Considerações em Tempos de Coronavírus

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Os especialistas dizem que nada será como antes, mas o que isto significa?

Nas últimas semanas, reinventamos nossa forma de trabalhar, consumir, liderar, conviver em sociedade e planejar.

Esta pandemia tem acelerado muitas coisas que estavam por acontecer: trabalho remoto, educação a distância, responsabilidade social das empresas e outras que precisavam: sustentabilidade, inovação, solidariedade e empatia.

Aderimos muito rapidamente a novas formas de fazer as coisas e isto nos permitiu repensar nossos valores, levando-nos a repensar nossas crenças mais profundas. As mudanças estão ocorrendo de dentro para fora.

Este artigo é um convite a ver como este momento tem reflexos não apenas em nosso cotidiano, mas em áreas muito mais profundas de nossa sociedade. Nele, me atrevo a especular sobre 7 tendências para o um presente e futuro próximo.

1)     Trabalho remoto

Vem sendo a grande solução para que as empresas continuem suas atividades. Algumas empresas já tinham implementado essa prática em suas rotinas, enquanto outras não suportavam sequer pensar na ideia. 

Podemos considerar que estamos fazendo uma grande prototipagem sobre o assunto e ajustando os procedimentos que sejam necessárias para a implementação desta nova modalidade de trabalho como uma possibilidade real no dia a dia das empresas.

2)     Educação a distância

Com a necessidade de afastamento social generalizado e as aulas suspensas, a educação a distância passou a ser uma possibilidade real de disseminação do conhecimento com interação entre professor e aluno.

Esta modalidade de ensino vinha crescendo, contudo, ainda era vista com certo preconceito. Em função dos acontecimentos, hoje é algo real e presente na vida de todas as pessoas que querem se desenvolver.

Isso possibilita um aprendizado muito mais contínuo, personalizado de acordo com a rotina das pessoas, e acessível.

3)     Mentoria

Em função do período prolongado em casa é muito comum que as pessoas passem horas online. Enquanto alguns utilizam esse tempo de forma ociosa, outras anseiam por usar parte desse período de forma realmente produtiva.

 Assim, plataformas que permitam uma conexão com tutores, professores, especialistas e mentores são uma tendência crescente para quem busca aprender novas habilidades sem perder a interação humana. 

4)     Transformação digital na prática

Com o confinamento as tecnologias digitais se tornaram cada vez mais cruciais. As empresas estão a cada desafiando-se. De certa forma, esse situação tão tempestiva, fez com que a transformação digital explicitasse o que já se sabia: não há escolha, é inovar ou inovar. E as pessoas estão a cada apropriando-se das novas tecnologias.

Para o presente/futuro, profissionais preparados para essa expansão do mercado terão um grande diferencial no médio e longo prazo. 

5)     Life long learning

Com a crise, novas habilidades e competências são exigidas de todos. Inteligência emocional, gestão do tempo, foco, feedbacks remotos, e tantos outros. Esse é um processo que não tem fim. 

A partir da agilidade das transformações no mundo, o aprendizado não pode ser mais visto como uma jornada com início, meio e fim. Devemos aprender constantemente ou seremos engolidos por novas crises e desafios. 

O lifelong learning já vinha sendo visto enquanto competência essencial para a sobrevivência em um mundo exponencial. Sabemos que a agilidade é uma tendência, antes mesmo da crise. 

Este momento VUCA apenas reforçou como devemos estar dispostos a nos reinventarmos e sermos resilientes, e que garantir a perenidade do desenvolvimento é essencial para a sobrevivência de pessoas e organizações. 

6)     Menos é mais

A crise nos faz repensar na importância que damos às coisas materiais e imateriais. Se pensarmos no aspecto financeiro, isto por si só será um motivo para que as pessoas economizem mais e revejam seus hábitos de consumo.

“O coronavírus trouxe para o contexto dos negócios e para o contexto pessoal a necessidade de revisitar as prioridades. O que antes em uma organização gerava resultados financeiros, persuadindo, incentivando o consumo, aumentando a produção e as vendas, hoje não funciona mais”, diz Sabina DeWeik (site Futuro das Coisas)

“Hoje, faz-se necessário pensar no valor concedido às pessoas, no impacto ambiental, na geração de um impacto positivo na sociedade ou no engajamento com uma causa. Faz-se necessário olhar definitivamente com confiança para os colaboradores já que o home office deixou de ser uma alternativa para ser uma necessidade. Faz-se necessário repensar a sociedade do consumo e refletir o que é essencial”.

7)     Cultura em larga escala

Como resposta ao isolamento social, os artistas e produtores culturais passaram a apostar em shows e espetáculos online, assim como os tours virtuais a museus ganharam mais destaque.

Esse comportamento deve evoluir para o que se pode chamar de experiências culturais imersivas, que tentam conectar o real com o virtual, a partir do uso de tecnologias que já estão por aí, mas que devem se disseminar, como a realidade aumentada e virtual, assistentes virtuais e máquinas inteligentes.

Por fim, esta situação que estamos vivendo teve impactos sem precedentes no mundo, mas novos desafios ainda estão por vir. Enxerguemos este momento como ameaçador e libertador, na mesma medida. As atitudes tomadas hoje são a chance de se recuperar no futuro.

#ficaemcasa #fenofuturo #acreditarsempre #agirfazdiferença

Rosimara Ezequiel

Analista de Negócios - Sebrae

4 a

reflexões pra hoje!!!!!!

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