Covid-19 e nossas vidas
O mundo virou de cabeça para baixo.
A preservação de nossa saúde é a maior prioridade e a responsabilidade de cada um é preservar a sua própria e a dos outros.
O que está acontecendo - hoje 18/03/2020:
- O pânico é geral.
- Metade dos jovens em idade escolar no mundo está sem aulas.
- Cresce o número de infectados e de vítimas fatais na maioria dos países.
- Segmentos da economia e principalmente a economia informal estão sem atividade, sem vendas, sem clientes.
Por outro lado:
- Na China, Coreia do Sul e Tailândia o pior da crise sanitária passou em um ciclo total menor que 90 dias.
- Vacinas e remédios sendo testados em 20 países com resultados promissores.
- O capital está saindo dos cofres dos governos e indo para população para o enfrentamento à crise.
- Ajuda com linhas de crédito e deferimento de tributos estão em curso para ajudar setores mais afetados.
- Ajuda financeira para micro e pequenas empresas para manterem os empregos está em curso.
- Leis que flexibilizam as negociações patrão/empregado e mais, recursos diretos ao trabalhador informal estão a caminho.
A crise é gravíssima e assim deve ser enfrentada.
Mas vai passar. Como você vai estar na saída desse funil?
As pessoas em algumas empresas estão trabalhando em home-office. Mas estão trabalhando. A economia real não parou e não vai parar.
O supermercado está abastecido, as exportações acontecendo, a internet funcionando, tem combustível no postos, tem energia elétrica nas nossas casas. O agrobusiness está a todo vapor. Há setores da economia que vão muito bem e melhorando.
Pode parecer, mas a economia não parou. Os mercados estão ativos.
Porque não podem parar. Se o mercado parar, aí sim a devastação será total, inclusive com convulsões sociais e barbárie generalizada.
O dinheiro vai mudar de mãos. Dos governos para os cidadãos. É assim que eu vejo.
Nós temos duas opções:
1. Trabalhar, atacar o mercado, investir, acreditar, dar a cara e abrir frentes.
2. Recolher-se, ficar na defensiva, parar as atividades e esperar a crise passar.
Estou com a primeira alternativa.
Estou me protegendo ao máximo, mas não deixo de sair e fazer as minhas reuniões de negócios. Faço muitas reuniões por videoconferência, mas faço também as presenciais.
Pego táxi para ir e voltar às minhas reuniões e converso com esses trabalhadores que estão operando com 20% da carga diária normal.
Um deles me disse: "Normalmente eu teria feito 6 a 7 corridas até esse horário (11hs da manhã). O senhor é minha segunda corrida. Mas é melhor 2 corridas do que zero corridas."
Idem para os restaurantes. Ontem saí de uma reunião e poderia ir almoçar em casa, tranquilo. Mas preferi almoçar no restaurante próximo ao meu cliente e deixar meu quinhão de contribuição (a conta deu R$ 65,00), com muito prazer. Naquele horário seguramente todas as mesas estariam ocupadas. Mas nesse dia nem 20% estavam. Os garçons estavam lá, honrando seu labor.
Essas pessoas têm meu respeito.
A crise é e sempre foi enfrentada com trabalho. E historicamente é o melhor momento para investir seu tempo, energia e recursos para sair mais forte do que quando entrou.
Estamos em uma guerra sanitária. É uma questão de vida ou de morte. Todo cuidado é necessário. Higienização, home-office, videochamadas, reuniões de negócios sem apertos de mãos.
Mas ficar parado, deliberadamente diminuir ou até cessar o trabalho, encerrar o fomento, esperando a crise passar é um erro de vida.
Podemos e devemos diminuir a exposição desnecessária. Todo cuidado é pouco. Mas para a maioria, a grande maioria de nós isso não significa parar de trabalhar.
Assim como deixar de ir a escola não deve significar parar de estudar.
Que Deus cuide da gente, da humanidade.
Stavros