Coragem na crise: mudança de executiva a empreendedora => a crise não será a mesma para todos!

Empreendedora! Após 18 anos de carreira executiva, e trabalhando na empresa que 10 entre 10 pessoas querem trabalhar (Amazon), com medo e fibra há seis meses decidi sair do "conforto seguro" onde sempre estive (status: executiva) para começar algo do zero - sem o escudo da marca de uma empresa conhecida que te abre portas e te chancela como as que eu sempre estive até então.

Participar por 2 anos da equipe que fez a expansão comercial da Amazon no Brasil e o setup de centenas de fornecedores em mais de 20 categorias trouxe expertise estrutural de como "a roda gira" diferente em e-commerce "puro" em relação ao varejo físico ou varejo que opera em multicanal - e trouxe também a visão do tamanho da oportunidade: o significativo número de empresas que, focadas em processos, relações e modelos de negócio baseadas em um passado (e presente) de sucesso, deixaram de desenvolver a musculatura adicional para a expansão ao digital, a inteligência da informação e aos novos hábitos dos consumidores. Grande parte das empresas demonstraram alto grau de dificuldade não apenas no setup comercial junto a um player com processos novos e disruptivos, mas, principalmente, olhando além e mais profundamente, demonstraram dificuldade em saber o que criar ou modificar em seus processos e engrenagens já existentes para acoplar com êxito a realidade da venda online em seus próprios negócios, independentemente da relação com o varejista A, B ou C, tendo (ou não) suas lojas virtuais próprias.

Viver por quase 2 anos esta negociação e condução das empresas parceiras para "plugar" seus processos com graus diferentes de dificuldade (mas sempre com alguma dificuldade) em um player exclusivamente digital deixava nítido o mar de oportunidade real na transição da velha economia para a nova economia - ali, no dia a dia, na realidade prática das empresas. Todos estes parceiros fornecedores chegaram até 2018/2019 com sucesso em seus segmentos e atividades, mas claramente "mais dia, menos dia" precisariam de ajuda para fazer sua travessia digital - e é aí que eu sentia o incômodo! A experiência pregressa em grandes varejos (até então exclusivamente físicos: Sodimac e C&A), em indústria (Coca-Cola), em desenvolvimento e importação de produtos, em planejamento, em projetos, em operações, em trade marketing, em vendas me permitia entender de forma holística com bom escopo e clareza "do outro lado da linha" (ou da mesa, ou do e-mail) onde estava o "nó" no processo do parceiro em questão, e quais poderiam ser os ajustes que trariam a solução. Não poderia meu conhecimento ser uma possibilidade de condução para esta travessia digital?!?

Oportunidade externa + incômodo interno + certos traços de personalidade + realizações + legado de bons relacionamentos construídos na história profissional foram alguns dos ingredientes que só precisavam encontrar mentores, apoiadores e os primeiros contratantes.

Consultora... Eu?... 18 anos executiva: me ajustaria a este novo papel? Conseguiria agregar? Seria feliz? Conseguiria "deixar ir embora a 'segurança'" de benefícios, bônus, ações, etc para deixar vir "o novo"? Financeiramente faria sentido? Já empreendendo, conseguiria eu resistir à "tentação" de voltar à vida executiva em prol da visão que tive e da oportunidade que se abriu? => Aqui vale a menção honrosa ao meu ex-chefe de 2008 quando fui expatriada pela C&A à Alemanha, Guilherme Soarez (MIT, Singularity, HSM, e ex-consultor McKinsey): ao conversarmos sobre minha potencial consultoria ele alertou "Ticiana, você tem elementos suficientes para dar este passo se é isso o que você quer - feche todas as janelas e foque no projeto, coloque toda sua energia. Mas se cair no seu colo uma oportunidade extraordinária: para situações extraordinárias, respostas extraordinárias". E caíram no colo não uma, mas duas oportunidades realmente extraordinárias enquanto eu estava iniciando a consultoria, já com os 3 primeiros projetos em curso: diretoria em varejo nacional familiar de bilhões e liderança no projeto de maior relevância no outro grande player on-line. Ao criar a consultoria, a partir daquele momento era não mais um "sim" ou "não" - estava criada a 3a alternativa: "e se trabalharmos juntos através da minha consultoria?". E esta 3a alternativa foi a que mais me brilhou os olhos.  

Para finalizar... Passados 3 meses, já entrando 2020, e com base nos primeiros projetos-piloto: hora de dar roupagem institucional à empreitada: criar nome, propósito, produtos, parceiros, registros, associados,... Passados 6 meses cá estou: hasteando a minha bandeira recém-nascida para compartilhar esta empreitada que é a Qi.com - uma consultoria que se propõe a ajudar empresas a criar, expandir e alavancar sua inteligência comercial digital de forma prática e pragmática. Porque inteligência comercial todas as empresas com marcas e produtos relevantes têm - afinal chegaram até aqui em uma economia que é pura montanha-russa. Mas chegarão firmes e grandes à próxima década sem acoplar com êxito inteligência comercial digital em seus processos, estratégia e core business? A Qi.com pode (sim) ajudar sua empresa a fazer a travessia digital. Fale comigo, fale conosco: onde está doendo o "digital" em sua empresa? Podemos ajudá-la. www.qicomercial.com.br

(Aos empresários e executivos que contrataram a Qi.com confiando suas empresas a uma consultoria embrionária e apoiada até então somente na vivência pregressa da fundadora, aos que se juntaram nestes 6 meses, e aos que nos acompanharam na elaboração de tudo: pessoalmente vocês sabem quem são. Independentemente de onde chegue ou qual tamanho adquira a Qi.com: muito obrigado. O agradecimento é enorme e profundo. Agora vamos trabalhar!)