Crônica ao funcionalismo
Eu não tenho a pretensão de um executivo de gravata e com o bolso cheio de dinheiro que vem com um discurso ditatorial sobre alguns passos para o sucesso. Até porque o primeiro passo é ter dinheiro, coisa que: ou se tem, ou sou eu. Também não sou um guru filosófico que cospe clichês e enche páginas e mais páginas com uma ideia bonitinha e pela falta de opção, classifica-a como autoajuda. Longe de mim, dominar algum assunto ou defender com unhas e dentes teses e verdades. Nem um mero piadista sem graça eu sou.
Já apresentado, minha retórica parte do ponto da discussão, ou seja, opiniões serão bem vindas, porém nem sempre consideradas.
O poder da palavra é impressionante. Daí, engatamos a primeira.
Qual a relação entre as palavras profissional e funcionário?
De fato existe um abismo entre uma e outra.
O funcionário, como o próprio nome diz, funciona, cumpre a função, repete um padrão, mecaniza. Um funcionário não contesta. Somos educados pelo sistema em que vivemos para simplesmente funcionar. Sem nenhuma pretensão política (marxista, anarquista, ou qualquer outra que você possa imaginar), os chefes, em maioria, querem um funcionário.
Porém funcionar cansa. A jornada de trabalho de um funcionário deveria ser de 2 horas. Porque ao passar disso ele se transforma em um “abominável homem do ócio” e aposto que você se transforma nele todos os dias. Afinal, de onde tirou tempo para ler?
Sem prolongar a prosa, o profissional, coloca em prática tudo o que aprende, pois aprende o tempo todo, e resolve problemas. É muito difícil encontrar um desses por aí, e quando encontramos nos deparamos com uma barreira: pensar custa caríssimo.
Toda essa imensa baboseira não se trata especificamente de trabalho. Um funcionário é um funcionário para a vida toda. Professores têm alunos funcionários, alunos, mais do que nunca, têm professores funcionários.
Cabe a você definir: Exerço a minha função ou faço sinapse?
Conheço uma infinidade de pessoas que exercem com primor qualquer função. Inclusive a sua.
Artigo escrito no ano de 2012, publicado no blog www.atendimentosa.wordpress.com