Coração Apertado: O Desafio da Maternidade e Carreira
A maternidade traz uma ligação invisível, uma conexão que transcende o cordão umbilical, que é mais do que biológica - é emocional e profunda. Mães e filhos compartilham um vínculo único, feito de cheiros, feromônios e, quem sabe um dia descobrirão, algo mais misterioso.
Em minha vida de executiva, equilibrar trabalho e maternidade é um desafio constante. Em casa, temos um planner familiar que nos ajuda a manter uma rotina. Nele, minha filha Amélie pode ver quando estarei fora a trabalho ou quando a buscarei na escola. É nosso pequeno ritual para lidar com a imprevisibilidade da minha agenda.
No último domingo, Amélie percebeu que eu ficaria três dias fora. Sua reação foi imediata: "Mamãe, você trabalha muito". Sim, trabalho muito, e é parte de quem sou. Mas, ao mesmo tempo, sinto o peso dessa escolha. Ela promete me esperar acordada para um abraço apertado, e é nesses momentos que sinto a força do nosso vínculo.
Curiosamente, enquanto escrevia essa newsletter, dentro do avião na última quarta-feira, ouvi o piloto do voo fazer um anúncio especial sobre sua mãe a bordo. A vida tem dessas coincidências, não é?
Continuando...
Mas a verdadeira prova veio quando soube que Amélie estava gripada e sentindo minha falta. A tecnologia pode nos manter conectados, mas não substitui o calor de um abraço ou o conforto da presença física. E aí, meus caros leitores, dói. A culpa por não estar com ela dói, o coração aperta, dá um frio na espinha e nada me convence sobre a melhor resolução desse problema.
Dados recentes mostram que muitas mães enfrentam esse dilema. Segundo uma pesquisa da Harvard Business Review, cerca de 43% das mulheres altamente qualificadas deixam suas carreiras em algum momento para cuidar dos filhos. A decisão de equilibrar carreira e maternidade é complexa e pessoal, mas o sentimento de culpa e o coração apertado são universais entre as mães que trabalham.
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Portanto, o desabafo desta edição é sobre esse efeito colateral da maternidade: a busca constante pelo equilíbrio entre manter a própria identidade e lidar com a dor de estar longe dos nossos pequenos. Seguimos tentando, com o coração apertado, mas cheio de amor.
Essa mãe que vos escreve, seguirá lutando para que outras mulheres que queiram manter suas carreiras e projetos junto com a maternidade, possam viver suas vidas, com menos sofrimento.
Amélie está bem. Está feliz que amanhã a Mamãe volta e se divertiu um montão na escola hoje.
Muah.
Link para a pesquisa da HBR Off-Ramps and On-Ramps: Keeping Talented Women on the Road to Success (hbr.org)
#MaternidadeSemFiltro #MãesExecutivas #CarreiraeMaternidade
Advogado - Procurador do Município Aposentado. Ex- Professor Universitário. Pullin de Araújo Advogados Associados Bacharel em Direito pela UEL. Pós-Graduação Escola da Magistratura do Paraná.
10 mInfelizmente nem todo mundo corporativo e empresarial valoriza a mulher e o que dirá da mulher que é mãe e precisa por um motivo ou outro se ausentar do trabalho Mariana Cerone .
Palestrante, Conselheira Consultiva, Mentora (Liderança), Influenciadora, CHRO (as a service), Comitente (Pessoas e Cultura), Videocaster Desabafo Corporativo, Professora, Escritora, Investidora-Anjo | Mãe do Rafael
10 mQuerida Mariana Cerone, esta outra mãe, que ontem completou 16 anos e meio de maternidade, e que vos escreve, te garante: Amélie tem A Melhor Mãe do Mundo e nunca se esqueça disto. O nosso melhor é e sempre será O Melhor que podemos e devemos entregar na maternidade. Viver nossos sonhos é o que de melhor, inclusive, podemos deixar de exemplo para nossos filhos !
CEO na Olivia Lobell International | Ajudamos Você Construir Um Negócio de Coaching de 6 & 7 Dígitos & Além Por Ano Com um Método Comprovado em 16 Países 🌍 e Milhões Gerados Pelos Clientes 💵
10 mEstou emocionado pela sua coragem em compartilhar essa jornada tão pessoal. 💖
Head of Sales & MKT | LinkedIn Top Voice | Content Producer | Co-Founder @ Ginga.Store
10 mMari, senti a dor de estar longe da Amélie gripada daqui. Me identifico tanto com o seu artigo! Sou um exemplar de mãe que recalculou a rota da carreira para conseguir conciliar a maternidade e equilibrar melhor os pratinhos. É um exercício diário, mas extremamente compensador. Parabéns pelo relato maravilhoso, como sempre :)
Head de Marketing | Estratégia Digital & Liderança | Branding & Conteúdo | SEO | Comunicação | LinkedIn Top Voice
10 mÉ uma busca constante por um equilíbrio que não exatamente existe. É como quando brincávamos sozinhas de pé em cima do meio da gangorra, sabe? Mas claro que Amélie está bem e feliz: só a dedicação constante em busca de equilíbrio já é o que nossas crianças precisam. Ela sabe.