COVID-19 impulsionando o Home Office

COVID-19 impulsionando o Home Office

O Home Office tem ganhado muito espaço ao longo do tempo e também muitos adeptos. Muito se tem discutido sobre as vantagens e desvantagens desta modalidade de trabalho e a cada ano mais profissionais e empresas estão aderindo a ela.

De longe sabemos que o Home Office é uma modalidade de trabalho mais flexível e é um tema interessante de se abordar já que podemos ver que na situação atual em que vivemos ela se apresentou como uma grande oportunidade para realizarmos nossas tarefas profissionais.

Mesmo em meio à esta crise que o nosso querido planeta vive, com o fantasma do Coronavirus à nossa porta, abordamos o tema do Home Office em meio ao COVID-19, cenário no qual estamos, em um momento de analisar a produtividade dos profissionais e também analisar o impacto econômico e financeiro que são demonstrados nas finanças da empresa. E daí considerar se esta opção é viável ou não para a realidade da empresa.

Esta crise em que estamos vivendo nos trouxe uma oportunidade de aprendizado, de analisar como estamos nos portando diante de uma situação de crise. Neste momento tão difícil que estamos passando o trabalho Home Office é um grande desafio na qual devemos nos manter atentos e nos adaptar. Esta modalidade veio para ficar e a empresa que não se adaptar à estas mudanças dificilmente conseguirá se manter competitiva e se manter no mercado.

A influência do Coronavírus é mais que viral, ele afetou todo o sistema onde nos encontramos, o sistema econômico/financeiro, o laboral, o de turismo, o educacional e óbvio o da saúde. Mas o que temos a aprender com estas mudanças? Estamos prontos para elas?

É muito claro que a modalidade Home Office no Brasil ainda tem uma aceitação muito baixa, ou seja, as empresas ainda tem uma certa resistência a aceitar que se pode ter uma alta produtividade e ótimos resultados ao optar por este método. E medo também, porque não?

Contudo muitos brasileiros tem buscado novas alternativas para atuar profissionalmente, o que leva as empresas a reavaliar sua cultura, prioridades e investimentos em TI para continuarem sendo atrativas.

Toda novidade traz inseguranças até ser completamente entendida e o Home Office ainda é uma novidade já que as legislações atualmente estão mencionando esta modalidade. Há muita coisa a se fazer e a se discutir.

A questão é: O quão atrasados estamos nós, brasileiros, para o método Home Office?

O Home Office é sinônimo de produtividade, criatividade e automotivação. Em muitos países o Home Office deixou de ser uma tendência laboral e tem ganhado cada vez mais adeptos devido a sua popularidade por seu impacto positivo na produtividade e, recentemente, como uma alternativa para diminuir a contaminação das cidades.

Não podemos deixar de citar que fatores culturais também podem desestimular a adoção do sistema. Em muitas empresas, ainda impera uma maior valorização do esforço do que do resultado. Dando a entender que o profissional que vai todos os dias ao escritório acaba sendo mais valorizado do que aquele profissional que trabalha em casa – mesmo que o último seja mais produtivo e entregue mais resultados. Ainda existem empresas que não ofereça possibilidades de crescimento de carreira para profissionais que atuam Home Office.

Lamentavelmente, o Home Office não é para todas as áreas, como alguns profissionais da saúde por exemplo, e nem para todas as pessoas, pelo perfil que cada profissional tem. Crescemos vendo as pessoas indo ao escritório todos os dias, porém a maneira de trabalhar mudou com o tempo. As empresas tem que migrar ao mundo digital e contar com a infraestrutura tecnológica necessária. A tecnologia é o aliado indispensável para implementar o Home Office com êxito para muitos profissionais.

As empresas necessitam se esforçar para se adaptarem e adotar políticas para viabilizar esta modalidade. As organizações devem se atualizar para poder liderar à distância, e os profissionais, a trabalhar como se estivessem no seu escritório todos os dias. Para obter êxito é requerido um alto compromisso de ambas partes.

Isso foi comprovado em um estudo conduzido por pesquisadores Kimberly Elsbach e Daniel Cable, da Universidade da Califórnia e da London Business School, mostrou que o praticante de Home Office tem até 25% menos chance de ser promovido do que quem trabalha presencialmente.

Isso aos poucos vem mudando em passos lentos. Hoje, o trabalho por resultados está ganhando espaço. E na era do trabalho por resultados, o Home Office é um sinônimo de criatividade, produtividade e autonomia. Sem contar que esta modalidade estimula a motivação e uma maior satisfação ao realizar as tarefas.

Um entrave muito grande pela preferência de trabalhar com profissionais Home Office são o duelo entre Horas trabalhadas X Apresentação de resultados. É um aprendizado para as empresas e aos profissionais já que estamos caminhando rumo às grandes mudanças no mercado laboral/profissional. O costume de optar pelo trabalho por horas trabalhadas passará para segundo plano, nesta modalidade, pois a prioridade será a entrega, ou seja, os resultados. Isso exigirá do líder maior confiança no liderado e isso dará mais autonomia ao segundo e também maiores responsabilidades ao mesmo.

É um grande desafio que estamos passando atualmente e qualquer desafio, seja financeiro, econômico ou social, exige que estejamos capacitados para aceitar mudanças. As empresas necessitam se flexibilizar e aprender a liderar à distância.

Segundo a Microsoft, o Home Office pode incrementar à produtividade de uma equipe de trabalho até em 30%, além de representar uma economia tanto para a empresa como para o profissional.

Um estudo realizado pela SAP Consultoria concluiu que a Reforma Trabalhista deve favorecer a alavancagem da atividade, com média de crescimento em torno de 15% ao ano. É ou não é atrativa para as empresas brasileiras? Adotar o Home Office está intimamente ligado a uma decisão estratégica dentro da empresa. Sem contar que a empresa que oferece a opção de trabalho remoto possui melhores índices de retenção de talentos.

Um sistema foi criado, o home based, depois que ganhos trazidos pelo Home Office foram muito significativos; as empresas começaram a criar funções em que trabalhar em casa seja a regra.

Para evitar problemas, o ideal é que a política de Home Office seja formalizada, com direitos e deveres da empresa e do empregado bem definidos e disciplinados em contrato, e não um acordo informal entre gestores e subordinados – prática comum no Brasil, mas que abria brechas para contestações e evitar problemas judiciais e trabalhistas.

Não podemos nos esquecer da tecnologia, que é o grande viabilizador do Home Office. Se a empresa utilizar as ferramentas corretas, ela não perde o controle sobre as suas atividades que o funcionário desenvolve e garante a segurança dos dados da empresa.

Concluindo, o Home Office chegou para ficar e quem não se adaptar a estas mudanças não vai alcançar o êxito. O tema é: O Brasil é capaz de se adaptar a esta modalidade em tão pouco tempo?

O Coronavirus veio aí para dar um “tapa na cara da sociedade”. Nos mostrou que o mercado laboral/profissional não será o mesmo que antes. Será uma “Seleção natural”?

Não deveremos nos surpreender se depois da propagação da COVID-19 mais empresas optem por facilitar esta modalidade de trabalho para os seus empregados/profissionais. Essa sim será uma das heranças do Coronavirus.

A flexibilidade laboral/profissional se converteu em uma grande oportunidade para as empresas e um benefício para todos os colaboradores. Trabalhar de forma remota requer uma cultura de trabalho colaborativa. Temos muito a caminhar, mas a COVID-19 já colocou as cartas na mesa e nos mostrou que nós estamos aqui para seguir evoluindo, basta estarmos dispostos para seguir adiante.


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