Consistência nas pequenas ações para grandes resultados
Como seres humanos no cosmos somos minúsculos, quase insignificantes. Praticamente não existimos em uma perspectiva de universo. O que nos diferencia, até onde sabemos, é a capacidade de pensar. Mesmo pequenos, tendemos a valorizar ideias grandiosas. Grandes histórias de empreendedores, quase sempre, são contadas a partir de grandes ideias, vide Amazon, Apple, Netflix etc. Isso pode nos fazer valorizar só o que é grandioso. Nos negócios, não precisamos focar apenas no disruptivo. Devemos buscar grandes ideias. Mas, não podemos fechar nossos olhos para ideias simples, que geram resultados e abrem caminho para as grandes. Construir uma cultura da inovação em uma pequena empresa, a princípio, passa pela implantação de ideias simples, evoluídas a cada novo ciclo.
A maioria dos negócios não chega ao sucesso do dia para noite. Apesar da subjetividade do termo, quando falo “sucesso” me refiro a ter um negócio lucrativo e visto como referência pelos consumidores. Esse não é um caminho reto, é cheio de curvas e sem atalhos. Uma empresa bem sucedida é construída por partes dela que são bem sucedidas e estão conectadas. São organismos vivos, precisam que suas engrenagens funcionem bem. Se uma parte do nosso corpo não funciona, o restante também não irá funcionar. Nos negócios esse raciocínio também se aplica. “Partes” podem ser setores, como marketing, vendas e financeiro. Se a estratégia de marketing não for bem pensada, podem surgir problemas nas vendas que acarretam ainda em transtornos no departamento financeiro. O sucesso em cada área pode assegurar o sucesso do negócio. E o sucesso de cada área só vem com o sucesso das pessoas que ali trabalham. Então, é preciso também sucesso na gestão de pessoas.
Conceitualmente, chama-se essa ideia de gestão integrada. Isso é, obter sucesso em cada área para obter sucesso no negócio. Como observo, os resultados significativos nas empresas acontecem com a soma dos pequenos resultados. Ter um objetivo macro, que inspira/orienta e trabalhar cada setor do negócio com teste de ideias para chegar no alvo pode ser uma estratégia. E se a “grande sacada” for justamente implantar uma série de pequenas ideias, medir resultados e aprender com o ciclo? Então, os resultados dessas pequenas ideias somados compõem o resultado do negócio e abrem espaço para mudanças maiores.
Fragmentar essa ideia nos permite ver que negócios podem evoluir em versões, assim como os próprios seres humanos e diversos produtos. A cada mudança, uma nova versão do negócio é lançada. E a tendência é que cada versão obtenha sucesso maior do que a anterior. Esse raciocínio nunca esteve tão em alta, ser adaptável ao meio, ágil e consistente nas mudanças. Nessa busca, líderes precisam inspirar, mentorar e ter responsabilidade de trazer o melhor de cada um dos seus liderados. Além de criarem espaços abertos de aprendizado, ideias e mudança. Onde o fracasso é valorizado e se aprende com ele.
Então, pode-se pensar o sucesso sob uma perspectiva fragmentada. Talvez, a consistência na aplicação de pequenas ações assertivas abra espaço, no médio prazo, para mudanças cada vez maiores. E, como sabemos, mudanças começam nas lideranças. Olhamos a ponta do iceberg e esquecemos que há muitas coisas debaixo. Nas empresas, olhamos para o sucesso, mas não podemos esquecer que, por baixo dele, há muitas ideias, experiências, práticas e comportamentos que constroem essa base. Quais atividades são chave para sua empresa e que, se você obter sucesso nelas, poderá assegurar o sucesso do negócio?