Covenants: o que são e por que são cruciais no FP&A?
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Covenants: o que são e por que são cruciais no FP&A?

No mundo das finanças corporativas, covenants não são apenas cláusulas contratuais. Eles são a chave para manter uma relação saudável entre credores e empresas, garantindo que as finanças sejam geridas com responsabilidade.

Mas, o que exatamente são esses covenants e por que eles são tão importantes para os profissionais de FP&A?

Conceito:

Em termos simples, covenants são condições estabelecidas pelos credores para proteger seu investimento, garantindo que a empresa siga determinadas práticas financeiras. Existem dois tipos principais:

  • Covenants Positivos: Cláusulas que exigem ações específicas da empresa, como manter um certo nível de liquidez ou de capital de giro.
  • Covenants Negativos: Restrições que limitam certas ações, como contrair mais dívidas ou distribuir grandes dividendos.

Se esses covenants forem violados, a empresa pode enfrentar consequências como penalidades financeiras, aumento de juros, ou até mesmo a necessidade de renegociar seus contratos de dívida. E é aqui que entra a importância do FP&A.

O papel do FP&A no monitoramento de Covenants

Para os profissionais de FP&A, os covenants não são apenas uma nota de rodapé nos contratos. Eles são uma peça central da gestão financeira. Mas como o FP&A pode garantir que os covenants sejam cumpridos?

  1. Modelagem precisa: É essencial modelar covenants nas projeções financeiras, considerando indicadores como a razão dívida líquida/EBITDA, capital de giro e cobertura de juros.
  2. Testes de cenários: A criação de cenários pessimistas permite antecipar possíveis violações e ajustar o plano de ação da empresa.
  3. Monitoramento contínuo: O FP&A precisa acompanhar constantemente o desempenho financeiro da empresa e ajustar as estratégias, conforme necessário, para evitar a violação de covenants.

Exemplo prático:

Imagine que uma empresa tenha um covenant que exige que a razão dívida líquida/EBITDA permaneça abaixo de 3x. A equipe de FP&A projeta que, devido a uma queda na receita, esse índice pode ultrapassar o limite nos próximos dois trimestres. Com base nisso, o FP&A pode recomendar ações como a redução de despesas ou até mesmo a renegociação de prazos com o credor. Com essa abordagem, a empresa evita uma violação do covenant, mantendo sua saúde financeira intacta.

Porque um Covenant pode definir a estratégia de uma empresa

Os covenants podem ser vistos como "barreiras estratégicas".

Eles não apenas protegem os credores, mas também influenciam as decisões estratégicas de uma empresa. A empresa pode, por exemplo, adiar aquisições ou a distribuição de dividendos para garantir que o covenant não seja violado. Para o FP&A, é essencial incorporar esse impacto no planejamento estratégico da empresa.


Os covenants são mais do que uma cláusula contratual; eles são uma ferramenta essencial para garantir que as finanças da empresa sejam geridas com responsabilidade. Para os profissionais de FP&A, acompanhar e modelar esses covenants é uma tarefa fundamental para manter a sustentabilidade financeira da empresa, minimizando riscos e garantindo flexibilidade estratégica.


"Mais do que cláusulas contratuais, os covenants são o GPS que mantém a empresa no rumo certo em um ambiente financeiro desafiador."


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Alexandre Stadler Corrêa

Advogado especializado em Direito Empresarial, Digital e Bancário. Recupero créditos e soluciono relações trabalhistas. Sócio fundador de Stadler Advogados Associados e ASC Fácil. Especialista em Inteligência Artificial.

4 m

Michelle, excelente artigo! Parabéns. Vale comentar que ao ter essa experiência, o meu desafio ao redigir essas cláusulas foi o de equilibrar a proteção do investimento sem restringir excessivamente a capacidade de crescimento da empresa para qual eu presto serviço.

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