Corvo, a singularidade no meio do atlântico!

O Corvo não é apenas a nona ilha do arquipélago, mas é também um lugar único, de uma originalidade surpreendente e também um espaço habitado por 400 pessoas que influenciam o resto da Região. Efetivamente, a ilha tem tudo aquilo a que tem direito: porto, aeroporto, Centro de Saúde, Escola Básica Integrada até ao 12º ano, serviços de Finanças, Conservatória do Registo Civil e Predial, bancos, igreja matriz e gente de garra.

Sim, a ilha também vale pelos corvinos: gente séria que ama a sua terra e não se queixa da insularidade. Ficaram os que quiseram ficar. Por amor. Por genuína alegria de viver num naco de terra aparentemente perdido no atlântico, mas onde a vida comunitária vai muito além das aparências.

Os corvinos não se rendem aos turistas. Recebem de forma amável, mas não servil. Sabem que são alvo de curiosidade. Isso não os incomoda. Por mais estudos sociológicos que se façam, por mais poemas que se escrevam, a ilha é deles e cada um a vê com os seus próprios olhos, mas a verdade é que a sentem com a mesma alma, no mesmo nível de sintonia afetiva.

O Caldeirão é a cratera que leva os turistas ao momento de deslumbramento. Há os que saem rapidamente do carro para uma foto, outros querem descer até à lagoa ou percorrer os trilhos adjuntos dela. Seja como for, o Corvo tem ali o seu ex-libris e também na observação de pássaros que traz à ilha dezenas de fotógrafos e estudiosos.

O resto, é uma paisagem bonita, montanhosa, com hortênsias e pastos, trilhos e a singularidade incrível de um lugar que é único, mas que cada um precisa experimentar pessoalmente.

Um hotel bem equipado e dois restaurantes, algumas casas de alojamento local e barcos de/ e para as Flores, completam a missão de mostrar este lado do paraíso mais perdido da Região Autónoma dos Açores


Gabriela Silva


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