As operações automatizadas e mais simples que as de crédito ficam mais atraentes no atual contexto do mercado de trabalho.O consórcio vem crescendo em um ritmo acelerado há pelo menos 5 anos, e durante esse período o produto pôde ser testado em diversos cenários, com destaque para os últimos 2 anos onde tivemos juros a 2% ao ano e mais recente uma escalada para 12,75% ao ano.
Quando os juros estavam baixos, vimos a produção crescer acima das expectativas. E o movimento se repete agora com juros altos. Isso nos ajudou a testar o produto nos cenários macroeconômicos mais extremos observados recentemente, evidenciando que quando os juros estão baixos o consórcio se torna uma oportunidade de investimento, e quando temos juros altos, o instrumento financeiro torna-se uma oportunidade de financiamento.
Acesso restrito a crédito e busca crescente por imóveis de médio e alto padrões reforçam o consórcio imobiliário como instrumento para crédito.
De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em 2021 houve um crescimento de 32% nas negociações de imóveis de médio e alto padrão em relação aos anos anteriores.
Com a pandemia, as pessoas entenderam que vale a pena investir em imóveis que tenham mais espaço. Por isso, os valores inflacionaram no final do ano passado. Realmente, com a pandemia, as pessoas entenderam que vale a pena investir em imóveis que tenham mais espaço. Por isso, os valores inflacionaram no final do ano passado. E isso torna o consórcio muito mais vantajoso para imóveis de qualquer padrão, pois a taxa é fixa inclusive para o grupo com cota de R$ 1 milhão, lançado recentemente pela Ademicon.
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Uma pesquisa inédita, feita pela Abrainc em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, avaliou os critérios de escolha de 850 compradores de imóveis em 2021. A conclusão é de que, para 60% deles, a localização era o mais importante. Além do bairro, outros fatores relevantes, como estar perto de mercado (40%), de farmácias (28%) e de hospitais (12%) também entraram na “conta”, que colocou o critério de valor do imóvel com 19% de importância no momento da compra. O que, mais uma vez, mostra a tendência por comodidade e praticidade em cenários como o que vivemos ao longo da pior fase da Covid-19.
Para atender a essa demanda, o consórcio imobiliário, modalidade criada no Brasil há mais de 55 anos, é uma forma de ter acesso a crédito para a compra de imóveis. É uma opção econômica, em que você define quanto precisa e o prazo máximo para adquirir o imóvel. Por esse motivo, o consórcio é ideal para quem não tem pressa e se planeja.
Ademicon: + de 30 anos especialista em consórcio, agora também uma plataforma de serviços financeiros
A Ademicon movimentou R$ 8,2 bilhões em vendas em 2021, mantendo um crescimento médio acima dos 30% nos últimos 5 anos, enquanto o crescimento médio do mercado foi de 20% no mesmo período. Para este ano, a expectativa da Companhia é a de atingir uma produção de R$ 10,1 bilhões.
Em 2020, ao se fundir com a Conseg, a companhia trouxe para a base de acionistas o fundo de private equity TreeCorp. E, com isso, as agendas de inovação, diversificação e expansão ganharam ainda mais velocidade.
Atendimento personalizado, omnichannel e assessoria completa em todas as etapas do processo, da compra da cota à contemplação, são os diferenciais da Ademicon. Com atuação nacional, conta com mais de 150 Unidades de Negócio distribuídas em 17 estados + o Distrito Federal, além dos mais de 700 pontos de venda dos parceiros da Companhia que garantem a cobertura de todo o território brasileiro.
Além disso, o modelo de negócios da Companhia é fortalecido por um ecossistema de mais de 20 parcerias, sendo algumas delas de longa data.
A Ademicon utiliza em seu modelo de negócios uma iniciativa chamada Consortium As A Service (CAAS). O objetivo é facilitar a constituição de um consórcio para os parceiros da Companhia, onde esses parceiros possam utilizar suas próprias marcas, mantendo a experiência dos seus clientes sempre com a sua marca e sua identidade.
Temos mais de 27 parcerias em negociação no nosso pipeline. Existe muito potencial com bancos digitais, varejistas e empresas do setor imobiliário, que precisam otimizar suas estruturas de custos e ao mesmo tempo remunerar seus portfólios. Nós entregamos um modelo de parceria completo, com suporte comercial, marketing, produto, pós-venda e atendimento ao cliente. Isso faz com que nossos parceiros possam escolher se querem operar as vendas e deixar que a Ademicon cuide dos processos internos ou até mesmo se querem que a Ademicon fique responsável por todos os processos utilizando seu time de especialistas.