A Cora vai ser 100% remota - e isso significa que temos muito a aprender!

Sem dúvida, o exercício de liderança nos oferece possibilidades constantes de melhoria pessoal. Vivi duas delas nessa semana. A primeira tem a ver com uma conversa maravilhosa de feedback que recebi de uma pessoa que respeito e admiro muito. A segunda tem a ver com uma decisão que tomamos e comunicamos a todos(as) aqui na Cora hoje.

A Cora será uma empresa que trabalhará em modelo 100% remoto!

Essa frase, por um lado, parece até estranha, dado o que temos vivido nos últimos quase dois anos. Qual é a novidade nisso? Afinal, a Cora rapidamente migrou para o modelo remoto em respeito às pessoas e porque a ciência indicava que esse era o caminho certo em 12 de março de 2020.

Ao longo da pandemia, no início de 2021, analisamos tudo o que estava acontecendo e o que as ciências comportamentais nos mostravam ser o caminho para um time mais coeso, alinhado e forte e tomamos uma decisão: tentaríamos um caminho híbrido uma vez que a pandemia estivesse sob controle. Mas esse caminho híbrido tinha uma característica específica, pois teríamos uma semana de trabalho presencial todos(as) juntos(as) em São Paulo uma vez por mês. Em geral, os feedbacks que recebíamos eram positivos, por ser algo diferente e que tentava juntar o melhor dos dois mundos (presencial e remoto).

Nossa motivação em fazer questão dos momentos presenciais era bem fundamentada. Os artigos em que baseamos nossa decisão mostravam que a socialização das pessoas da equipe era altamente impactada pelo trabalho remoto. Além disso, as relações de confiança encontravam mais dificuldade para se estabelecerem no ambiente virtual, o que poderia impactar a manutenção da segurança psicológica na Cora. Por fim, o trabalho remoto também oferece risco à integração de novas pessoas colaboradoras, à criação de relações informais e ao estreitamento dos laços pessoais. Todos fatores especiais demais para nós!

Contudo, a realidade se impôs. Mais e mais empresas anunciaram que adotariam o trabalho remoto definitivamente, o que automaticamente cria um parâmetro esperado nas pessoas candidatas com as quais conversamos em nossos processos seletivos. Mais importante do que isso, nosso time de Corajosers também demonstrou que gostaria que revisássemos nosso modelo.

Para nós ficou clara que a adoção do modelo 100% remoto precisava acontecer, mesmo com os riscos conhecidos para as relações pessoais. Sabemos que buscaremos soluções alternativas para minimizar eventuais prejuízos às relações. Teremos, por exemplo, dois encontros anuais para celebrarmos conquistas e aprendizados e mais ideias deverão vir pela frente.

Para mim, pessoalmente, vai ser importante encarar o desafio que emerge do desejo de construir uma cultura positiva, com autonomia, colaboração, transparência, diversidade, abertura a questionamentos e feedbacks, mesmo em ambiente virtual. Tenho curiosidade em aprender com modelos similares aos nossos, especialmente se a empresa também era nova e pequena antes da pandemia e agora tem o desafio do hiper-crescimento.

Acima disso, vivenciei o processo de questionar minhas convicções frente a mudança tão drástica de cenário e a de aprender a compensar a dinâmica diferente que viveremos nas relações, não deixando que a distância abale nosso afeto e cuidado com quem lidamos todos os dias. Sei que será um caminho longo e frutífero de desenvolvimento pessoal, sem dúvida.

Boa sorte a nós, Corajosers! Vamos aprender a superar mais esse desafio, pois temos um propósito mais do que nobre pela frente!