Crônica: O ESG e o Lucro que não querem Ver
Existe uma conversa que insiste em ser evitada, como se ignorá-la fosse suficiente para adiar o inevitável. ESG gera retorno financeiro. Sim, gera. E não, isso não é uma utopia ambientalista nem uma ideia romântica de um futuro ideal. É fato. Mas o mercado, habituado a olhar apenas para o curto prazo, ainda não está preparado para compreender o impacto — e o potencial — dessa transformação.
Por décadas, fomos condicionados a acreditar que responsabilidade e lucratividade não podem coexistir. Que impacto ambiental, justiça social e governança ética são custos, nunca investimentos. Mas a realidade está mudando, e ela é implacável: a crise climática avança, a desigualdade social aprofunda-se, e os mercados são cada vez mais cobrados por transparência e compromisso. O ESG não é um luxo, é uma resposta à urgência dos tempos.
E é aí que o desconforto começa. Porque adotar ESG exige mais do que recursos financeiros. Exige uma mudança de mentalidade. Exige abandonar a velha fórmula de maximizar lucros a qualquer preço e adotar uma abordagem que considera o impacto e o legado. E isso, para muitos líderes e investidores, é assustador. Afinal, sair do conhecido é sempre um desafio.
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Mas quem está disposto a abandonar o relógio do curto prazo e adotar o calendário da sustentabilidade? Quem consegue enxergar que essa transição não é apenas uma necessidade, mas também uma oportunidade? Poucos, por enquanto. Mas talvez sejam esses poucos que estarão melhor posicionados para liderar o mercado de amanhã.
O futuro é inevitável. Ele chega, com ou sem a nossa permissão. A questão é: você estará preparado para liderar essa mudança ou ficará para trás, preso a um modelo que já não se sustenta? ESG não é custo. É estratégia, é oportunidade, é a forma mais inteligente de prosperar em um mundo que exige responsabilidade e visão.
Gerente de Fazenda | Controller | Gerente Financeiro | Sustentabilidade | FP&A | Coordenador | Consultor
1 mMuito informativo!