Conselheiro de empresas e seu papel provocativo com a inovação

Conselheiro de empresas e seu papel provocativo com a inovação

Na prática, qualquer boa ideia pode ser transformada em um produto ou serviço, criando valor superior aos clientes. É por isso que o processo de inovação depende diretamente da capacidade criativa dos profissionais. Em suma, podemos dizer que a inovação nas empresas consiste em uma exploração bem-sucedida de novas ideias. Ela representa um artifício usado por empreendedores de todos os segmentos, que desejam oferecer uma experiência melhor aos seus stakeholders. Além disso, o processo de inovação nas empresas também deve ser economicamente viável e escalonável. Ou seja, as soluções precisam satisfazer os clientes, porém com um custo razoável aos empreendedores. Caso contrário, a ideia que anteriormente parecia boa pode se transformar em uma verdadeira “dor de cabeça” ao seu negócio, gerando custos desnecessários e comprometendo o desenvolvimento financeiro da organização. Nesse sentido, a inovação é uma das principais responsabilidades atribuídas ao Conselheiro de empresas. O Conselheiro é um verdadeiro Agente de Transformação, questionando, recomendando, orientando as organizações para a perenidade dos seus resultados e, portanto, do negócio. Faz-se necessário destacar o óbvio e ser muito provocativo com relação a inovação dentro das reuniões de conselho consultivo. Ele precisa entender muito bem a necessidade do mercado e desafiar a empresa em seguir essa trilha da inovação.

No processo de inovação corporativa podemos trazer uma sequência lógica e coerente do processo, como: 1º Capturar a necessidade do mercado, a dor do cliente ou usuário; 2º ter o objetivo de solução como foco principal, sem perdê-lo de vista; 3º checar a verdadeira aplicabilidade no mercado e sua real solução a dor do usuário; 4º dimensionar o verdadeiro benefício da proposta da inovação. Realmente resolveu? Se sim, temos muito provavelmente muita chance de sucesso escalável; 5º dimensionar correto do valor para ambas as situações usuário e fornecedor da inovação e, por último, mas não menos importante, 6º utilizar de metas e métricas para dimensionar os ajustes e melhorias necessários na dinâmica de mercado.

Qual a importância da inovação dentro de uma empresa?

A inovação nas empresas é capaz de explorar novas soluções e oportunidades no mercado, inclusive com o aprimoramento de ferramentas, processos e tecnologias. Com isso, o empreendimento tem muito a ganhar, por exemplo, no aumento do rendimento, no amplo reconhecimento e na expansão do negócio. No Brasil, a inovação nas empresas ainda é algo que caminha a passos curtos, embora a prosperidade empreendedora dos últimos anos. Para termos uma ideia, de acordo com informações da Pesquisa de Inovação (Pintec) de 2017, realizada pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 33,6% de um universo de 116.962 empresas brasileiras com dez ou mais trabalhadores fizeram algum tipo de inovação em produtos ou processos. O IBGE considera a inovação nas empresas a partir da introdução de um produto, serviço ou processo novo, ou mesmo substancialmente aprimorado. Apesar da boa perspectiva, ainda há muito para crescer no contexto brasileiro, daí a importância do investimento em estratégias que estimulem a criatividade e inovação. Uma pesquisa realizada pelo ICTd (Índice Cesar de Transformação Digital), em 2020, mostra que as empresas brasileiras estão amadurecendo quanto à capacidade de inovar. Segundo o estudo, cerca de 23,7% dos respondentes afirmam que a Transformação Digital se tornou prioridade máxima no planejamento estratégico da empresa, representando um salto de 7,3 p.p. em relação a 2019. A inovação nas empresas envolve interação entre membros da equipe, afinal, quanto mais pessoas, mais ideias.

Benefícios da inovação nas empresas

A inovação nas empresas não é apenas um diferencial de concorrência, mas sim, há muitos outros benefícios em investir em soluções inovadoras, que contribuem com o desenvolvimento das organizações. Entre as vantagens, destacam-se:

Adaptabilidade: consiste na capacidade de enfrentar os desafios do mercado e ter respostas ágeis para possíveis situações inesperadas;

Resolução de problemas: quanto mais inovadora é a empresa, melhor é o desempenho para resolver problemas, não apenas de forma rápida, mas também de maneira eficaz;

Exploração de novos mercados: a inovação é capaz de ampliar a participação das empresas em novos nichos, alcançando um número maior de clientes e pessoas interessadas na organização;

Foco no cliente: a inovação contribui com experiências muito mais proveitosas e agradáveis aos clientes e, consequentemente, o empreendimento não só é bem-visto, mas também ganha em termos de branding e reconhecimento.

Como estimular a inovação nas empresas

Diante de tantas vantagens, é possível compreender o porquê de a inovação nas empresas ganhar os holofotes. Entretanto, muito mais do que uma boa ideia, é preciso investir em uma mudança na cultura organizacional dos empreendimentos, em prol da inovação. Sendo assim, algumas maneiras de estimular essa estratégia são: desenvolvimento de estratégias com foco em campanhas inovadoras, ampliação da cultura de inovação em todos os departamentos, busca por inovações de mercado (inovação aberta), aprimoramento do intraempreendedorismo nas empresas. Portanto, a inovação nas empresas depende fundamentalmente de uma mudança de mentalidade, que irá colaborar com o estímulo à criatividade e inovação em todos os tipos de negócio.

Esteja aberto à inovação aberta

Uma das estratégias de estimular a inovação nas empresas é buscar por novas ideias no mercado, ou a chamada “inovação aberta”. Esse conceito foi criado por Henry Chesbrough, em 2003, que buscava uma maneira diferenciada de fomentar a cultura inovadora nos negócios. Nesse sentido, a inovação aberta tem como principal objetivo acelerar o processo inovador nas organizações, a partir da expansão dos limites da companhia, tornando acessível e didático os recursos e ideias internas não só com os colaboradores diretamente envolvidos nos processos, mas também com os stakeholders externos. Dessa forma, é possível ampliar o leque de possibilidades e ideias de inovação nas empresas, visto que se tem a percepção não só interna do negócio, mas sim externa e de toda a comunidade envolvida.

Conclusão

Criar e manter uma cultura de inovação é um processo contínuo que requer comprometimento em todos os níveis da organização. Quando bem implementada, essa cultura pode transformar uma empresa, tornando-a mais ágil, criativa e preparada para os desafios futuros.

Leonardo Estevam

CFO | DIRETOR COMERCIAL | DIRETOR DE OPERAÇÕES ESTRATÉGICAS | EXECUTIVO C-LEVEL | #Liderança #Operações #Estratégicas #Financeiro #CFO #CEO #Diretor Comercial #Turnaround #Educação #Inovação #Economia

4 m

Open Innovation é o fino trato da coisa. Parabéns! Essa foi a parte que mais gostei.

🔝Marcelo Hissnauer Miguel Incentivar a cultura da inovação é essencial para o crescimento sustentável de uma organização 👏🏼👏🏼

Paulo Henrique S Pereira

Conselheiro Consultivo (Advisor) para promover parcerias com foco no aumento da receita (venda cruzada). Meios de Pagamento e Cartões Benefício. Mentoria de Finanças Familiares | Membro do Comitê de Benefícios na @pagos

4 m

Show Marcelo Hissnauer Miguel 👏👏👏 Nada como estar aberto a inovação nos processos. O grau de escalabilidade agradece!

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