Converse com estranhos!

Converse com estranhos!

Na semana passada, fomos a São Paulo visitar o #CASACOR e o espaço lindo que minha esposa - Adriana Valle - e sua sócia, Patricia Marques, criaram. Sou absolutamente suspeito para falar, mas, para mim, é o projeto mais legal do CASACOR. Sabe aquela sensação de “como eu gostaria de morar aqui”?! Essa é a pegada delas - criar casas que abraçam. Inclusive, esse é o nome do espaço. 

À noite, saímos para jantar com amigos. Estávamos na fila de espera de uma pizzaria super tradicional de São Paulo e, de repente, chega um casal mais velho. Meus filhos, que estavam sentados, imediatamente se levantaram para ceder lugar a eles. 

Quando os convidei a sentar, o senhor abriu um sorriso e falou: “Obrigado, eu prefiro ficar em pé, estou vivo! Aliás, estou aqui justamente para comemorar a vida”. A partir daí, começou a contar sua saga recente - tinha acabado de sair de um tratamento muito sério de Covid. Aliás, a gente não pensa mais nisso, mas a doença continua, só que em uma escala parecida com a de outras doenças contagiosas. Ele contou que chegou a ser entubado e que sua vida esteve de fato em risco.

Foi tão bacana ver a felicidade que ele estava sentindo. Pensei: como as pessoas às vezes só precisam de um “oi”, ver que foram percebidas, que tem alguém ali disposto a conversar. Ele ficou falando conosco, como se nós fôssemos amigos de longa data. Muito legal! 

Fica aqui o registro de como é importante a gente olhar para o lado, conversar com as pessoas. A gente cresce ouvindo “não converse com estranhos”, mas, depois de ficar um pouquinho mais velho, dá para relativizar isso, né?  Fomos jantar leves, felizes. E a pizza estava deliciosa, diga-se de passagem.  

Roberto Bosch

Mentor & Coach de Vida e Esportivo | Palestrante em Desenvolvimento Corporativo - Motivacional para Atletas e Organizações Esportivas | Especialista Inteligência Positiva e Perfil Comportamental | Certificações ICI e IGT

1 a

Muito bom Eduardo Stern Matta!! Adorei ler essa história e acredito que "falar com estranhos" é um belo exercício de empatia e de escuta!! Existe um lugar, um pouquinho mais embaixo da superfície, que as conexões humanas acontecem. Obrigado por partilhar!!

Eduardo Melgaço da Costa

Executivo de Vendas Sênior | Digital Transformation | Expert em Desenvolvimento de Negócios e Parcerias Estratégicas | Mentor

1 a

👏👏👏👏👏

Eu sou dessas Edu. Sempre falo com estranhos. Lembrei quando Mel mudou para Tokyo e não conhecia ninguem. A gente “puxava” papo com as pessoas em todos os lugares. Conhecemos a melhor amiga dela lá, numa loja da Nespresso. A vida é uma grande caixa de surpresas. Estou adorando ler seus newsletters

Zeh Catalano

I help solve complex problems with people and technology.

1 a

Isso é cada dia mais difícil. Uns anos atras entrei num ônibus do metrô. Chovia, janelas embaçadas. Apinhado de gente. Todos mudos. Ninguém trocava uma palavra. Aquilo me impressionou muito. De lá pra cá só piora. Cada um no seu mundo virtual sem olhar pra pessoa ao lado...

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