A contabilidade do vitimismo
No final do ano passado, estava no carro com meu filho, Francisco, e com meu sobrinho, Pedro e perguntei para eles, cinco coisas boas e cinco coisas ruins sobre 2022.
As cinco coisas ruins vieram muito rápido, estava cristalino em suas mentes, já as cinco coisas boas...
A princípio fiquei indignado, como pode, e tal, e coisa. Até que me propus o mesmo exercício, chegando ao mesmo resultado. Também eu, cheio de artigos, livros, mensagens, tinha facilidade no ruim e extrema dificuldade no bom.
Agora, em 99% dos casos, não importando o que aconteceu na sua vida, a chance de você ter mais coisas ruins do que boa é praticamente nula, então, por que essa dificuldade?
Porque temos fascínio em nos fazer de vítimas. Porque adoramos contar histórias em que fomos prejudicados, perdemos algo, fomos sacaneados, enfim... Com essa premissa, acabamos por valorizar o que não agrega e deixamos de valorizar, salvar, enaltecer tudo aquilo que de bom nos aconteceu.
Para começar 2023 me propus um desafio. Quase que como um diário, abri uma planilha e nela coisas ruins e coisas boas com datas. Planejo seguir essa marcação até o final do ano e assim, ter a certeza de valorizar as coisas certas.
Quando eu me fizer esse desafio novamente terei muito mais que cinco coisas boas.
Fica a dica.